Sesau irá apresentar o perfil epidemiológico da microcefalia em Alagoas (Foto: Carla Cleto) |
Texto de Marcel Vital
Gestores dos municípios alagoanos participarão de oficinas para
sensibilização de estratégias de fortalecimento da atenção integral às
crianças com infecção congênita associada às sífilis, toxoplasmose,
rubéola, citomegalovírus, herpes e ao vírus Zika.
O evento será realizado na segunda (3) e terça-feira (4), das 8h30 às
17h, no prédio de Pós-Graduação do Centro Universitário Cesmac, na Rua
Cônego Machado, bairro Farol, em Maceió.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) irá apresentar o perfil
epidemiológico da microcefalia em Alagoas e os protocolos emergenciais
de vigilância aos casos da doença relacionados ao vírus transmitido pelo
Aedes aegypti.
A supervisora de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Sesau, Renata
Bulhões, ressaltou a importância de tratar as informações sobre o
assunto com bastante responsabilidade, visto que tudo ainda é muito
novo.
“Estamos aqui, unindo forças com o Ministério da Saúde (MS) e os
gestores dos municípios de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios,
Santana do Ipanema e União dos Palmares, para trabalharmos na execução
do Protocolo de Enfrentamento e Atenção integral à Saúde e Resposta à
Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. Ele
prevê a mobilização desses profissionais de saúde para promover a
identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do
bebê”, destacou Renata Bulhões.
Segundo ela, o principal objetivo do Protocolo é orientar as ações
para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas
submetidas ao vírus Zika e aos nascidos com microcefalia. Este plano
recomenda, ainda, as diretrizes para o planejamento reprodutivo, a
detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia e a
reabilitação das crianças acometidas pela malformação congênita.
“O Plano é um desenho dentro desses municípios, para identificarmos o
que precisamos realizar, com o propósito de não perder o acompanhamento
de nenhuma dessas crianças”, ressaltou. Ela acrescentou que,
atualmente, existem 115 crianças com microcefalia em Alagoas e 44 com
outras alterações neurológicas.
“E não é só a microcefalia. Existe, ainda, a baixa acuidade visual e
auditiva e a deformidade de membros inferiores e superiores. É por isso
que é tão importante as equipes intensificarem a busca ativa de
gestantes para o início oportuno do pré-natal e acompanhamento dos
nascidos com essa condição neurológica”, completou.
Dentre os presentes na oficina, Renata Bulhões destacou a diretora da
Criança do Ministério da Saúde, Mônica Macal, além de duas apoiadoras
da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis, que visa
fortalecer o conjunto de esforços em todo o país para articulação,
interação e implantação de ações voltadas à saúde da mulher e da criança
até seis meses da vida, designada no Brasil como ‘Primeira Infância’.
Após os planos de intervenção com os gestores, a equipe da Sesau irá
até os municípios para observar como está sendo desenvolvida a atenção
às crianças com infecção associada às STORCH ou vírus Zika e suas
famílias.
Agência Alagoas
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