O tempo resposta para o atendimento deve ser o mais baixo possível para evitar que o quadro do paciente se agrave Ascom Sesau |
Texto de João Victor Barroso
Tinha tudo para ser uma manhã tranquila de domingo para o
eletricista Agnaldo Correia, 40 anos. No entanto, ao descer de um
detalhado por uma escada, se desequilibrou e caiu de pé com todo o peso
do corpo em cima da perna direita. Um acidente que acabou ocasionando
uma fratura exposta e levando-o a necessitar do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu), que o encaminhou para o Hospital Geral do
Estado (HGE).
“No momento em que eu vi minha perna daquele jeito, com o osso para
fora do corpo, fiquei muito nervoso, mas consegui me deitar, e esperei
parado até a viatura do Samu chegar. E em menos de 15 minutos, depois
que ligamos para o número 192, os socorristas chegaram, colocaram o osso
da tíbia no lugar, imobilizaram minha perna, e me levaram para o HGE”,
relatou Agnaldo Correia.
“Essa foi a primeira vez que precisei dos serviços do Samu e nunca
pensei que seria tão bem atendido. Em todo o trajeto da minha casa até
ao HGE, os socorristas me medicaram e me tranquilizaram”, disse o
eletricista.
Agnaldo Correia continua internado na Unidade de Ortopedia do HGE,
esperando para ser liberado após ter passado por duas cirurgias que
corrigiram a fratura sofrida na tíbia da perna direita.
Experiência Completa - O aposentado José Valdir
Novais, 59 anos, foi outro alagoano que precisou utilizar os serviços do
Samu, após sofre um infarto enquanto estava em casa, no município de
Arapiraca, em maio deste ano.
“Eu estava assistindo televisão quando comecei a sentir fortes dores
no peito, e então liguei para o Samu, rapidamente a ambulância chegou
até a minha residência e me levou para um hospital particular”, relatou o
professor aposentado.
Depois de ser avaliado pela equipe médica da unidade, houve a
necessidade de transferir José Valdir, de Arapiraca até a capital
alagoana, para o paciente fazer uma angioplastia primaria no HGE.
“A transferência teve que ser realizada pela equipe do Samu
Aeromédico, já que o procedimento tinha que ser feito o mais rápido
possível para que eu fosse submetido a uma cirurgia cardíaca”, disse
José Valdir.
Ao chegar em Maceió, a aeronave posou na academia da policia militar e
foi transferido para o HGE por uma ambulância do Samu local. “Agora eu
estou muito melhor, e agradeço a todos os que fazem o Samu em Alagoas,
porque foram eles que salvaram a minha vida”, disse o aposentado.
Balanço Semestral - Os serviços prestados para o
eletricista Agnaldo Correia e para o aposentado José Valdir Novais,
foram apenas dois dos 13.759 atendimentos de urgência realizados pelo
Samu, durante o primeiro semestre de 2017. Na Central Maceió foram 8.069
casos e em Arapiraca foram registrados 5,690 atendimentos.
Segundo Dárbio Alvim, supervisor do Samu Maceió, o tempo resposta
para o atendimento deve ser o mais baixo possível para evitar que o
quadro do paciente se agrave. “Para manter esse tempo resposta rápido, o
Samu utiliza as motolâncias, que foram solicitadas 342 vez entre os
meses de janeiro e junho, onde o socorrista faz o primeiro atendimento,
até a chegada da ambulância para fazer o deslocamento dos pacientes até
as unidades de referência”, explicou.
O supervisor também falou sobre a atuação do Samu Aeromédico, que
nesse primeiro semestre atendeu 77 chamados. “Quando o médico regulador
achar necessário que o atendimento seja feito pelo Arcanjo, a aeronave é
enviada para fazer o transporte mais rápido e eficiente dos pacientes
em estado mais grave”, salientou.
Brincadeira de Mau Gosto – Um dado que chama atenção
são os altos números de trotes que foram recebidos pela Central Maceió
nesses primeiros seis meses de 2017. Do total das 240.878 ligações,
65,09% foram trotes feitos pela população, contabilizando 156.782
chamadas.
De acordo com Dárbio Alvim, os trotes são feitos em sua maioria por
crianças durante os horários de intervalo no colégio e aos finais de
semana, pela falta de orientação dos pequenos. “Não são somente as
crianças que fazem essas ligações, os adultos também passam trote com
frequência. Quando esses casos acontecem, as linhas do 192 ficam
congestionadas, deixando pacientes graves sem o atendimento de
urgência”, disse.
Para mudar esse panorama e reduzir o número de trotes, foi
desenvolvido o projeto Samu nas Escolas, orientando alunos da rede
pública de ensino, passando informações sobre como funciona e a
importância do Samu.
http://agenciaalagoas.al.gov.br/noticia/item/17711-samu-alagoas-atende-quase-14-mil-pessoas-durante-primeiro-semestre
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