quinta-feira, 16 de julho de 2015

Trabalhadores da educação fazem manifestação na Câmara e ganham apoio dos vereadores

Foto: Renato


Durante a reunião dessa quinta-feira (16), os trabalhadores municipais da educação estiveram na Câmara de Vereadores realizando uma manifestação do movimento grevista deflagrado há um mês. Gritando palavras de ordem, profissionais e estudantes lotaram a Casa Legislativa, onde ganharam apoio dos vereadores presentes. Os manifestantes levaram um caixão funerário, simbolizando a morte da educação.

Os parlamentares Valdo Sandes, Geraldo Xavier, Francisco de Assis (Kinho), Edvaldo Nascimento, Pedro Paulo e Edmo Oliveira ouviram atentamente as colocações da categoria através do presidente do Sinteal Núcleo Sertão, Adriano Pereira, que luta pelo reajuste de 13,01% de acordo com o piso nacional.

Adriano ressaltou que a greve é reflexo da inflexibilidade do gestor, que não quer garantir o direito dos trabalhadores. “O movimento de greve ganha força a cada dia. Estamos defendendo a classe trabalhadora e a juventude está conosco. Estamos dando uma aula de cidadania a esses alunos de como cobrar os seus direitos”, frisou o Pereira.

Ele ainda falou sobre a possibilidade dos dias de greves serem descontados, uma vez que a assessoria jurídica da Prefeitura impetrou ação considerando a greve ilegal. “Nossa luta é justa e não vamos ceder a essa pressão porque quanto mais nos reprimem, mais nos fortalecemos. Essa não é uma greve ilegal, estamos lutando por nossos direitos e não vamos ficar calados com esses desmandos. Essa é uma luta não só dos profissionais da educação, mas de toda sociedade”, falou.

Para o presidente Valdo Sandes, a greve é um movimento justo da categoria. “Quero parabenizar a este movimento grevista. A Câmara tem estado a favor dessa luta justa porque entendemos que o município tem condições de aplicar o reajuste de 13,01%. Quanto a essa questão da greve ser considerada ilegal estou tentando uma articulação com o relator do processo. Espero que sejam retomadas as negociações e o prefeito apresente um proposta para que a greve seja encerrada”.

O vereador Edvaldo falou sobre a pressão sofrida pelos professores por meio dos diretores escolares, para que retornassem à sala de aula. “Não tenham medo e não cedam à pressão. A irresponsabilidade desse gestor já passou dos limites e se ele inventar de cortar o ponto dos professores essa Casa pedirá o seu afastamento. Ele precisa tratar a educação com respeito. Parabenizo aos trabalhadores que estão na luta e não abaixam a cabeça para esse gestor”, disse.

Para Kinho, a categoria está no caminho certo, sem se curvar à administração. “O que esse prefeito está fazendo é um absurdo. Não se curvem diante dele e continuem lutando porque vocês contam com nosso apoio e de toda a sociedade. Esse vereador não se rende ao coronelismo desse gestor”.

O vereador Pedro Paulo, que também é professor, ressaltou a postura da Casa Legislativa. “Quero parabenizar o presidente pela postura que essa Casa toma porque isso fortalece a nossa luta. Tenho orgulho desse movimento de greve porque compreendo que através da luta organizada o trabalhador passa a ser respeitado. Não vamos fugir à luta, não vamos retroagir, porque nós vamos vencer e o prefeito vai ter que se curvar aos trabalhadores”, enfatizou.

O vereador Edmo, que faz parte da bancada governista, também proferiu palavras de apoio aos trabalhadores. “É indiscutível que a luta de vocês é mais do que justa e é fato que é possível dar o reajuste através dos números que foram apresentados. Independente de ser vereador da bancada de situação esta Casa está empenhada e acreditem que vocês vencerão, porque é um direito líquido e certo”. Em seguida o professor Londe falou sobre a inflexibilidade do gestor.

Finalizando as explanações, o vereador Geraldo Xavier falou da falta de compromisso da gestão com a população. “Esse é um governo que não tem responsabilidade com o povo, um governo que amanhece cada dia mais rico e o povo cada dia mais pobre. Eu tenho uma denúncia mas vou esperar o momento certo e tenho certeza que essa Casa fará com que esse prefeito cumpra o que promete”. Ao saírem da Casa Legislativa, os vereadores Pedro Paulo, Geraldo, Kinho e Edvaldo carregaram o caixão até a frente do prédio, onde os trabalhadores continuaram a manifestação.

Ainda durante a reunião foi realizada audiência pública para avaliação das metas fiscais do terceiro quadrimestre de 2014 e do primeiro quadrimestre de 2015.

Fonte: ASCOM/ CMDG





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