quinta-feira, 31 de maio de 2018

Governador assina nesta sexta (1º) decreto que regulamenta Lei de Incentivo à Cultura

Solenidade será realizada nesta sexta-feira (1º), às 9h, no Museu Palácio Floriano Peixoto

Por meio do decreto, com o incentivo à produção cultural independente, Alagoas passa a dispor sobre a concessão de incentivo fiscal Por meio do decreto, com o incentivo à produção cultural independente, Alagoas passa a dispor sobre a concessão de incentivo fiscal Adailson Calheiros
Texto de Paula Nunes
O governador Renan Filho assina, nesta sexta-feira (1º), o decreto que regulamenta a Lei de Incentivo à Cultura em Alagoas, um marco no segmento cultural alagoano que prevê abatimento de impostos às empresas que financiarem a realização de eventos artísticos e culturais no Estado.

A solenidade será realizada às 9h, no Museu Palácio Floriano Peixoto (MUPA), localizado no Centro de Maceió.

Por meio do decreto, com o incentivo à produção cultural independente, Alagoas passa a dispor sobre a concessão de incentivo fiscal com o objetivo de estimular as produções culturais, apoiar, valorizar e difundir o conjunto de manifestações, contribuindo para facilitar o acesso às fontes de recurso. O mecanismo possibilita que empresas (pessoas jurídicas) apliquem parte dos impostos em ações culturais.

Para Mellina Freitas, secretária de Cultura, é papel do Estado trabalhar em todos os eixos de cultura e fazer a articulação tanto com os segmentos organizados e os agentes culturais, como com as empresas. Ela explica que a lei foi construída juntamente com os representantes dos movimentos culturais do Estado, após diversos debates internos, como forma de ter uma ampla participação dos representantes.

"Estamos construindo um caminho onde a cultura é geradora de renda para a sociedade e para o Estado. A cultura promove retorno econômico positivo para Alagoas e nossos esforços buscaram fazer com que a Lei atenda todos os segmentos culturais”, destacou a titular da pasta.

Agência Alagoas

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Governo do Estado lança coleção do Jornal Correio da Pedra dia 5

Periódico, que circulou durante a 1ª República, é considerado relíquia do jornalismo alagoano e brasileiro


Publicação será distribuída com as instituições de pesquisa, universidades, bibliotecas e outras instituições educacionais
Publicação será distribuída com as instituições de pesquisa, universidades, bibliotecas e outras instituições educacionais Reprodução
Texto de Severino Carvalho
Importante fonte de pesquisa e de informação acerca do Sertão nordestino, a coleção do Jornal Correio da Pedra será lançada dia 5 de junho, durante solenidade marcada para as 19h, no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL). A publicação, em edição fac-símile, faz parte da programação dos 200 anos de Alagoas, promovida pelo Governo do Estado.

A ideia de publicar a coleção do Correio da Pedra foi do professor Edvaldo Francisco do Nascimento e da antropóloga Luitgarde Oliveira Cavalcante Barros. Ele teve acesso ao semanário quando desenvolvia pesquisa de mestrado sobre Delmiro Gouveia.

De acordo com o professor, a escolha do dia 5 de junho para o lançamento da coleção deu-se em razão da passagem dos 155 anos de nascimento de Delmiro Gouveia. Editado em quatro páginas, o jornal teve seu primeiro número publicado há quase cem anos, em 12 de outubro de 1918.

“O Correio da Pedra é uma preciosidade. Informações que não encontramos mais em outras fontes estão disponíveis neste jornal. Fatos de muita importância para Alagoas, para o Nordeste e o Brasil eram noticiados neste semanário”, afirmou o professor.

Professor Edvaldo Nascimento

Durante o período de organização da publicação foram realizas pesquisa e levantadas informações sobre a história da imprensa em Alagoas. “Do período do Império à República, os jornais alagoanos foram marcados por perseguições aos jornalistas e aos proprietários de jornais, além do empastelamento das tipografias. Esse é um dos motivos da inexistência de exemplares, bem como da interrupção da publicação de muitos dos nossos jornais”, cita Luitgarde Oliveira.

Ela recorda que prisões, perseguições, tortura, ameaças e outros métodos foram utilizados ao longo da história para cercear a imprensa, conforme estudos realizados pelo professor e historiador Moacir Medeiros de S’antana. O Jornal Correio da Pedra teve sua criação dentro do contexto do ciclo de desenvolvimento ocorrido no Sertão do São Francisco, liderado por Delmiro Gouveia.

Foi do industrial sertanejo a ideia de comprar o equipamento tipográfico e criar o semanário. Assassinado em 1917, ele não conseguiu ver o jornal em circulação. Foram seus sucessores que, em 1918, colocaram o Correio da Pedra em atividade.

Nos primeiros anos de circulação, o jornal pertencia a uma associação dirigida por integrantes da Cia. Agro Fabril Mercantil, conforme anunciado na edição de Nº. 68, de 25 de janeiro de 1920. Posteriormente, passou a ser uma publicação de propriedade direta da Fábrica de Linha da Pedra, pertencente à Cia. Agro Fabril Mercantil.

A Coleção do Correio da Pedra, guardada no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), está organizada em dois volumes, sendo o primeiro deles referente ao período de 1919 a 1926. O volume II da coleção é referente ao período de 1927 a 1930. Este se inicia na edição de número 431, com o jornal de 2 de janeiro de 1927.

O Correio da Pedra teve como fundadores Adolpho Santos e J. Roberto, respectivamente, gerente e auxiliar da Fábrica de Linhas da Pedra; Enrico Turri, chefe de escritório comercial; José Ulisses Luna, bacharel em Direito; Virgílio Lisboa, negociante; Aloysio Cravo, dentista. A impressão era feita na seção gráfica da Fábrica da Pedra, sob a direção do tipógrafo Cleodon Mendes. A sede da redação ficava na Rua 13 de Maio, n° 74, na Vila da Pedra.

Como diretores, o Correio da Pedra teve Adolpho Santos (out. 1918-nov. 1923); J. Roberto (dez. 1923-mai. 1925); João de Souza (mai. 1925-jul. 1925); e, por fim, Hildebrando Menezes (ago. 1925-mai. 1930). Comumente, os editoriais do jornal abordavam temas de interesse nacional, estadual ou regional, tais como instrução pública, seca, a emigração sertaneja, necessidades sertanejas, estradas férreas (Great Western), a cachoeira de Paulo Affonso, dívida externa brasileira, petróleo alagoano e o cangaço.

O Correio da Pedra também reproduzia noticias inicialmente publicadas por outros jornais, tais como O Globo, Correio do Acre, Jornal de Alagoas, O Índio, A Vanguarda, Correio da Manhã, Jornal do Commercio, O Paíz, Jornal de Maceió, O Luctador, O Norte, Diário de Pernambuco e Jornal de Caruaru.

Para o governador Renan Filho, a memória jornalística do Sertão alagoano no início do século passado estará ao alcance de pesquisadores, historiadores, estudantes, educadores e do público em geral.

“Sinto imensa alegria e orgulho por ter a oportunidade de apresentar a Alagoas e ao país esta preciosidade histórica: a coleção do jornal Correio da Pedra, idealizado por Delmiro Gouveia. Esta edição especial, que marca o centenário da morte do grande empreendedor, simbolicamente passa a fazer parte do acervo”, citou o governador.

A publicação sairá em quatro volumes (formato box), sob a responsabilidade da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, e será distribuída com as instituições de pesquisa, universidades, bibliotecas e outras instituições educacionais. O lançamento da coleção será promovido pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).

Agência Alagoas

terça-feira, 29 de maio de 2018

Índice de mortalidade infantil em Alagoas tem redução de mais de 12% em 2017

Ministério da Saúde aponta redução gradativo do número de mortes a cada mil nascidos vivos no Estado nos últimos três anos

Cuidados com a Primeira Infância e incentivo ao pré-natal estão entre as iniciativas do Governo de Alagoas no combate à mortalidade infantil Cuidados com a Primeira Infância e incentivo ao pré-natal estão entre as iniciativas do Governo de Alagoas no combate à mortalidade infantil Fotos: Neno Canuto
Texto de Marcel Vital
O Estado de Alagoas registrou uma queda gradativa nos índices de mortalidade infantil registrados entre 2014 e 2017, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Segundo o levantamento referente ao ano passado, o índice de mortes a cada mil crianças nascidas vivas em Alagoas foi de 13,40, uma queda de 12,27% em relação ao ano anterior.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2014, esse índice chegava a 15,04 mortes a cada mil nascidos vivos. Em 2015, o número registrado foi de 14,65, passando para 13,97 em 2016 e 13,40 em 2017. A redução nas taxas de mortalidade, na avaliação da Secretaria de Estado da Saúde, são o reflexo de políticas públicas e investimentos feitos na área, ao lado de iniciativas como a instalação do Núcleo para a Primeira Infância, ampliação de leitos neonatais, aquisição de equipamentos e fortalecimento da Saúde nos municípios do interior do Estado por meio do repasse de recursos e qualificação de pessoal.

“Temos estimulado às mulheres a realizarem o pré-natal, criando a oferta de testes rápidos e, com isso, temos conseguido diminuir a transmissão vertical do vírus HIV. Estas medidas buscam garantir acolhimento e captação precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar a qualidade do pré-natal”, afirmou Alessandra Viana, coordenadora do Núcleo da Saúde para a Primeira Infância da Sesau.

Ela ressaltou que, anteriormente, o óbito infantil era considerado uma fatalidade, mas, atualmente, este olhar foi modificado. Isso porque, a gestão estadual tornou mais sensível à ampliação do acesso aos serviços de saúde e a qualificação da Rede de Atenção à Saúde, que vai desde a gestação, passando pelo parto até o bebê completar um ano de vida. “Com um olhar humanizado e voltado para a primeira infância, estamos conseguindo mudar indicadores que se refletem em melhores condições de saúde para este público”, salientou.

Amamentar e Doar

Mas além as ações implementadas pela Sesau, uma medida que contribui para a redução da mortalidade infantil é a amamentação. “O leite humano é alimentação perfeita para todas as crianças. Ele é considerado completo e suficiente para garantir o bom desenvolvimento do bebê até completar dois anos. Quem mama no peito recebe uma rica composição de nutrientes, além de um produto de fácil digestão, que é completamente absorvido pelo organismo”, explicou.

Exemplo

Maria Karolline dos Santos, de 29 anos, é mãe de um bebê, de apenas sete meses, e doadora de leite materno durante esse tempo. Para iniciar o processo de doação, ela foi até o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Universitário de Maceió, onde recebeu orientação de que poderia doar o leite e evitar os incômodos do “empedramento” no seio.

De acordo com ela, semanalmente, uma equipe do hospital vai buscar o leite na sua casa. Ela disse, ainda, se sentir feliz por ajudar mães que passam por dificuldade para amamentar seus filhos. “Como eu produzo alimento para minha filha, e ela é gordinha, saudável e inteligente. Pretendo continuar doando leite enquanto estiver amamentando. Fico feliz em poder ajudar e incentivo outras mulheres a doar”, salientou Maria Karolline dos Santos.

Agência Alagoas

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Turismo de negócios e eventos cresce e impacta na economia de Alagoas

Receita do Centro de Convenções de Maceió, principal celeiro de eventos no Estado, cresceu quase 60% no último ano


Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018
Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 Kaio Fragoso
Texto de Thiago Tarelli

O turismo em Alagoas não tem crescido somente pelas belezas naturais e atrativos de lazer alagoanos, mas também pelo segmento de negócios e eventos. Prova disso é que, no último ano, a receita do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, principal equipamento para eventos de médio e grande porte em Alagoas, cresceu 56% em comparação ao ano anterior. A projeção para 2018 é que o crescimento se mantenha e o faturamento chegue a aproximadamente R$ 4 milhões.

Somente em 2017, o Centro de Convenções, como é mais conhecido o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, recebeu mais de 200 eventos. Para 2018 já estão agendados 191.

Um exemplo do potencial do Centro de Convenções é a realização de eventos, como o 23º Congresso Brasileiro de Magistrados, encerrado no último dia 26. Mais de quatro mil congressistas participam do evento, que é organizado pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) reunindo pessoas de todo o país.

“Quando houve a apresentação de Alagoas, os colegas das associações definiram por unanimidade que aqui seria o melhor lugar. É um Estado rico em belezas naturais, tem uma estrutura hoteleira muito boa, de fácil acesso, um centro de convenções belíssimo e isso pesa muito nessa decisão. Outro diferencial foi o acolhimento do Governo do Estado que desde o primeiro contato manifestou todo o interesse em receber o evento. Além, é claro, da receptividade do povo alagoano que tem sido maravilhosa”, contou o presidente da AMB, Jayme de Oliveira, sobre a escolha do Destino Alagoas como palco para o evento.
Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 (Fotos: Kaio Fragoso)
O presidente ainda ressaltou a qualidade das instalações do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso. “Toda nossa equipe só rende elogios à estrutura do Centro de Convenções. Pessoalmente visitei o equipamento no ato da escolha do local e tudo que nos foi oferecido realmente estamos usufruindo. O Centro nos permitiu também que realizássemos tudo no mesmo local, desde o teatro para a abertura quanto o espaço para o jantar e o show. Isso foi um grande diferencial”, complementa Jayme de Oliveira.

Impacto na cadeia produtiva do turismo

Somente o Congresso Brasileiro dos Magistrados movimentou em torno de R$ 12 milhões na economia da capital, incluindo os gastos com hotelaria, gastronomia e diversos serviços do setor turístico de Maceió.  O dado é fruto de um levantamento feito pelo Maceió Convention Visitours & Bureau, entidade conveniada ao Governo do Estado que trabalha na prospecção de eventos para a cidade.
Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 (Fotos: Kaio Fragoso)

À frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Rafael Brito explica que a atração de grandes eventos é essencial na geração de emprego e renda na cadeia produtiva do turismo em Alagoas.

“Os benefícios são inúmeros quando falamos da realização de grandes eventos no Destino Alagoas. Nós estamos trabalhando, junto aos convênios com as entidades, na atração de eventos de negócios para o Estado, não só na Capital, mas também em cidades do interior que também estão sendo estruturadas para essa vertente do turismo. O turista de negócio gasta mais que o de lazer, consumindo cultura, artesanato e demais atrativos do Destino, além, obviamente, de utilizar da hotelaria e gastronomia. Toda essa cadeia é incentivada, gerando emprego e renda para a população e vencendo a sazonalidade do setor, já que esses eventos não se restringem a um período do ano, eles podem acontecer em qualquer época”, explica o secretário Rafael Brito.

Uma das políticas que geram renda para a população é o espaço para comercialização do artesanato alagoano, por meio do programa da Sedetur, Alagoas feita à mão, que contempla dez artesãos do Estado que comercializam seus produtos durante todos os dias do evento.

“Participar de um Congresso dessa magnitude tem sido ótimo. A procura está grande e a expectativa é que a gente faça boas vendas. Sempre procuro estar presente nesses e em outros eventos e feiras por meio do apoio da Sedetur”, contou a artesã Bethânia Albuquerque que faz bichinhos, sapatinhos e artigos de decoração de crochê.

Agência Alagoas

Manifestantes boqueiam rodovia que dá acesso às cidades de Pariconha e Água Branca

Protesto faz parte de ato que está sendo realizado em todo o país; outros trechos de estradas estão bloqueados no Sertão
Momento em que AL-145 começou a ser bloqueada

Juliano Rodrigues
 Em adesão a um protesto que está acontecendo em todo o país, caminhoneiros e proprietários de veículos alternativos bloquearam, no início da tarde desta segunda-feira (28), o trecho da AL-145, que dá acesso às cidade de Pariconha e Água Branca, no Sertão de Alagoas.

Há poucos metros, existem outros dois bloqueios, ambos são na BR-423. Um deles é no trecho que dá acesso aos municípios do Sertão da Bahia, como Paulo Afonso e Glória. Já o outro está sendo realizado no lado que é caminho às cidade de Inhapi, Canapi, Mata Grande e até mesmo Santana do Ipanema.

Ainda no Sertão, outros trechos que estão bloqueados são a AL-130, em Pão de Açúcar, a AL-220, em Olho D’água do Casado. Esta última rodovia também está bloqueada no trecho que fica entre Monteirópolis e Olho D'água das Flores.

Correio Notícia

domingo, 27 de maio de 2018

Turismo de negócios e eventos cresce e impacta na economia de Alagoas

Receita do Centro de Convenções de Maceió, principal celeiro de eventos no Estado, cresceu quase 60% no último ano


Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 Kaio Fragoso
Texto de Thiago Tarelli
O turismo em Alagoas não tem crescido somente pelas belezas naturais e atrativos de lazer alagoanos, mas também pelo segmento de negócios e eventos. Prova disso é que, no último ano, a receita do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, principal equipamento para eventos de médio e grande porte em Alagoas, cresceu 56% em comparação ao ano anterior. A projeção para 2018 é que o crescimento se mantenha e o faturamento chegue a aproximadamente R$ 4 milhões.

Somente em 2017, o Centro de Convenções, como é mais conhecido o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, recebeu mais de 200 eventos. Para 2018 já estão agendados 191.

Um exemplo do potencial do Centro de Convenções é a realização de eventos, como o 23º Congresso Brasileiro de Magistrados, encerrado no último dia 26. Mais de quatro mil congressistas participam do evento, que é organizado pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) reunindo pessoas de todo o país.

“Quando houve a apresentação de Alagoas, os colegas das associações definiram por unanimidade que aqui seria o melhor lugar. É um Estado rico em belezas naturais, tem uma estrutura hoteleira muito boa, de fácil acesso, um centro de convenções belíssimo e isso pesa muito nessa decisão. Outro diferencial foi o acolhimento do Governo do Estado que desde o primeiro contato manifestou todo o interesse em receber o evento. Além, é claro, da receptividade do povo alagoano que tem sido maravilhosa”, contou o presidente da AMB, Jayme de Oliveira, sobre a escolha do Destino Alagoas como palco para o evento.

Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 (Fotos: Kaio Fragoso)

O presidente ainda ressaltou a qualidade das instalações do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso. “Toda nossa equipe só rende elogios à estrutura do Centro de Convenções. Pessoalmente visitei o equipamento no ato da escolha do local e tudo que nos foi oferecido realmente estamos usufruindo. O Centro nos permitiu também que realizássemos tudo no mesmo local, desde o teatro para a abertura quanto o espaço para o jantar e o show. Isso foi um grande diferencial”, complementa Jayme de Oliveira.

Impacto na cadeia produtiva do turismo

Somente o Congresso Brasileiro dos Magistrados movimentou em torno de R$ 12 milhões na economia da capital, incluindo os gastos com hotelaria, gastronomia e diversos serviços do setor turístico de Maceió.  O dado é fruto de um levantamento feito pelo Maceió Convention Visitours & Bureau, entidade conveniada ao Governo do Estado que trabalha na prospecção de eventos para a cidade.
Projeção de crescimento do Centro de Convenções prevê aproximadamente R$ 4 milhões de faturamento em 2018 (Fotos: Kaio Fragoso)
À frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Rafael Brito explica que a atração de grandes eventos é essencial na geração de emprego e renda na cadeia produtiva do turismo em Alagoas.

“Os benefícios são inúmeros quando falamos da realização de grandes eventos no Destino Alagoas. Nós estamos trabalhando, junto aos convênios com as entidades, na atração de eventos de negócios para o Estado, não só na Capital, mas também em cidades do interior que também estão sendo estruturadas para essa vertente do turismo. O turista de negócio gasta mais que o de lazer, consumindo cultura, artesanato e demais atrativos do Destino, além, obviamente, de utilizar da hotelaria e gastronomia. Toda essa cadeia é incentivada, gerando emprego e renda para a população e vencendo a sazonalidade do setor, já que esses eventos não se restringem a um período do ano, eles podem acontecer em qualquer época”, explica o secretário Rafael Brito.

Uma das políticas que geram renda para a população é o espaço para comercialização do artesanato alagoano, por meio do programa da Sedetur, Alagoas feita à mão, que contempla dez artesãos do Estado que comercializam seus produtos durante todos os dias do evento.

“Participar de um Congresso dessa magnitude tem sido ótimo. A procura está grande e a expectativa é que a gente faça boas vendas. Sempre procuro estar presente nesses e em outros eventos e feiras por meio do apoio da Sedetur”, contou a artesã Bethânia Albuquerque que faz bichinhos, sapatinhos e artigos de decoração de crochê.

Agência Alagoas

sábado, 26 de maio de 2018

Sefaz é pioneira na implementação de programa de integridade pública

Setor e programa voltado ao Compliance está em fase de diagnóstico; trata-se do primeiro ente de administração direta estadual do país a tomar iniciativa

A Fazenda tornou-se, assim, o primeiro ente da administração direta estadual no País a implementar um Programa de Compliance
A Fazenda tornou-se, assim, o primeiro ente da administração direta estadual no País a implementar um Programa de Compliance Foto: Ascom Sefaz
Texto de Felipe Miranda
A Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas (Sefaz/AL) iniciou o projeto de implantação de uma estrutura dedicada ao Compliance e o programa de integridade. A iniciativa teve início em abril deste ano coma contratação da empresa KPMG, consultoria referência mundial nos temas relacionados a ética e programas de integridade. A Fazenda tornou-se, assim, o primeiro ente da administração direta estadual no País a implementar um Programa de Compliance.

A palavra Compliance tem origem inglesa, do verbo “to comply“, que significa “cumprir”. Na prática, significa que a Sefaz trabalha em conformidade com as leis, princípios e comportamentos éticos, regimentos e regulamentos internos e externos, permitindo a integridade e a transparência na condução das atividades.

A ideia é que o programa ofereça e defina medidas para prevenir, detectar e responder a qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer na administração. Conscientização ética e uma cultura de integridade são os principais objetivos dessa iniciativa.

A utilização dos recursos públicos estará ainda mais clara com o Compliance. É o que explica o sócio da KPMG, Emerson Melo. “A maior dúvida de todo cidadão é saber o modo como seus impostos estão sendo aplicados. O programa vai apresentar isso de um jeito mais ético. Daremos essa certeza de que quando se melhora controles internos e a operacionalização dos processos, o benefício direto disso vai para o cidadão. A depender do Poder Executivo, tudo culmina em hospitais, escolas, vias públicas e melhor transporte público”.

Para o assessor Especial de Ética e Compliance em Alagoas, Rodrigo Bittencourt , o Compliance é algo inegociável e imprescindível para a sobrevivência de organizações de esfera pública e privada. Suas diretrizes vão facilitar a fiscalização e tornar mais simples a relação com seus colaboradores. Mais transparente em ambos os casos.

“Esse programa de integridade, de forma sucinta, será responsável por estabelecer boas práticas no que diz respeito às políticas de integridade, os padrões de ética e de conduta, cuidar da comunicação desses padrões, além de realizar treinamentos e trabalhar de forma integrada com a ouvidoria do órgão”, explica.

Em fase de diagnóstico para implantação do programa, a Sefaz-AL realizou recentemente, sob orientação e supervisão da empresa de consultoria KPMG, uma pesquisa eletrônica junto aos servidores da Sefaz-AL. O objetivo da ação foi compreender a percepção quanto à governança e cultura de Compliance na Secretaria.

Agência Alahgoas

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Municípios de Alagoas eliminam em 100% o uso de lixões

Estado consegue um marco histórico: é o primeiro do Nordeste e o terceiro do País a alcançar a marca


Lixão fechado no município de Penedo
ixão fechado no município de Penedo Ascom Semarh
Texto de Nigel Santana e Débora Rosset
Alagoas conseguiu um feito histórico ao encerrar, em definitivo, todos os lixões a céu aberto existentes nos municípios. Os últimos vazadouros públicos localizados na região Sul foram finalizados na tarde desta sexta-feira (25) nos municípios de Feliz Deserto, Piaçabuçu, Igreja Nova e Penedo. Desta forma, graças ao trabalho iniciado em 2015 pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), as prefeituras passaram a compreender a necessidade de cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, vencida desde 2014.

Os fechamentos dos lixões nesta sexta contaram com as presenças do titular da Semarh, o secretário Alexandre Ayres, representantes das gestões municipais, Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Ministério Público Estadual (MPE). Com a finalização dos últimos espaços de concentração de lixo, as prefeituras de Feliz Deserto, Piaçabuçu, Igreja Nova e Penedo passam a destinar toda a produção de resíduos gerada pela população para a Central de Tratamento do Agreste, localizada em Craíbas.

O resultado de todo este empenho coloca Alagoas como o primeiro Estado do Nordeste e fechar todos os lixões. Em âmbito nacional, Alagoas é o terceiro do país a finalizar de vez os vazadouros existentes nos municípios. Para alcançar este marco na história recente de Alagoas, o Governo tratou de priorizar a pauta ambiental desde janeiro de 2015. A partir de então, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos conseguiu aprovar, junto à Assembleia Legislativa do Estado, a Lei 7749 de 13/10/2015, que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos e Inclusão Produtiva.

“Quando conseguimos a aprovação da lei, um dos instrumentos normativos tratava justamente sobre a finalização dos lixões, a gestão adequada dos resíduos sólidos, implantação da coleta seletiva em consonância com as políticas estaduais de meio ambiente e cumprimento da lei nacional. Com todo esse envolvimento da Semarh, as prefeituras acataram a ideia, promovemos o diálogo com os gestores municipais, e conseguimos dar início aos fechamentos dos lixões. Um marco histórico para Alagoas”, detalha o secretário Alexandre Ayres.

Outros mecanismos também foram considerados importantes para o cumprimento da política nacional. São eles: os Planos Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) e Intermunicipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PIGIRS). Ambos foram resultados de um trabalho conjunto entre a Semarh, prefeituras, consórcios públicos e a empresa Floram Engenharia.

Alexandre Ayres recorda que até o final de 2014 o Estado não contava com o PERS e PIGIRS, documentos norteadores para a eliminação dos lixões e consequentemente o envio dos resíduos para centrais de tratamento e aterros sanitários.

Destino final

Com os municípios alagoanos livres dos lixões a céu aberto, as prefeituras já se organizaram e destinam corretamente os resíduos para as centrais e aterros.

O aterro Cigres, localizado em Olho d´Água das Flores, recebe os resíduos de Olho d’Água das Flores; Batalha; Senador Rui Palmeira; Carneiros; Monteirópolis; São José da Tapera; Olivença; Santana do Ipanema; Belo Monte; Pão de Açúcar; Maravilha; Palestina; Dois Riachos; Cacimbinhas; Major Isidoro; Poço das Trincheiras; Ouro Branco; Jacaré dos Homens; Jaramataia; Água Branca; Pariconha; Inhapi; Canapi; Piranhas; Delmiro Gouveia; Mata Grande e Olho d’Água do Casado.

A CTR de Craíbas já conta com os resíduos de Arapiraca; Limoeiro de Anadia; Coité do Nóia; Igaci; Taquarana; Craíbas; São Sebastião; Lagoa da Canoa; Junqueiro; Feira Grande; Girau do Ponciano; Olho d’Água Grande; Paulo Jacinto; Traipu; Campo Alegre; Teotônio Vilela; Tanque d’Arca; Estrela de Alagoas; Palmeira dos Índios; Minador do Negrão; Porto Real do Colégio; Maribondo; Belém e Campo Grande.

A CTR em Pilar recebe os resíduos de Pilar; Santa Luzia do Norte; Atalaia; Marechal Deodoro; Satuba; Messias; Mar Vermelho; Rio Largo; Coqueiro Seco; Barra de São Miguel; Boca da Mata; Pindoba; Chã Preta; Viçosa; Capela; Coruripe; São Miguel dos Campos; Anadia; Cajueiro; Flexeiras; Jequiá da Praia; Roteiro; Paripueira; Barra de Santo Antônio; Santana do Mundaú; São José da Laje; União dos Palmares; Joaquim Gomes; Ibateguara; Branquinha; Murici; Matriz do Camaragibe; Passo de Camaragibe; Porto Calvo; Novo Lino; Campestre; São Luiz do Quitunde; Jacuípe; Jundiá; Colônia Leopoldina; São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras.

O município de São Brás destina para o aterro Estre Ambiental Rosário, em Sergipe, enquanto que Maragogi e Japaratinga encaminham seus resíduos para aterro Consórcio Portal Sul, em Rio Formoso, Pernambuco.

Vale ressaltar que Maceió destina seu resíduo adequadamente desde 2010. Até o final de 2014, apenas a capital estava em dia com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Recuperação e parcerias

Além do empenho da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) também exerceu um papel preponderante ao fiscalizar a recuperação das áreas degradadas nos lixões já encerrados.

O próximo passo para as prefeituras é a realização do Plano de Recuperação das Áreas Degradadas que deve ser apresentado ao IMA dentro de um ano, para que em até quatro anos todas essas áreas estejas completamente recuperadas.

Outro órgão que contribuiu efetivamente para a gestão adequada dos resíduos foi o Ministério Público Estadual (MPE), que assinou acordos de não persecução criminal com as prefeituras para elas eliminassem os vazadouros públicos. O trato do MP Estadual com os gestores municipais ocorreu no final do ano de 2017.

O resultado desta parceria entre os órgãos, comemora o secretário Alexandre Ayres, consolida Alagoas como um dos estados que evidenciaram a pauta ambiental como prioridade nos últimos quatro anos.

Agência Alagoas

quinta-feira, 24 de maio de 2018

“Hospital Metropolitano vai desafogar o HGE”, diz governador em exercício

Desembargador Otávio Praxedes visitou canteiro de obras do maior investimento em saúde da história de Alagoas

No Hospital Metropolitano são 13.904,19 m² de área construída, em um terreno de 57.058,87 m²
No Hospital Metropolitano são 13.904,19 m² de área construída, em um terreno de 57.058,87 m² Foto: Márcio Ferreira
Texto de Kelly Cordeiro

A obra acontece em três turnos e está com 32% dos serviços executados. A meta estabelecida pelo Governo do Estado é de entregar o Hospital Metropolitano até o final do ano. Pela magnitude do empreendimento, o governador em exercício, Otávio Praxedes, decidiu visitar a obra nesta quinta-feira (24), ao lado do secretário de saúde Christian Teixeira e do secretário executivo de infraestrutura, Humberto Carvalho.

O desembargador percorreu os seis pavimentos, o heliponto que vai facilitar a chegada de pacientes transportados pela aeronave do SAMU, e ainda conheceu os detalhes do projeto do hospital, que deve atender mais de 600 mil habitantes, o que corresponde a 29 municípios alagoanos das regiões norte, metropolitana e zona da mata, principalmente.

 Governador em exercício, Otávio Praxedes, visita canteiro de obras do Hospital Metropolitano (Márcio Ferreira)
"Estou aqui cumprindo um compromisso assumido publicamente durante a transmissão de posse. Quis visitar essa obra por sua dimensão e seu alcance social. Não tenho dúvidas de que esse hospital vai melhorar muito as condições de saúde em Alagoas; vai desafogar o HGE e atender a camada mais necessitada da população", disse.

De acordo com o secretário executivo de Infraestrutura, Humberto Carvalho, são 13.904,19 m² de área construída, em um terreno de 57.058,87 m². O empreendimento é dividido em blocos: o principal vai abrigar os serviços de saúde e os laterais vão abrigar os setores administrativos e a ala de serviços com cozinha, lavanderia, necrotério. A ideia é não deixar que haja interferência dos outros setores nos serviços de saúde.
 Governador em exercício, Otávio Praxedes, visita canteiro de obras do Hospital Metropolitano (Márcio Ferreira)

“Buscamos um terreno grande, onde fosse possível que cada coisa funcionasse separadamente para que os serviços operacionais do hospital não interfiram na ala de saúde. Além disso, o espaço amplo vai permitir a possibilidade de futuras expansões, como a construção de um hospital da criança que é um projeto que já começa a ser pensado pelo governo”, adiantou o secretário.

A construção do Hospital Metropolitano teve início no ano passado com 150 funcionários trabalhando. Hoje, com os serviços em três turnos, esse número passou para 318 e ainda podem acontecer mais contratações à medida que os serviços forem avançando. Orçado em mais de R$ 64,5 milhões, o equipamento de saúde terá 180 leitos, sendo 20 de pediatria, 50 de clínica médica, 30 de cirurgia, 40 de obstetrícia, 10 de UTI adulto, 10 de UTI pediátrica, 10 de UTI neonatal e outros 10 de UCI neonatal.

“Esse hospital estava orçado em mais de R$ 90 milhões, e conseguimos licitar em pouco mais de R$ 64 milhões. É algo inédito porque nunca tivemos essa cultura em Alagoas de licitar com valor menor do que o orçado. Isso significa mais economia para o povo alagoano e responsabilidade com o dinheiro público, o que está proporcionando ao Governo do Estado construir mais unidades”, destacou o secretário de Saúde, Christian Teixeira.
 Governador em exercício, Otávio Praxedes, visita canteiro de obras do Hospital Metropolitano (Márcio Ferreira)
Na capital, o Governo do Estado ainda está construindo o Hospital da Mulher, que está em fase final de execução e contará com 127 novos leitos. No interior, estão sendo erguidos hospitais regionais em Porto Calvo e União dos Palmares e, breve, será iniciada a construção de uma unidade em Delmiro Gouveia.

“Sempre que eu passava por essa região ficava observando essa obra, mas agora que vi tudo de perto estou muito satisfeito. Aqui pude comprovar que ela está realmente avançando a cada dia e tenho certeza que ficará pronta dentro do prazo para servir ao povo alagoano”, finalizou o governador.

Agência Alagoas

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Mais de 135 mil pessoas já são beneficiadas pelo programa Vida Nova nas Grotas

Ação desenvolvida pelo governo em parceria com a ONU já chegou em 35 comunidades de Maceió com obras de mobilidade urbana e inclusão social


Comunidade recebeu três mil metros de passeios implantados
Comunidade recebeu três mil metros de passeios implantados Márcio Chagas e Márcio Ferreira
Texto de Márcio Chagas
O Vida Nova nas Grotas, do Governo de Alagoas, tem um papel importante no resgate da autoestima dos moradores das comunidades da capital, por meio de avanços em mobilidade urbana. Desde a sua criação, em 2016, ainda como Pequenas Obras, Grandes Mudanças, o programa já beneficia mais de 135 mil pessoas, das mais de 250 mil que moram nas grotas de Maceió, com os serviços de melhorias de infraestrutura.

Entre as mais de 70 comunidades existentes na capital, 35 delas – que representa quase 50% do total - já estão usufruindo das mudanças proporcionadas pelo programa, a exemplo da construção de escadarias drenantes, pontilhões, passeios e corrimãos.

 Entre as mais de 70 comunidades existentes na capital, 35 delas – que representa quase 50% do total - já estão usufruindo das mudanças proporcionadas pelo programa
Atualmente, 18 grotas já estão com serviços concluídos e entregues, como é o caso da grota do Grutão, localizada na parte alta da cidade, no bairro da Gruta de Lourdes.

Por lá, as mudança já são comemoradas pelos mais de dois mil moradores, que, pela primeira vez, receberam investimento em mobilidade na região.
Entre as mais de 70 comunidades existentes na capital, 35 delas – que representa quase 50% do total - já estão usufruindo das mudanças proporcionadas pelo programa
Só nesta comunidade foram construídos 820 metros de escadarias, 350 de canaletas e 2 mil metros de corrimão para auxiliar no deslocamento dos moradores. Ainda foram implantados 130 metros de muro de contenção, 52 metros de pontilhão, 3 mil de passeio, 1.100 de meio-fio e mais de mil metros quadrados em pavimentação, garantindo mais segurança no deslocamento dos moradores, principalmente, no período chuvoso que se aproxima.

Em menos de dois anos, o programa avançou e, além de expandir suas atividades, teve um aumento expressivo também nos investimento destinados aos serviços de infraestrutura, como destaca o secretário executivo de Transporte e Desenvolvimento Urbano, Alcides Tenório.
 Entre as mais de 70 comunidades existentes na capital, 35 delas – que representa quase 50% do total - já estão usufruindo das mudanças proporcionadas pelo programa
“O que faz o Vida Nova nas Grotas ser tão vitorioso é o comprometimento do Governo do Estado. Já destinamos cerca de R$ 107 milhões para obras em locais onde nunca existiu qualquer investimento. Estamos humanizando as grotas. Agora, morar nessas áreas passou a ser referência, algo significativo e que aumenta a dignidade das pessoas”, celebra Alcides Tenório.

Parceria com a ONU

Desde 2017, o Vida nova Nas Grotas ampliou suas atividades e firmou parceria com o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (ONU-Habitat). Além da mobilidade urbana, segmentos como lazer, esporte, empreendedorismo, saúde, educação e cultura também fazem parte do planejamento de ações nas comunidades.

Agência Alagoas

terça-feira, 22 de maio de 2018

Hospital de Emergência do Agreste se tornará hospital-escola

  Anúncio foi feito na manhã desta terça (22), pela gerente-geral da instituição
MEC credencia Hospital de Emergência do Agreste como hospital-escola
MEC credencia Hospital de Emergência do Agreste como hospital-escola (Fotos: Carla Cleto)
 Texto de Davi Salsa

Referência no atendimento a vítimas de traumas de alta e média complexidade no interior de Alagoas, o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, está sendo transformado em hospital-escola, com a implantação da Residência Médica. O importante anúncio ocorreu na manhã desta terça-feira (22), pela gerente-geral da unidade, Regiluce Santos, após reunião com integrantes da Comissão de Ética Médica.

De acordo com Rafael Martins, coordenador da Comissão de Ética Médica, a unidade foi submetida a uma avaliação prévia do Ministério da Educação (MEC), que já deu parecer favorável à implantação da Residência Médica e treinamento das equipes.

Rafael Martins revelou, ainda, que o curso deverá ser iniciado em 2019, com a oferta de vagas para as áreas da Cirurgia, Pediatria, Anestesiologia e Medicina de Emergência. O edital com a quantidade de vagas e os critérios para a Residência Médica está sendo elaborado e deverá ser divulgado ainda este ano.

Expansão

Com investimentos do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o Hospital de Emergência do Agreste realiza mais de 46 mil atendimentos a cada ano e está em processo de expansão, passando de 40 para 120 leitos. As obras estão com mais de 98% das etapas concluídas e a previsão é de que os novos leitos sejam entregues em breve.

“Essa expansão do hospital também chamou a atenção do MEC para a autorização da Residência Médica”, salienta Rafael Martins.

“É mais um ganho para o hospital e, também, para a sociedade alagoana, uma vez que termos importante parceria com o Ministério da Educação, Universidade Federal de Alagoas e escolas de Medicina. O que irá ajudar para que possamos contribuir, ainda mais, com a qualificação e especialização profissional na área da saúde em nosso Estado”, afirmou a gerente-geral do HE do Agreste, médica Regiluce Santos.

AGÊNCIA ALAGOAS

Edital da Fapeal abre as portas da pesquisa alagoana para estudos com Oxford

O edital Institucional Links possibilita o intercâmbio de pesquisas ecológica entre grupos de estudos alagoanos e britânicos


Richard Laddle e Ana Malhado, do Instituto de Ciências Biológicas e Saúde da Ufal, falam sobre a cooperação internacional
Richard Laddle e Ana Malhado, do Instituto de Ciências Biológicas e Saúde da Ufal, falam sobre a cooperação internacional     Fotos: Naísia Xavier
Texto de Tárcila Cabral
Interação internacional é possível entre a pesquisa alagoana e os grandes grupos globais? Os laboratórios alagoanos provam que sim. Pela atuação do Governo de Alagoas, com o intermédio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), foi possível disponibilizar um programa de intercâmbio em pesquisa entre Brasil e Reino Unido.

Operacionalizado pelo British Council e co-financiado pelo Newton Fund e Fapeal, o Institucional Links é fruto dessa parceria que converge interesses de pesquisa entre os países. O edital aceitou propostas para um conjunto de atividades de cooperação entre instituições brasileiras e britânicas incluindo workshops, palestras e outras atividades de estudo que podem ser realizadas por um período de até dois anos. Alagoas, em especial, obteve êxito na proposta submetida para 2018, por laboratório do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O britânico Richard Ladle, um cientista interdisciplinar da conservação, é o coordenador do projeto e o está desenvolvendo em conjunto com a docente Ana Cláudia Malhado, que também compõe o quadro do ICBS e é coordenadora do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos.

O tema em questão não poderia ser mais atual, que em tradução livre se intitula “Desenvolvendo plantas de investimento para áreas protegidas de uso sustentável no Estado de Alagoas”. Munindo-se de um propósito ecossistêmico, a análise pretende dar dinamismo a ações de proteção e manutenção ambiental.

Adentrando à pesquisa

Fazendo uso de uma nova abordagem e com os estudos de manejo já concluídos, esta será a primeira vez em que a pesquisa sairá do laboratório para ser aplicada no campo, nas próprias áreas protegidas. O objeto vai ser reproduzido nas oito Áreas de Proteção Ambiental (APA) em Alagoas, assistindo cada unidade em como se pode investir de maneira específica.

Os pesquisadores esclarecem que conservar, hoje, tornou-se uma questão global, a qual os governos estudam, buscam, mas concluem que não têm dinheiro suficiente para sustentar as redes de conservação que os países contêm. Então, a solução encontrada pelo grupo para essa lacuna mundial é pôr em prática um projeto que considere ativos financeiros, abordando as áreas protegidas como mais do que apenas um ambiente onde as pessoas conservam a natureza.

Contexto Social

Nesse ensejo, a proposta consegue ultrapassar a pesquisa e se torna um plano social, interferindo no contexto da comunidade local a partir do desenvolvimento sustentável. “O conceito do trabalho avalia as áreas protegidas como um conjunto de cinco tipos de agentes: o biofísico: como cachoeiras e matas; os humanos, como conhecimentos e capacidades; infraestrutura, por exemplo, as estradas e trilhas; e institucional, que são organizações relacionadas”, explica Richard Ladle.

As interações com o povo, a história do lugar, as áreas espirituais, os valores dentro da paisagem que neste momento ainda não são capturados na ideia de conservação, tudo isso já é importante para as comunidades. O trabalho de gestão vai somente elaborar um enfoque de fazer com que as pessoas passem a valorizar seu espaço e recursos e se transformem nos verdadeiros guardiões das áreas protegidas, empoderando assim seu artesanato, histórias, pesca tradicional, entre outras características.

O estudo vai atrair um novo retorno, porque associa relevância e visibilidade para projetar fatores culturais além do perímetro da unidade de conservação. Isso também configura valor para grupos de beneficiários, mas a dupla enfatiza que cabe aos governos, estadual e federal, refletirem sobre que tipos de beneficiários os planos devem apoiar.

Além dos estudos, o plano de trabalho prevê a execução de um aplicativo que, depois de testado deve ser lançado em outras partes do mundo. A sua finalidade é desenvolver um software sem demarcações ou limites para ampliar o leque de atuação do programa onde, por exemplo, uma pessoa no sul do Brasil pode se conectar e fazer o mesmo trabalho nas zonas protegidas de determinado estado.

A construção desse aplicativo será executada por acadêmicos do Instituto de Computação (IC) da Ufal, em conjunto com o professor Paul Jepson, representando a parceria britânica com a universidade de Oxford. Já ao grupo do ICBS cabe o desenvolvimento da metodologia teórica do programa e sua aplicação em campo.

Parceria internacional

Entrando no contexto local, o incentivo à captação de acadêmicos estrangeiros possibilitará novos desafios às equipes com a obrigatoriedade de se falar e produzir em inglês.

Graças ao Institucional Links, os estudantes alagoanos irão a Londres aprender o progresso da metodologia internacional. Os estudiosos consideram que tanto o Reino Unido como Oxford estão sempre à frente em pesquisas para a preservação e sensibilização da população, mas hoje sentem que tem uma responsabilidade grande com outros países. O Brasil, por sua vez, é rico nesta biodiversidade e é um local propício ao intercâmbio de informações.

Perspectivas Futuras

A bióloga Ana Malhado pontua o quão importante é o fomento a editais internacionais: “Nós queremos agradecer à Fapeal, por possibilitar os convênios com estas chamadas. Isso está abrindo muito as portas da pesquisa neste momento”, declara a pesquisadora.

Este trabalho conta também com a participação de alunos da graduação, uma aluna de mestrado e outra de doutorado, existindo ainda a disponibilidade de contratação de um pós-doutor. Porém os pesquisadores não descartam a necessidade de ampliar a equipe, para produzir a divulgação científica do projeto e auxiliar na parte administrativa.

Os eventos previstos no edital, programados de antemão, serão realizados numa parte final do programa, em formato de workshops. Com a finalização das etapas de testes e criação de aplicativos, serão convidados gestores das unidades de conservação do Instituto do Meio Ambiente (IMA), e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para aprenderem a utilizar a tecnologia.

Mais uma oportunidade de colaboração com pesquisadores britânicos que se encontra aberta no momento é o edital Researcher Links, lançado de forma conjunta pelas Faps de Alagoas e Sergipe. A submissão de projetos vai até 8 de junho.

Agência Alagoas