sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Unidade de AVC do HGE é pioneira em Alagoas no tratamento da doença do tipo isquêmica

 

 

 

 Thallysson Alves

A primeira unidade de Alagoas exclusiva para o tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi montada no Hospital Geral do Estado (HGE) e inaugurada no dia 21 de julho de 2015. Nesses seis anos, quase dois mil alagoanos puderam contar com os cuidados da equipe multidisciplinar, formada por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, nutricionista, assistente social, enfermeiros, técnicos de enfermagem e serviços administrativos.

 A doença, cujo dia mundial ocorre nesta sexta-feira (29), está entre as principais causas de morte no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A neurologista e coordenadora da Unidade de AVC do HGE, Simone Silveira, conta que mais de 85% dos AVCs são de origem isquêmica (quando não há rompimento do vaso sanguíneo) e 15% hemorrágica; entre as hemorrágicas, cerca de 10% são hemorragias intraparenquimatosas e 5% hemorragias subaracnóideas. Um terço dos AVCs acontece em pessoas economicamente ativas.

“Nas últimas décadas, várias medidas terapêuticas na fase aguda do AVC se mostraram eficazes em reduzir a ocorrência de morte e incapacidade funcional. O uso de terapia de reperfusão com trombolíticos no AVC isquêmico e o cuidado multidisciplinar nas unidades de AVC estão entre as medidas que mais contribuem com a redução de óbito e incapacidade funcional. Entretanto, é importante destacar que a prevenção é sempre a melhor alternativa”, informou a médica.

Atendimento e recuperação

O policial reformado Paulo Jorge Santos Vieira, de 66 anos, é um dos alagoanos atendidos pela Unidade de AVC do HGE. Ele chegou ao hospital no último dia 17, após sentir tontura, vista escurecida, paralisia nas pernas e episódios de vômitos.

“Eu tenho um caminhão que transporta cavalo. Estava carregando no Tabuleiro do Martins, quando os primeiros sintomas da doença surgiram. Meus colegas me colocaram em uma cadeira, porque parecia que eu ia cair, me deram um cafezinho e colocaram sal na minha boca. Nessa hora, tudo piorou. Comecei a vomitar. Então me levaram para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] do Tabuleiro, que me encaminhou para o HGE”, relatou Paulo, casado e pai de três filhos.

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