quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Professores aprovados no concurso da Educação serão nomeados até sexta-feira (21)

Anúncio foi feito pelo governador Renan Filho em transmissão ao vivo pelas redes sociais; após nomeação, professores terão 30 dias para tomar posse

Governador informou que cronograma para exame admissional será publicado pela Seplag no prazo de 30 dias
Governador informou que cronograma para exame admissional será publicado pela Seplag no prazo de 30 dias Márcio Ferreira
Texto de Severino Carvalho
Em transmissão ao vivo (live) pelas redes sociais – Facebook e Instagram, o governador Renan Filho anunciou, na tarde desta terça-feira (18), que até a próxima sexta (21) serão nomeados todos os professores aprovados no concurso da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A partir da nomeação, eles terão 30 dias para tomar posse.

 “Queria informar que esse concurso não tem reserva técnica. Caso o cidadão não tome posse, sobrará vaga para ser preenchida por outra pessoa. A ideia, como falei, é que no início do próximo ano letivo todo o mundo já esteja apto para tomar posse em seu cargo e assumir uma turma”, afirmou Renan Filho.  

 As provas para o concurso público da Educação foram realizadas em abril deste ano. Cerca de 14 mil inscritos disputaram 850 vagas. O governador informou que o cronograma para o exame admissional será publicado pela Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) dentro desse prazo de 30 dias.

Serão destinados, ainda, dez dias para a realização dos exames de admissão com a convocação diária de aproximadamente 85 novos professores, por ordem alfabética. O cronograma terá início a partir de janeiro, em decorrência das celebrações de fim de ano e levando em consideração que pessoas de outros estados foram aprovadas no concurso.
“O Estado de Alagoas avançou muito na educação nos últimos quatro anos e nós vamos seguir trabalhando duro para Alagoas avançar ainda mais”, finalizou.

AGÊNCIA ALAGOAS

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Nova unidade fabril da Motrisa, em Murici, estima faturamento de R$ 25 milhões em 2019

Fábrica foi inaugurada na manhã desta segunda-feira, com a presença do governador Renan Filho, e deve gerar 160 empregos diretos e indiretos

Fábrica terá capacidade para produzir, anualmente, 5 mil toneladas de produtos
Fábrica terá capacidade para produzir, anualmente, 5 mil toneladas de produtos Thiago Sampaio
Texto de Severino Carvalho

Com um investimento inicial de R$ 8,5 milhões e geração de 160 empregos, entre diretos e indiretos, a unidade industrial do Moinho Motrisa S/A no município de Murici foi inaugurada na manhã desta segunda-feira (17). A fábrica entra em operação a partir da segunda quinzena de janeiro de 2019 com capacidade para produzir, anualmente, 5 mil toneladas de produtos e um faturamento estimado de R$ 25 milhões.
O governador Renan Filho, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, e o prefeito de Murici, Olavo Neto, participaram da solenidade de inauguração. Renan Filho destacou a importância do empreendimento para a economia do Vale do Mundaú e afirmou que é essencial fortalecer a industrialização do interior de Alagoas, atraindo médias e grandes empresas de todos os setores, como tem feito o Governo do Estado.
"A instalação da unidade da Motrisa aqui em Murici é um passo muito importante tanto para a cidade, que recebe uma indústria consolidada, como também para a própria empresa, que deixa de estar apenas na capital e interioriza a sua produção, ajudando Alagoas como um todo", observou Renan Filho.
Da unidade de Murici sairá farinha especial de massa de pastel, farinha de trigo integral, farinha de pães especiais e mistura para bolo.

Fábrica entra em operação na segunda quinzena de janeiro de 2019 (Thiago Sampaio)
"A fábrica de Murici é, dentre todos os moinhos do Brasil, a única unidade que trabalha separadamente pães e misturas especiais. Com isso, abre-se um leque para atender tanto a nossa demanda local como atender a outros distribuidores e moinhos do Brasil que não têm essa estrutura que estamos criando aqui hoje. As misturas que sairão daqui terão um valor de mercado agregado de pelo menos duas vezes o preço-base de um quilo de farinha de trigo. Isso é um diferencial para Murici, para a Motrisa e para Alagoas", explicou o superintendente do Grupo Motrisa, Paulo Florêncio.
A Moinho Motrisa S/A já conta com a política de incentivos fiscais implantada pelo Governo do Estado, por meio do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado (Prodesin), que reduz em 92% o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na saída dos produtos industrializados em todo território alagoano.
"O Prodesin vai nos dar uma competitividade muito grande para produzir e poder comercializar não só para Alagoas, como para os demais estados do país", destacou Paulo Florêncio.
Para a abertura da nova unidade, a Moinho Motrisa S/A contou com todo o apoio institucional do Governo do Estado que, por meio da Superintendência da Indústria, Comércio e Serviços da Sedetur, dá suporte aos empresários que desejam abrir novos negócios em Alagoas, oferecendo um ambiente com segurança jurídica e infraestrutra adequada.

Fábrica entra em operação na segunda quinzena de janeiro de 2019 (Thiago Sampaio)
Empregos
O secretário do Desenvolvimento Econômico e Turismo revelou que a unidade inaugurada nesta segunda-feira é uma planta nova de dois módulos, que dobra a capacidade de produção e geração de emprego.
"É um momento especial para Murici porque a gente consegue iniciar a consolidação do polo industrial dessa cidade tão importante, ligada de forma tão rápida e tão fácil por nossas estradas para que as pessoas possam, também aqui no interior, usufruir do desenvolvimento econômico do estado de Alagoas", disse Rafael Brito.
O superintendente da Motrisa, Paulo Florêncio, informou que todos os 40 postos de trabalho diretos, criados com a abertura da fábrica, serão preenchidos com mão de obra local.
"Todos esses funcionários serão contratados em Murici. Eles passam por um sistema de treinamento na unidade de Maceió e, a partir da segunda quinzena de janeiro, já treinados, voltam pra cá e começam a trabalhar aqui", afirmou.

Fábrica entra em operação na segunda quinzena de janeiro de 2019 (Thiago Sampaio)
Para o prefeito de Murici, a abertura da unidade industrial representa o fortalecimento da cadeia econômica do município e a geração de emprego e renda.
"Isso é muito simbólico porque, como falou o governador Renan Filho, diante de todos os esforços do Governo do Estado, o Moinho Motrisa é mais uma empresa que chega aqui, assim como chegou a Energy e assim como vai chegar a Mococa, uma grande empresa reconhecida nacionalmente", revelou Olavo Neto.
Prestigiaram a solenidade, ainda, o deputado estadual Isnaldo Bulhões, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Rogério Pinheiro; o presidente da União dos Vereadores de Alagoas (Uveal), Fabiano Leão; o superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira; dente outras autoridades.

Agência Alagoas

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Governador e primeira-dama lançam Circuito Alagoas Feita à Mão nesta quinta (13)

Três novas esculturas gigantes de mestres artesãos foram instaladas na orla de Maceió para disseminar e valorizar a arte popular alagoana

Monumentos replicam obras da arte popular e dá visibilidade ao artesanato alagoano, impulsionando o turismo cultural
Monumentos replicam obras da arte popular e dá visibilidade ao artesanato alagoano, impulsionando o turismo cultural Itawi Albuquerque
Texto de Cecília Tavares e Severino Carvalho

O governador Renan Filho, a primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, e o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, lançam nesta quinta-feira (13), às 9 horas, no Hotel Jatiúca, o Circuito Alagoas Feita à Mão. Com a proposta de disseminar a arte popular alagoana e valorizar o trabalho dos mestres artesãos alagoanos, o circuito consiste na instalação de réplicas de esculturas da arte popular em pontos-chave da orla da capital.

Com seis metros de altura cada, as réplicas são feitas de isopor naval e fibra de vidro, materiais resistentes ao sol, chuva e maresia. Os monumentos serão acompanhados de placas informativas que, além de explicar sobre cada peça, trazem informações sobre o Circuito Alagoas Feita à Mão.

‘O Beijo da Mestra Irinéia’, réplica da peça da artesã Dona Irinéia, ficará exposta na Lagoa da Anta, na entrada do Hotel Jatiúca, um dos parceiros da ação. O ‘Boi Bumbá’, do Mestre João das Alagoas, será instalado na Avenida da Paz, com apoio do restaurante Picuí. Já a réplica do ‘Leão’ do Mestre André da Marinheira será fixada na Avenida Assis Chateaubriand, próximo à entrada do bairro do Pontal da Barra, em área cedida pela Braskem, também parceira da ação.

A primeira-dama de Alagoas, Renata Calheiros, lembra que o Estado se destaca pela qualidade e originalidade da produção artesanal. “Somos reconhecidos nacional e internacionalmente por grandes personalidades que acompanham a produção da arte popular. As peças do Circuito Alagoas Feita à Mão trazem a história da cultura, dos costumes, de nossas riquezas, pelas mãos de consagrados mestres artesãos. É uma forma de reconhecimento e valorização inéditos, que irá se refletir também no turismo, na geração de renda e no resgate do orgulho do alagoano pelo que é produzido aqui”, declarou.

As peças de André da Marinheira, Dona Irinéia e João das Alagoas – os dois últimos mestres do Patrimônio Vivo de Alagoas – completam o circuito de intervenções urbanísticas de arte popular, que foi iniciado com a instalação da Sereia do Mestre Zezinho, na praia de Pajuçara, dando visibilidade ao artesanato alagoano e incentivando o turismo cultural no Estado.

“Colocar obras dos nossos mestres artesãos em espaços públicos conectados faz com que moradores e visitantes vivenciem e explorem os espaços coletivos, imergindo na cultura local. O lançamento do circuito é importantíssimo para disseminar a produção artesanal alagoana em níveis local e nacional”, explicou a gerente de Design e Artesanato da Sedetur, Daniela Vasconcelos.

Serviço: Governador lança Circuito Alagoas Feito à Mão

Data: quinta-feira, 13 de dezembro

Horário: 9 horas

Local: Hotel Jatiúca

Mais informações: (82) 3315 3620 / 9 9645 1269

Agência Alagoas

domingo, 9 de dezembro de 2018

Coleção do Jornal Correio da Pedra e livro sobre o pioneiro são lançados na Ufal Campus do Sertão durante Encontro Nacional de História




Durante a solenidade de encerramento do V Encontro Nacional de História do Sertão (ENHS), realizado na noite da sexta-feira (7), na Ufal Campus do Sertão, foi lançada a coleção do Jornal Correio da Pedra e o livro O Senhor da Pedra, do escritor Dilton Maynard.


A coleção de jornais circulou durante a 1° República entre 1918 e 1930, na Vila da Pedra em Delmiro Gouveia e foi reproduzida pelo Governo do Estado de 1922 a 1930. A coletânea, que é composta por quatro volumes, foi doada ao curso de História por meio do secretário de Estado da Comunicação, Ênio Lins, que participou da solenidade representando o Governador Renan Filho. Em seu discurso, o secretário reforçou o compromisso do Estado em apoiar projetos que incentivem a preservação da história.

“Essa coleção do Jornal Correio da Pedra preserva a memória de Delmiro Gouveia e tudo que está relacionado a esta região, sendo um grande projeto de conservação da história desta gente. O Governo do Estado sente-se orgulhoso em apoiar essa iniciativa, inclusive doando uma coletânea para o curso de História”, falou Ênio.

O escritor Dilton, que é professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), falou sobre a sua obra, que reflete como Delmiro Gouveia aparece em diferentes produções culturais. “Ao pesquisar essas produções vi que Delmiro aparece como uma resposta de que o Nordeste não está destinado ao fracasso, mas que progride”, explicou o professor.

Os dois convidados exaltaram o trabalho do professor e pesquisador Edvaldo Nascimento, agradecendo a ele o incentivo para as duas produções. Dilton reforçou que a publicação do Senhor da Pedra só foi possível devido à insistência de Edvaldo. “Para mim é uma honra estar aqui hoje lançando esse livro aqui, especialmente por estar com Edvaldo “, reforçou. Ênio explicou que a pesquisa para que a coleção do Jornal Correio da Pedra fosse realzada também contou com o trabalho de Nascimento e da professora Luitigarde Oliveira Cavalcanti Barros.

Em sua fala, Edvaldo agradeceu e enfatizou a importância do lançamento e da doação dos livros para o curso de História. “Estávamos devendo esse lançamento aqui em Delmiro Gouveia e não poderíamos escolher momento melhor do que este, aqui neste encontro nacional. Para mim é um orgulho fazer parte desta mesa hoje”, disse.
Para o vice-reitor José Vieira, representando a reitoria da Ufal, as doações enriquecem o acervo. “Essas obras enriquecem o acervo da universidade e, especialmente, o curso de História. Ficamos muito felizes em participar de iniciativas deste porte”, falou Vieira.

Ainda estiveram presentes à solenidade de encerramento o diretor do Campus do Sertão, Agnaldo; a coordenadora do curso de História, Carla Figueiredo; o coordenador do encontro, professor Pedro Abelardo, e a estudante Andressa Havana. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Pilar e Teotonio Vilela serão primeiros contemplados com CISP tipo II em Alagoas

Unidades são mais modernas e cinco vezes maiores que os centros do tipo I, direcionadas a municípios estratégicos e mais populosos


Pilar será um dos primeiros municípios alagoanos a receber um CISP do tipo II
Pilar será um dos primeiros municípios alagoanos a receber um CISP do tipo II Fotos: Ascom SSP e André Palmeira
Texto de Vanessa Siqueira
Integrar as polícias Civil e Militar foi uma das missões da Segurança Pública nos últimos quatro anos. Os Centros Integrados de Segurança Pública (CISPs) consolidam esse trabalho e, com 16 unidades do tipo I em funcionamento e outras cinco em construção, o Governo do Estado avança nesse trabalho lançando as unidades do tipo II, cinco vezes maiores que as anteriores. As primeiras serão inauguradas em Pilar e Teotonio Vilela.

Nos municípios onde já estão em funcionamento as unidades do tipo I, o percentual de redução de homicídios chega a quase 70%, segundo o Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

Já as unidades tipo II nascem com a proposta de atender municípios mais populosos e que possuem localização estratégica para as ações da Segurança Pública. Nos dois prédios que estão em construção, foram investidos R$ 16.830.344,36 milhões em recursos próprios do Tesouro Estadual.

Ambos terão 1.340 metros quadrados de área construída e várias diferenças com relação aos CISPs tipo I. A Polícia Militar terá sala para a Inteligência, de planejamento de operações, posto de identificação, centro de operações (Copom), alojamento para oficiais e praças divididos para homens e mulheres, vestiários, sala de reuniões, reserva de armas e depósito. A Polícia Civil terá sala para o chefe de operações, cartório distrital e regional, depósito, alojamentos para delegados e agentes e sala de reuniões. Na área comum haverá copa, recepção, sala para confecção de Boletim de Ocorrência, auditório, depósito e refeitório.

As celas são um dos diferenciais das unidades do tipo II. Os novos Centros Integrados passam a comportar até 32 presos, divididos em cinco celas para presos do sexo masculino, feminino e para menores. Nas unidades tipo I, a capacidade é para até quatro presos por cela. Pilar e Teotonio também contarão com uma sala de identificação, fundamental para que a Polícia Civil consiga confirmar a identidade de suspeitos de crimes preservando as testemunhas.

A estrutura foi pensada para abrigar um efetivo maior das polícias Civil e Militar. A Força Tarefa também será implantada, o que dobrará o efetivo policial nas regiões, facilitando as operações para coibir assaltos e homicídios.

Em Teotonio Vilela, mais de 43 mil habitantes, segundo o IBGE, serão beneficiadas diretamente com as ações de segurança. Já Pilar possui mais de 35 mil habitantes e já sofreu com os altos índices de criminalidade registrados no município. A cidade chegou a estar entre os municípios com maior índice de homicídios do país na última década. Desde que a Secretaria da Segurança Pública tomou medidas para combater o crime organizado na cidade, os números vêm sendo reduzidos. Em outubro deste ano, não foram registrados homicídios e, comparando com os números registrados no ano passado, houve redução.

A comerciante Maria F. da Silva, de 60 anos, vive a expetativa da inauguração do Centro Integrado de Segurança. Ela conta que já teve seu estabelecimento assaltado seis vezes e vê com bons olhos a iniciativa do Governo do Estado em investir em mais segurança.
Comerciante vive expectativa de inauguração de CISP em Pilar (André Palmeira)
"Com o CISP, a gente que é comerciante espera melhorar muito a segurança. Quando dá seis horas a gente fecha com medo de sofrer um assalto. Eu já fui assaltada, tive arma apontada na cabeça, mas tenho fé que a segurança melhore e a violência caia, já que teremos mais policiais nas ruas", disse.

O secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, explica que as unidades do tipo II foram pensadas para abrigar um efetivo maior das polícias e os municípios que recebem o equipamento possuem função estratégica no combate ao crime em Alagoas. Ele acredita que, assim como as demais unidades já em funcionamento, elas terão resultados significativos de redução de crimes.

“Esperamos que as unidades do tipo II contribuam ainda mais para a redução da criminalidade no Estado. Pilar e Teotonio Vilela foram escolhidos estrategicamente visando beneficiar as ações de repressão ao crime nas regiões que estão inseridas. É uma estrutura bem mais ampla que as unidades que já foram feitas e com certeza darão ótimos resultados”, avaliou.

O comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio, falou que os novos CISPs devem apresentar grandes resultados. “A expectativa da implantação do CISP II é a melhor possível já que mais serviços poderão ser apresentados à sociedade, aumentando a amplitude dos já prestados atualmente pelo CISP I. Dessa forma, poderemos atingir mais pessoas e cobrir um território ainda maior”, explicou.  

Já o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, avalia que os CISPs tipo II irão ter maior efetividade no combate ao crime em cidades mais populosas. “Esses CISPs são muito esperados para que se possa reduzir a violência nessas cidades. Junta-se a isso a integração consolidada nas unidades do tipo I e o consequente aumento da capacidade de trabalho, garantindo uma sociedade cada vez mais segura”, finalizou.

Agência Alagoas

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Marcha para Jesus 2018 acontece dia 1º de dezembro em Maceió




A Marcha para Jesus 2018 vai acontecer em primeiro de dezembro. Um dia após a comemoração do Dia Estadual do Evangélico, o evento será um grande culto com o tema “Não me envergonho de falar do evangelho”. Com seis horas de adoração e mais de 10 atrações, a marcha proporcionará uma tarde de alegria, paz e intercessão pelo futuro da nossa nação. 

A concentração será em frente ao antigo Alagoinha, na praça Gogó da Ema, a partir das 13 horas. O evento tem o objetivo de exaltar e adorar Jesus, assim como, promover a união da comunidade evangélica. Todos podem participar da marcha que no ano passado juntou cerca de 30 mil pessoas. Reúna-se com a sua família e com seus amigos e venha marchar pelo Senhor e pelo Brasil.

Referência no país, presídio alagoano completa 22 meses com 0% de reincidência criminal

Média nacional é de quase 25%; dois mil reeducandos já passaram pelo Núcleo Ressocializador, que oferta trabalho e estudo em tempo integral


Internos do Núcleo Ressocializador recebem qualificação profissional, assistência médica, psicológica, jurídica e religiosa Internos do Núcleo Ressocializador recebem qualificação profissional, assistência médica, psicológica, jurídica e religiosa Jorge Santos
Texto de Luciana Buarque
Celas sem trancas, presos sem algemas, agentes penitenciários sem armas. Em um local onde condenados estudam, trabalham, têm oferta de lazer, fazem terapias e esportes, é difícil lembrar que se está dentro de um presídio. Com essa abordagem humanizada, uma penitenciária alagoana se tornou referência no Brasil por recuperar os condenados e reinseri-los na sociedade. A prova da eficiência do Núcleo Ressocializador da Capital, em Maceió, é a taxa de 0% de reincidência criminal registrada há 22 meses.

O Núcleo está prestes a completar, em dezembro, dois anos seguidos com a menor taxa de reincidência do país. Nenhum dos reeducandos que deixaram a unidade desde janeiro de 2017 – porque ganharam a liberdade ou progrediram para os regimes semiaberto e aberto – voltou a cometer delitos. De acordo com os registros do Banco de Dados Integrado da Segurança Pública do Estado, esses egressos não tiveram passagem pela polícia ou pelas unidades do Sistema Prisional até o último mês de outubro. Em 2016, quando os levantamentos tiveram início, a taxa de reincidência era de 2%, apenas.

Com o altíssimo índice de recuperação dos reeducandos, a unidade alagoana está na contramão dos presídios brasileiros. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2015, considerando apenas o conceito de reincidência legal – aqueles que voltam a ser condenados no prazo de cinco anos após o cumprimento da pena anterior – chegou a uma média de 24,4% no Brasil.

Nenhum dos reeducandos que deixaram o Núcleo Ressocializador desde janeiro de 2017 voltou a cometer delitos (Fotos: Jorge Santos)

O segredo do modelo, que em sete anos já atendeu cerca de 2 mil custodiados, é o respeito às pessoas. No Núcleo Ressocializador de Maceió, nenhum agente penitenciário ou servidor sabe quais crimes foram cometidos pelos reeducandos. Ao entrar lá, só o nome dos sentenciados importa. Eles circulam livremente pelo espaço, onde convivem em harmonia e aprendem sobre comunicação não violenta: palavrões e gírias sequer são permitidos. À hora das refeições, comem com talheres de metal, objetos cortantes que são proibidos nas demais penitenciárias.

Mesmo com acesso a talheres e a ferramentas de trabalho, ocorrências violentas não acontecem. Aliás, esse é um dos critérios de permanência na unidade. Ao primeiro sinal de incitação à violência, ainda que apenas por meio de conversas, o apenado perde o direito de continuar no projeto e retorna ao presídio comum.

“O reeducando tem que querer a reintegração social. A adesão ao Núcleo é voluntária. Aqui o trabalho e estudo são ofertados em tempo integral e todos obedecem às regras para boa convivência. Além disso, fortalecemos o vínculo familiar. Com esses vetores, eles voltam melhores para a sociedade”, explica o chefe do Núcleo, o agente penitenciário Elder Rodrigues.

Nenhum dos reeducandos que deixaram o Núcleo Ressocializador desde janeiro de 2017 voltou a cometer delitos (Fotos: Jorge Santos)

Baseado na experiência espanhola dos "Módulos de Respeito", o Núcleo Ressocializador da Capital é destaque nacional no cumprimento integral da Lei de Execuções Penais, que prevê a ressocialização através da qualificação profissional, educação, trabalho e condições dignas no encarceramento, que incluem higiene, organização e assistência médica, psicológica, jurídica e religiosa.

“A taxa nula de reincidência criminal se deve à diretiva do Governo do Estado e ao trabalho eficaz dos agentes e servidores penitenciários. Temos o melhor resultado do país no quesito ressocialização e isso é mérito da integração de toda a equipe, que inclui as psicólogas, assistentes sociais, enfermeiros, servidores administrativos e professores”, afirma Elder Rodrigues, que também destaca a ausência de tentativa de fugas da unidade.

De janeiro de 2017 a outubro de 2018, deixaram o Núcleo 74 pessoas. Todas elas saíram com qualificação profissional, ofício e com o vínculo familiar fortalecido pelas ações promovidas pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris). A unidade é a única no país que segue o modelo espanhol. Hoje, o Núcleo tem 118 internos.

Perfil dos reeducandos

Para se candidatar ao Núcleo Ressocializador, o interno sentenciado que cumpre pena no regime fechado passa por avaliações e precisa ter perfil compatível com os princípios que regem o projeto. É necessário apresentar bom comportamento, ter histórico livre de ocorrências e não pertencer a facções criminosas, entre outros requisitos.

Nenhum dos reeducandos que deixaram o Núcleo Ressocializador desde janeiro de 2017 voltou a cometer delitos (Fotos: Jorge Santos)

O modelo tem como foco o respeito aos direitos dos apenados, seguindo os princípios da honradez, diálogo e transparência. O principal objetivo é criar oportunidades para reduzir os fatores de risco do interno por meio da laborterapia, da educação e do lazer.

O custodiado Cícero Lima é um dos beneficiados pelo projeto. Dos nove anos em que cumpre pena no Complexo Prisional, os últimos quatro têm sido no Núcleo Ressocializador. Nesse período, ele contabilizou cerca de 80 cursos e está concluindo a graduação à distância em Administração.

“No início, tive receio de solicitar a transferência para cá. Até que percebi que o trabalho e o estudo mudariam minha vida. Hoje sou um dos 16 custodiados que cursam o ensino superior no Núcleo. Já planejo meu mestrado no próximo ano”, relata.

Agência Alagoas