sexta-feira, 17 de julho de 2015

Sem transporte, estudantes da zona rural de AL temem perder ano letivo

Foto: G1



Alunos que moram na Zona Rural das cidades de Santana do Ipanema e Mata Grande estão com medo de perder o ano letivo por causa da paralisação dos motoristas de transportes escolares. Os profissionais estão sem receber salários.
Em Santana do Ipanema, os transportadores escolares que prestam serviço ao estado estão de braços cruzados desde o dia 6 de julho porque não estão recebendo o pagamento pelo trabalho.
A Secretaria Estadual de Educação informou que o atraso é de 3 meses e que o pagamento de abril já foi feito e que está providenciando os meses de maio e junho para repassar à empresa responsável, que também cuida dos contratos.
Segundo os motoristas, eles trabalham sem contrato assinado. “Tá complicado. Não tem contrato, pagamento e aumento. Não tem nada”, disse o transportador Expedito Silva.
Um documento foi protocolado no Ministério Público, resultado de um abaixo assinado colhido no dia em que os alunos, professores da rede pública estadual e transportadores escolares saíram em passeata pelas ruas da cidade para protestar cobrando uma solução para o caso.
“Os alunos já estão prejudicados. Praticamente já são 6 meses sem aula, quando a maioria desses alunos não consegue ir até a escola porque não tem transporte escolar”, lamentou o professor da rede pública, Paulo César.
Em Mata Grande, no Alto Sertão de Alagoas, os transportadores escolares estão parados desde o dia 13 de julho, mas eles fora convidados para ir até a escola da rede estadual de ensino para uma reunião.
Junto com os pais de alunos e a direção da escola, eles discutiram a situação. A maioria dos estudantes mora na Zona Rural e, sem o transporte escolar, apresentaram uma queda na frequência escolar de 80%.
De acordo com a diretora da Escola Estadual Genil Malta, não está sendo possível aplicar provas com as salas vazias. Ela também explica que o problema também pode comprometer as mães inscritas no Bolsa Família, já que o pagamento do benefício depende da frequência do aluno na escola.
“Todos os meses é mandada a frequência do Bolsa Família, e essa frequência esse mês não poderá ser mandada porque nós não temos a frequência do aluno dentro da escola”, explicou a diretora.
As mães lamentam e apelam para que tudo seja resolvido o mais rápido possível. “Nós estamos vendo nossos filhos em casa prestes a perder o ano letivo. Queremos uma providência”, falou a mãe de um dos alunos, Maria Euziane.
Fonte: Globo G1

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