terça-feira, 10 de outubro de 2017

É preciso investir em ciência, tecnologia e inovação para exportar mais, diz Renan Filho

Governador ressaltou no Enim que Alagoas tem procurado se modernizar com um setor produtivo conectado com as novas tendências que colocará o Estado na vanguarda do que acontece no País
Governador ressaltou no Enim que Alagoas tem procurado se modernizar com um setor produtivo conectado com as novas tendências que colocará o Estado na vanguarda do que acontece no País          Márcio Ferreira
 
Texto de Severino Carvalho

Durante a abertura do 6º Encontro Internacional de Negócios (ENIN), realizada na noite de segunda-feira (09), no hotel Best Western Premier, na Pajuçara, o governador Renan Filho afirmou que o país precisa investir em ciência, tecnologia e inovação para elevar as suas exportações e assim equilibrar a balança comercial. Aliado aos investimentos em educação, ele acredita que é necessário, ainda, que o Brasil tenha responsabilidade socioambiental.


“O nosso desafio é o conhecimento, a educação; e esse é um desafio coletivo, não só do Governo e muito menos, somente, da iniciativa privada. A formação do profissional é muito importante e o poder público tem que fornecer uma educação básica melhor. Se fizermos isso, teremos condições de avançar mais”, observou Renan Filho.


Renan Filho citou três iniciativas do Governo do Estado para melhorar esse quadro em Alagoas. Uma delas é a construção do Polo de Ciência, Tecnologia e Inovação, que está sendo instalado no Jaraguá.


“O polo vai funcionar como o maior incubador de startups do nosso Estado e tenderá a criar soluções novas para problemas antigos, agregar valor. A Fapeal (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas) investe como nunca em pesquisa, em inovação e na descoberta de soluções; aproxima-se da academia e fez Alagoas saltar da 23º posição para o 8º lugar em indução e produção de conhecimento novo no Brasil”, citou o governador.


No tocante à responsabilidade ambiental, Renan Filho citou o avanço da política de resíduos sólidos no Estado a partir da eliminação dos lixões. “Alagoas era o Estado menos desenvolvido no que concerne ao tratamento correto dos resíduos sólidos. Só tínhamos aterro sanitário na capital, Maceió, e hoje temos em 37 municípios. Caminhamos para ter em 70 até o final do próximo ano”, disse.

Encontro

O objetivo do ENIM é a internacionalização de pequenos negócios alagoanos, a partir da troca de conhecimentos sobre inovações e tecnologias. Parceria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), e o Sebrae, o Encontro Internacional destina-se ao aumento das exportações no Nordeste e à exposição de produtos brasileiros.


“É sempre muito importante discutir novas oportunidades de negócios, as possibilidades que o Estado tem para se desenvolver no campo da indústria, da agricultura, do turismo, dos serviços. Alagoas é um Estado que procura se modernizar e tem um setor produtivo conectado com as novas tendências, de maneira que procurou sempre incentivar, participar dessas reuniões para que a gente coloque Alagoas na vanguarda do que acontece no País, a fim de que, assim que essa crise política e econômica se dissipar, nós estejamos preparados para sair na frente”, arrematou o governador.



Oportunidades

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Helder Lima, também participou do ENIM. Ele observa que os momentos de crise econômica surgem sempre acompanhados de grandes oportunidades, que não escapam a um olhar atento.


“O principal mercado do Nordeste para exportações é a China. Creio que isso é sim uma oportunidade. Tanto é assim que o Governo do Estado tem se antecipado a esse momento de dificuldades que vive o País e feito o dever de casa no sentido de aproximar Alagoas da China e também de outros países para que esse ambiente de negócios se estabeleça”, disse Helder Lima.

Ele observou, ainda, que 44% das empresas inscritas no ENIM são do setor de confecções e que 28% delas integram o ramo moveleiro. “Isso de certo modo me animou bastante. O governador Renan Filho concedeu, recentemente, um benefício muito forte para o setor de confecções e também porque, nesta quarta-feira (11), assinará um decreto de benefícios fiscais para a empresa Duratex, que vai construir aqui em Alagoas uma planta de R$ 1,2 bilhão, criando junto com a Caeté a Caetex, o que certamente vai inaugurar um novo ramo em nossa indústria, que é o setor do eucalipto com placas de MDF e MDP feitas aqui. O setor moveleiro vai se beneficiar bastante, sobretudo com as exportações”, acredita o secretário.


A solenidade de abertura do ENIN foi conduzida pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, e pelo presidente da Fiea, José Carlos Lyra. Promovido pela Federação das Indústrias de Alagoas, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN/AL), o Encontro Internacional segue nesta terça-feira (10), e quarta (11), com rodadas de negócios entre as empresas, exportadores nacionais e compradores internacionais.


“No momento em que o Brasil, ainda que timidamente, trava enorme batalha para sair da crise econômica - atravessada em função da crise política com perversos reflexos na vida de todos os brasileiros - observo no comércio internacional uma grande saída, talvez a principal para o país”, declarou José Carlos Lyra. Participaram, ainda, do ENIM, o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques; de Ciência, Tecnologia e Inovação, Régis Cavalcante; o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes, dentre outras autoridades.

Agência Alagoas

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