Em todo o Estado, mais de 120 escolas receberam recurso para execução do programa, que propõe um redesenho curricular da escola
Alunos da Escola Pedro Joaquim de Jesus, em Teotônio Vilela, vão participar de projetos de leitura, ciências exatas e da natureza e cultura Fotos - Valdir Rocha e José Demétrio |
Texto de Ana Paula Lins
Responsável por mais de 90% da oferta de ensino médio na rede
pública, o Governo de Alagoas tem promovido diversas ações para tornar a
modalidade mais dinâmica e atrativa para o aluno da rede estadual. Uma
destas é o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), o qual propõe um
redesenho da proposta curricular e dota a unidade de ensino de verba
para executar os projetos planejados. No Estado, cerca de 125 escolas
estaduais receberam verba do programa.
Uma iniciativa do Governo Federal que, em Alagoas, é gerenciada pela
Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o ProEMI trabalha na
perspectiva de construção de um ensino médio com propostas inovadoras,
dinâmicas, flexíveis e que promovam a formação integral do estudante,
fortalecendo o protagonismo juvenil.
No momento da adesão, as escolas puderam optar por dois formatos de
oferta: 5 horas ou 7 horas para o desenvolvimento das atividades. As
propostas elaboradas levaram em conta pelos menos cinco dos oito Campos
de Integração Curricular (CIC) do programa: acompanhamento pedagógico em
língua portuguesa e matemática; iniciação científica e pesquisa; mundo
do trabalho; comunicação, uso de mídias e cultura digital; línguas
adicionais/estrangeiras; cultura corporal; produção e fruição das artes e
protagonismo juvenil. Todas as propostas devem conter os quatro
primeiros campos, que são obrigatórios, e, pelo menos mais um dentre os
outros quatro.
Expansão
O superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Ricardo Lisboa,
diz que o ProEMi já se mostrou eficaz em outros estados, a exemplo de
Pernambuco, e que o redesenho curricular propiciará mais qualidade na
oferta do ensino médio.
“Como o próprio nome diz, o ProEMI é uma inovação e todos os estados
que já o executam registraram avanços notáveis no seu ensino médio. Em
2014, Alagoas havia conseguido inserir apenas uma escola no programa,
mas, na gestão do secretário Luciano Barbosa, temos cerca de 125
unidades de ensino com recurso em caixa para planejar o seu redesenho
curricular este ano. Isso significa um aumento de 1.200%”, estima
Ricardo.
Planejamento
Todas as propostas de redesenho curricular elaboradas pelas escolas e
aprovadas pela Seduc e Ministério da Educação (MEC) foram socializadas e
validadas junto às comunidades escolares. Na ocasião, apresentou-se
como será a execução do programa e quais ações serão empreendidas com
essa verba.
Com 1.978 alunos, a Escola Estadual Pedro Joaquim de Jesus, de
Teotônio Vilela, vai direcionar o ProEMI para uma série de atividades
que incluem projetos de leitura, ciências exatas e da natureza e
cultura.
“Temos o Biofismaq, ação que envolve as disciplinas de física,
química, biologia e matemática e que vai culminar em uma gincana. Além
disso, queremos montar rádio, jornal, incrementar o laboratório de
ciências, o teatro e a dança. Tínhamos um plano de ação elaborado desde o
início do ano e, com o ProEMi, a execução dessas ações se tornou mais
fácil”, conta a diretora-geral Fátima Pimentel.
André Galdino, diretor da Escola Estadual Humberto Mendes, diz que
existe uma grande expectativa na comunidade escolar para o início das
ações que serão subsidiadas pelo programa.
“Teremos atividades diferenciadas no que concerne ao acompanhamento
pedagógico e também planejamos algumas ações referentes a teatro e
cineclube. Outro enfoque será no protagonismo juvenil, com criação de um
clube da terceira idade, onde os alunos vão interagir com idosos da
comunidade. Já no macrocampo de comunicação, vamos incrementar ainda
mais o nosso jornal, blog e canal no youtube”, adianta o diretor.
Agência Alagoas
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