sábado, 12 de agosto de 2017

Comissão formada por três delegados investiga assassinato do empresário Rodrigo Alapenha

Divulgação/Rede SocialEmpresário Rodrigo Alapenha
Nenhum detalhe sobre os primeiros levantamentos policiais foi divulgado porque podem atrapalhar investigação, conforme delegado-geral da PC/AL 


  Jota Silva

Três delegados foram designados na manhã deste sábado (12) para investigar o assassinato do empresário Rodrigo Alapenha, morto a tiros, no início da tarde desta sexta-feira (11), enquanto chegava em casa, no Loteamento Rosa de Sharon, no bairro Novo, em Delmiro Gouveia.
A designação foi realizada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira. Uma comissão de investigação será composta pelos delegados Rodrigo Rocha Cavalcanti, da Delegacia Regional de Polícia (1-DRP), Mário Jorge Barros, gerente da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), e Cícero Lima, gerente de Polícia Judiciária da Região 4 (GPJR 4).
Os três já tinham iniciado os trabalhos investigativos no mesmo dia do crime, em apoio à equipe do delegado Valter Fontes Cunha, titular das delegacias distritais de Inhapi e Mata Grande, mas que está de plantão na 1ª DRP até a próxima terça-feira (15).
“Como em inúmeros outros casos, a Polícia Civil trabalhará para elucidar e chegar aos responsáveis pelo assassinato do empresário, com calma, cautela, discrição e com sigilo para não atrapalhar a investigação. Solicitamos a todo cidadão que tiver informação, que possa colaborar, comunique pelo disque denúncia no 181”, disse o delegado-geral Paulo Cerqueira, por meio da Assessoria de Comunicação da PC/AL.
O assassinato
Rodrigo Alapenha foi assassinado a tiros, no início da tarde desta sexta-feira (11), por volta das 13h, quando chegava em casa, no Loteamento Rosa de Sharon, no bairro Novo, em Delmiro. Ele estava em uma caminhonete e, segundo a polícia, foi alvejado com cerca de trinta disparos de arma de fogo que teriam sido efetuados por ocupantes de um carro de passeio.
Segundo testemunhas, o empresário tentou fugir, mas foi baleado e bateu o carro em uma árvore a poucos metros da casa dele. Ele foi atingido por mais de dez tiros em várias partes do corpo e morreu na hora.
“Estava trabalhando próximo do local, quando escutei os tiros. Parecia um martelo batendo em madeira repetidamente. Não imaginava que fosse disparo de arma de fogo, tanto que, quando cheguei no local, me surpreendi com a cena do assassinato”, disse, em entrevista à rádio Correio FM, uma servidora pública que preferiu não ter o nome divulgado.
A equipe de reportagem do Correio Notícia e da rádio Correio foi quem primeiro chegou ao local, cerca de dez minutos após o ocorrido. A informação foi confirmada ao vivo na rádio pelo repórter Edson Alves e ao mesmo tempo pelo site.
“Como se trata de um empresário bastante conhecido na cidade, tomei até um susto com a informação trazida a mim por uma testemunha do crime, que estava muito nervosa porque tinha acabado de acontecer”, relatou o jornalista Juliano Rodrigues, que estava de plantão na redação do Correio Notícia.
Ainda de acordo com o jornalista, a testemunha relatou que estava no loteamento, quando escutou o barulho de um carro em alta velocidade. “Ele disse que se assustou e correu, mas, até então, não sabia que se tratava de assassinato, e que somente descobriu o que aconteceu quando retornou ao local e se deparou com o empresário morto”, concluiu.
Guarnições do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) e da Rádio Patrulha (R/P) do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), localizado na cidade, estiveram no local e realizaram buscas por suspeitos na região. Diversas cápsulas de pistola de calibre não divulgado foram encontradas próximo ao veículo.
O motivo e a autoria do crime são desconhecidos, mas o caso está sendo investigado pela Delegacia Regional de Polícia (1-DRP), sediada no município. O delegado Cícero Lima, da Gerência de Polícia Judiciária da Região 4 (GPJ-4) esteve na cidade e comandou os primeiros levantamentos. Na ocasião, ele revelou para a imprensa que duas linhas de investigação foram levantadas, mas que não as podia divulgar para não atrapalhar as investigações.
Rodrigo Alapenha Cardoso Silvestre era casado com a também empresária Emilene Ferreira (Mila), filha de Lula Cabeleira. O pernambucano residia há anos em Delmiro Gouveia, onde era proprietário das empresas Mult Pneus (Delmiro) e RDC Locações e Terraplanagem, com atividade em Alagoas e Pernambuco.
Sob forte comoção, uma multidão vinda de várias partes de Alagoas e Pernambuco participou do velório e sepultamento do empresário Rodrigo Alapenha, na tarde deste sábado (12), em Delmiro Gouveia.
O velório aconteceu na Igreja São Cristóvão, localizada na Avenida Antônio José da Costa, no bairro Novo, onde conhecidos, amigos e familiares deram o último adeus ao empresário. Em seguida, a multidão seguiu o cortejo fúnebre até o Cemitério Novo, localizado no centro da cidade, onde houve o sepultamento.

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