Coordenador estadual da Defesa Civil, major Moisés Melo, explicou durante coletiva as causas da queda no número de famílias desabrigadas e desalojadas com as chuvas em Alagoas Thiago Sampaio |
Defesa Civil atribui redução
no número de desabrigados e desalojadas à estabilidade climática e ao sucesso
das ações preventivas
Texto de Petrônio Viana
A Defesa Civil Estadual e a
Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) anunciaram nesta quinta-feira (8), em
entrevista coletiva realizada no Palácio República dos Palmares, a queda no
número de pessoas desalojadas e desabrigadas em decorrência das chuvas
registradas no Estado no final de maio, e a devolução de recursos liberados
pelo Governo Federal para assistência emergencial às vítimas.
Segundo o coordenador estadual
da Defesa Civil, major Moisés Melo, a estabilidade das condições climáticas
observada nos últimos dias e agilidade na resposta aos incidentes provocados
pelas chuvas são as causas da queda no número de famílias desabrigadas e
desalojadas. De acordo com os dados consolidados pela Defesa Civil, 1.346
pessoas continuam fora de casa em decorrência das chuvas, sendo 998
desabrigadas e 348 desalojadas.
“A Defesa Civil trabalha com a
pior das hipóteses. Nós estávamos preparados para um agravamento das chuvas,
então, antes mesmo que a água chegasse a atingir a população ribeirinha, nós
emitimos alertas aos municípios e solicitamos a retirada das pessoas das áreas
de risco. E essas pessoas foram contabilizadas pelas prefeituras porque,
naquele momento, estavam desalojadas e desabrigadas. Convidamos o Ministério
Público Estadual para acompanhar a verificação nos 31 municípios atingidos e
atualizamos os números . Com a redução no volume das chuvas, um grande número de
famílias já retornou para suas residências”, explicou Melo.
O presidente da Associação dos
Municípios Alagoanos (AMA), prefeito Hugo Wanderley, ressaltou que o alto
número de famílias desabrigadas e desalojadas no primeiro momento foi resultado
das ações preventivas coordenadas pelos órgãos estaduais.
“Uma semana antes das chuvas,
o governador Renan Filho alertou os prefeitos de que poderia ocorrer um
desastre. Os prefeitos receberam os alertas da Defesa Civil com antecedência e
retiraram milhares de famílias de áreas de risco antes que o pior ocorresse.
Não podíamos esperar as casas desabarem sobre essas famílias para começar a
agir”, disse Wanderley.
E acrescentou: “Então,
os números iniciais de pessoas retiradas de casa foram altos, mas já havia o
planejamento feito pelos prefeitos e pelo Governo do Estado de somente utilizar
os recursos federais a partir da consolidação dos dados. Agora, as pessoas já
retornam para casa e esperamos que o número de desabrigados chegue a zero nos
próximos dias, sem que seja necessário utilizar um centavo do dinheiro da
União”, completou o presidente da AMA.
O secretário de Estado da
Comunicação, Ênio Lins, que representou o governador Renan Filho na entrevista
coletiva desta quinta-feira, reafirmou a intenção do Governo do Estado em
devolver os recursos federais que não forem utilizados.
“Todos os alimentos, cestas
básicas, água, produtos de limpeza e higiene distribuídos durante os momentos
críticos das enchentes foram produto de arrecadação voluntária, de aquisições
do Governo e entidades parceiras. O governador Renan Filho determinou que
qualquer gasto de recursos federais acontecesse rigorosamente dentro da lei e
nosso objetivo é devolver os recursos liberados para assistência emergencial.
Hoje, nossa demanda principal é por recursos para contenção de encostas e
outras obras preventivas”, afirmou Lins.
Agência Alagoas
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