Governador Renan Filho durante durante a posse de 121 novos diretores eleitos pela comunidade escolar e gerentes regionais escolhidos pelo desempenho de suas escolas no Ideb Neno Canuto |
Texto de Petrônio Viana
A gestão democrática a partir das eleições diretas para diretores
e a meritocracia na escolha de gerentes regionais de ensino, aliada à
descentralização de recursos que dá autonomia para as escolas da rede
estadual, estão mudando os rumos da Educação em Alagoas. Essa foi a
avaliação feita pelo governador Renan Filho e pelo vice-governador e
secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, na quarta-feira (5),
durante a posse de 121 novos diretores eleitos pela comunidade escolar e
gerentes regionais escolhidos pelo desempenho de suas escolas no Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Segundo Renan Filho, a autonomia das escolas e a meritocracia são a
chave para a transformação do ensino no Estado e foram adotadas a partir
da observação de que os caminhos percorridos anteriormente não poderiam
ser retomados sob o risco de que novos erros fossem cometidos.
“Levava meses, anos para o diretor conseguir consertar a porta de um
banheiro. Ora, por que não mandar o dinheiro para o diretor, sugerir que
o conselho escolar veja se o dinheiro está sendo bem gasto? Conversar
com os pais, trabalhar par promover a qualificação dos gestores e
diretores para que eles utilizem bem aqueles recursos. Essa
descentralização garante que os diretores sejam autônomos e possam
resolver seus problemas”, disse Renan Filho.
“Alagoas precisava mudar. Durante muito tempo, fomos exemplo negativo
em várias áreas. Os nossos problemas são triviais e as soluções também
precisam ser, porque as soluções mirabolantes não funcionam. Quis o
destino que fosse justamente na era da maior crise econômica que o
Brasil já viveu, que a gente desse a virada fiscal, financeira que o
Estado precisava. As soluções não precisam ser mirabolantes, mas
problema velho se resolve com solução nova. Quem caminha pelo mesmo
caminho vai chegar no mesmo lugar. A verdadeira mudança de patamar
econômico e social de Alagoas só virá se nós mudarmos a educação. Quanto
mais qualidade tivermos na educação, mais velocidade e potência terá o
nosso Estado”, avaliou o governador.
Os novos diretores empossados nesta quarta-feira foram eleitos por
votação direta pela comunidade escolar de cada unidade, em um processo
democrático ocorrido entre os dias 12 e 16 de março. A segunda etapa das
eleições acontece entre o final de abril e início de maio. A
apresentação de candidaturas começou na terça-feira (3) e segue até
quinta (5). Puderam se candidatar aos cargos os professores efetivos do
magistério estadual com habilitação em nível superior e licenciatura
plena.
Já a escolha dos gestores das 13 Gerências Regionais de Ensino de
Alagoas, de acordo com o secretário Luciano Barbosa, obedece um critério
técnico estalecido na atual gestão do Governo do Estado.
“O processo de escolha dos gerentes era político e isso acabava com o
elo que unia a Secretaria de Estado da Educação às escolas públicas. O
que nós fizemos foi encontrar um critério técnico irrefutável, que não
deixasse margem para alguém achar que estávamos manipulando a escolha.
Então, decidimos que valor do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica, o Ideb de cada escola, vai dizer quem vai ser o gerente
regional. E elegemos o diretor da escola com melhor Ideb na região como
gerente. Hoje, nem o governador Renan Filho indica gerente regional de
ensino. Conceitualmente, isso nos permitiu lutar pela ideias que
tínhamos e fazer com que elas chegassem à escola”, explicou Barbosa.
Durante a solenidade, também foi assinado o despacho de autorização
de recursos para os programas Escola da Hora, Escola Web e para
aquisição de fardamento escolar para os alunos. Para Luciano Barbosa, o
despacho, que confere às escolas a autonomia para realizar reparos e
melhorias nas unidades, escolher serviços de internet e os fornecedores
dos fardamentos escolares, reforça o compromisso do governador Renan
Filho com a descentralização de recursos na Educação.
“Neste governo, adotamos uma nova postura, porque as coisas acontecem
na escola. Decidimos descentralizar os recursos. A gestão democrática
não é só o direito do gestor ser eleito pela comunidade escolar, ela vai
educando a criança para transformá-la em um cidadão. Mas, nessa gestão
democrática, faltavam os recursos. O diretor não podia consertar uma
fossa, um banheiro, cortar a grama da escola. Com essa nova postura, o
dinheiro vai para a escola, onde as necessidades são conhecidas. Os
diretores e o conselho escolar sabem onde esse dinheiro é necessário, e
nós acreditamos nas pessoas. Os diretores se mostraram grandes
administradores, são zelosos e fazem cada centavo render”, disse o
secretário da Educação.
“Nesse sentido, o governador Renan Filho promoveu a maior
descentralização de recursos da história de Alagoas. Em pouco mais de
três anos, enviamos para as escolas estaduais mais de R$ 40 milhões de
recursos do Fundeb e do Tesouro Estadual. Não foi dinheiro do FNDE. Se
contarmos com esse dinheiro, esse valor dobra. No ano passado, foram R$ 5
milhões em fardamentos. Até então, elas eram vendidas. O Estado nunca
havia distribuído fardamento para os alunos. Estamos focados no futuro,
acreditando que é possível e construindo essa nova realidade”, revelou
Barbosa.
Na cerimônia, além do governador Renan Filho e do secretário Luciano
Barbosa, as professoras responsáveis por programas de incentivo ao
ensino de qualidade, melhoria nos índices de aprovação no Enem e ela
melhoria da qualidade da alimentação escolar, receberam homenagens pelos
serviços prestados à educação em Alagoas.
Agência Alagoas
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