Pesquisa aponta o crescimento no volume de vendas no varejo, em junho, em Alagoas, como o maior do Nordeste Jonathan Lins |
Texto de Andressa Alves
Superando um longo período de retração, o Brasil voltou a
apresentar resultados positivos na economia. Após os avanços do setor
atacadista, foi a vez do segmento de varejo do país surpreender,
apontando um crescimento total de 2,4% no mês de junho se comparado ao
mesmo período de 2016, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio
(PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
No âmbito local também há o que comemorar. Segundo os dados da
pesquisa, as vendas do varejo em Alagoas alcançaram em junho um
crescimento de 11,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Se
comparado ao mês anterior, maio de 2017, a variação positiva de Alagoas é
de 2,4%, a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil, atrás apenas
de Tocantins (3,3%) e Roraima (4,9%).
De acordo com o presidente da Associação dos Supermercados de
Alagoas, Raimundo Barreto, o dinamismo do setor e a inovação dos
empresários no período de crise foram fundamentais para os avanços.
“Em meio ao período conturbado por qual passou o país nos últimos
dois anos, a criatividade foi, sem dúvidas, a palavra de ordem no
mercado econômico. O setor atuou com muito dinamismo, criando novas
técnicas e produtos para atender aos consumidores da melhor forma,
mantendo o número de vendas e até alcançando um crescimento, que
representa algo ainda mais significativo neste momento”, ressaltou
Barreto.
Como apoio para manter os números estáveis e voltar a crescer, o
setor tem contado com o Governo de Alagoas, que, por meio da Secretaria
de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e da
Secretaria da Fazenda (Sefaz), aposta na simplificação de sistemas
tributários e apoio ao ramo empresarial por meio da concessão de
benefícios fiscais e locacionais, concedidos às indústrias através do
Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas (Prodesin).
Além do Prodesin, Alagoas conta com regimes tributários especiais
voltados para o setor atacadista em geral e para os Centros de
Distribuição (CD), especificamente. Dessa forma, a atração de grandes
indústrias e os avanços do setor influenciam, diretamente, na chamada
“ponta do consumo”, formada pelos consumidores que demandam o setor de
varejo.
Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo,
Helder Lima, os recentes crescimentos nos setores de atacado e varejo
são resultados de uma política de Estado célere e objetiva.
“O Governo de Alagoas esteve arrumando a casa para que pudéssemos
acompanhar os avanços, tão logo o Brasil voltasse a crescer. Os números
são uma prova de que isso já é uma realidade e nós estamos preparados,
com processos cada vez mais desburocratizados voltados aos empresários e
com segurança jurídica para quem já está investindo no Estado e para
quem ainda deseja se instalar”, ressaltou Helder Lima.
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, essa é a terceira taxa
positiva consecutiva no setor. Os setores que contribuíram para o
resultado em todo o país foram os de móveis e eletrodomésticos (2,2%),
tecidos, vestuários e calçados (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e
doméstico – lojas de departamento, ótica, joalheria e outros (2,7%).
Agência Alagoas
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