Com investimentos de recursos da ordem de R$ 30 milhões pelo governo de Alagoas, o Programa de Regionalização de Abatedouros visa fortalecer a cadeia produtiva da pecuária de corte Ilustração |
Texto de Ronaldo Lima
Ofertar carne inspecionada à população e fortalecer a cadeia
produtiva da pecuária de corte em Alagoas. Estes são alguns objetivos
que constam dentro do Programa de Regionalização de Abatedouros, ação
desenvolvida pelo governo de Alagoas, por meio da Secretaria da
Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri).
Com investimentos de recursos da ordem de R$ 30 milhões pelo governo
de Alagoas, o Programa de Regionalização de Abatedouros visa fortalecer a
cadeia produtiva da pecuária de corte, possibilitando que todo o
rebanho seja abatido no estado conforme à legislação.
Para o governador Renan Filho, é preciso enfrentar a agenda dos
abatedouros. Ele lembrou que, em Alagoas, é grande o volume de carnes
oferecidas à população proveniente do abate clandestino ou em matadouros
públicos sem as mínimas condições de higiene.
“Trata-se de uma agenda necessária, porque a gente não tem abatedouro
na região e precisamos de unidades dentro das novas tendências. A
estruturação desse projeto começará por Viçosa, onde vamos conceder o
matadouro à iniciativa privada”, afirma Renan Filho.
Segundo o governador, a empresa que ganhar a licitação de concessão
terá a obrigação de adequar os mercados públicos dos municípios, sem
sacrificar as prefeituras. Até o fim deste mês será lançado o edital
para o matadouro regional de Viçosa.
Como explica o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e
Aquicultura, Álvaro Vasconcelos, o abate clandestino de animais
representa um risco iminente à saúde pública, tendo como consequência a
exposição da população às zoonoses como tuberculose, brucelose e
toxoplasmose, transmitidas pela manipulação e/ou consumo da carne
contaminada.
Durante inspeção em 16 matadouros públicos e particulares, a Agência
de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) ficou constatado
que nenhum dos matadouros fiscalizados obedece a Lei que regulamenta
esse tipo de estabelecimento, pois possuem estrutura absolutamente
sucateada, além de poluir o meio ambiente, o que denota a total
impossibilidade de funcionamento.
Com um novo conceito, o Programa de Regionalização de Abatedouros,
lançado pelo governador Renan Filho, em Viçosa, vai seguir a
regulamentação estadual e federal, com metodologia adequada para
diminuir os custos de manutenção para que a carne chegue com qualidade à
mesa do consumidor alagoano, atendendo às legislações sanitárias.
Entre os municípios definidos para a construção e readequação de
Abatedouros Regionais estão Viçosa, Murici, Matriz do Camaragibe, União
dos Palmares, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia e Igreja Nova.
Em funcionamento, cada abatedouro frigorífico terá capacidade de
abate diário de até 150 animais, com uma estrutura física adequada e
equipamentos modernos para atender a demanda de cada região,
possibilitando assim, que todo o rebanho seja abatido em Alagoas, de
acordo com o que preconiza a legislação.
Além de oferecer carne inspecionada à população, o Programa de
Regionalização de Abatedouros terá um modelo de gestão de concessão
pública, além de aquisição de caminhões para o transporte de carnes,
câmaras frigoríficas, freezer, balanças, entre outros.
Agência Alagoas
Nenhum comentário:
Postar um comentário