quarta-feira, 18 de maio de 2016

Esgotamento sanitário em Alagoas terá cerca de R$ 1,6 bilhão em investimentos


Até 2018, Governo do Estado deve duplicar a cobertura de esgotamento sanitário em Maceió, passando dos atuais 35% para 70%
Até 2018, Governo do Estado deve duplicar a cobertura de esgotamento sanitário em Maceió, passando dos atuais 35% para 70%Arquivo/Agência Alagoas

Recursos serão aplicados até 2018, na capital e no interior do Estado
Texto de Diego Barros
Os recursos que serão aplicados ao longo dos próximos três anos para ampliar a cobertura do esgotamento sanitário em Alagoas devem chegar a R$ 1,6 bilhão, segundo dados do Programa Estadual de Esgotamento Sanitário, lançado em outubro do ano passado, pelo governo do Estado.


De acordo com o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Clécio Falcão, a pretensão do governo é duplicar, até 2018, a cobertura de esgotamento sanitário em Maceió, passando dos atuais 35% para 70%, e elevar de 19% para 40% o índice de cobertura no Estado, beneficiando mais de um milhão de habitantes.


Assim, ao contrário do que foi divulgado esta semana pelo Instituto Trata Brasil, por meio de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referentes a 2014, Maceió não ocupa, na prática, a 76ª colocação entre as 100 maiores cidades brasileiras em relação aos investimentos no setor.


“Essa classificação ocorreu devido à interpretação no fornecimento de dados para o sistema. Isso porque, nos últimos 12 anos, os investimentos na área são feitos pelos governos federal e estadual, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), e não, necessariamente, pela Casal. Para o SNIS, são computados apenas os dados relativos aos investimentos feitos pela companhia”, esclareceu Clécio Falcão.


Por outro lado, segundo Falcão, a atual gestão já está alinhando as informações, de modo a esclarecer o SNIS sobre os investimentos totais em esgotamento sanitário – incluindo os recursos federais e estaduais.


Obras 

Além de Maceió, outros 26 municípios devem ser contemplados na primeira etapa do programa, cujas obras devem começar no primeiro semestre de 2016. Já estão contratadas e com ordens de serviço assinadas as obras do sistema de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do Tabuleiro, que contempla os bairros Benedito Bentes I e II, Santa Lúcia, Antares, Clima Bom, Tabuleiro dos Martins, Cidade Universitária e Santos Dumont, e da locação de ativos da região do Farol, beneficiando os bairros Pitanguinha, Pinheiro, Gruta de Lourdes, Santo Amaro, Canaã, Ouro Preto, Jardim Petrópolis e parte do Farol.


De acordo com o programa, serão investidos R$ 200 milhões na PPP do Tabuleiro, beneficiando 160 mil habitantes, e R$ 187 milhões nas obras de locação de ativos da região do Farol, que vai atender 130 mil habitantes.


Também estão previstos outros investimentos que deverão ser realizados até 2018, entre os quais PPPs da Serraria (R$ 80 milhões), do Litoral Norte (R$ 95 milhões), do Mundaú (R$ 155 milhões) e do Jacintinho (R$ 170 milhões), que inclui a recuperação do emissário submarino de Maceió.


Outras obras que estão incluídas no Programa Estadual de Esgotamento Sanitário, como ampliação da bacia da Pajuçara (em execução), “linha expressa” de esgoto da praça Lions, na Pajuçara, até a praça 13 de Maio, no Poço (em execução), região baixa de Maceió (parte já executada) e região do Pontal da Barra, a ser executada em parceria com a Braskem. Para gerir as ações do programa foi criado o Comitê de Acompanhamento e Gestão, formado pela Seinfra, Setrand, Semarh, Sedetur, Casal e IMA.


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