quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Número de alertas de desmatamento durante setembro é o maior em 6 anos

 

O acúmulo de alertas de desmatamento na Amazônia em 2022 atingiu uma área de 8.590 km², de acordo com índices divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (7/10). Em setembro deste ano, a devastação no bioma atingiu 1.455 km², um aumento de 48% em comparação com o registrado no mesmo período do ano passado – 985 km².

No acumulado do ano, o desmatamento teve um aumento de 23% em relação aos primeiros nove meses de 2021, com 7.006 km². Além disso, o índice registrado em 2022 quase dobrou em comparação com o mesmo período de 2018, quando foram detectados 4.081 km² devastados.

Os dados foram registrados pelo Sistema Deter, do Inpe, e mostram que os estados amazônicos com maior índice de desmatamento foram o Pará com 2.818 km² e o Amazonas com 2.322 km².

As unidades de conservação que mais sofreram com o desmatamento estão no Pará. São elas, Área de Proteção Ambiental do Tapajós (99 km²), a Floresta Nacional do Jamanxim (86 km²) e Estação Ecológica Terra do Meio (37 km²).

As áreas destinadas às unidades de conservação têm como objetivo preservar as espécies que residem naquele lugar, como animais e árvores. Elas são protegidas pelo Poder Público para proteção do bioma local.

Desmatamento no Cerrado - O sistema Deter detectou que até 28 de setembro foram devastados uma área de 262 km² no Cerrado. No acumulado do ano, o bioma registrou alertas de desmatamento em uma área de 4.837 km², um aumento de 24% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O desmatamento no Cerrado se concentrou principalmente nos estados do Matopiba, são eles Bahia (1.228 km²), Maranhão (1.166 km²) e Tocantins (752 km²).

“A taxa de desmatamento nos primeiros nove meses de 2022 dobrou entre 2018 e 2020, passando de 4 mil km² para mais de 8 mil km² – é um crescimento sem precedentes”, alerta a gerente de ciências do WWF-Brasil.

“Estamos destruindo a nossa fonte de chuvas e de regularidade climática em benefício da grilagem de terras e de ações ilegais que não geram distribuição de riquezas, nem aumento do PIB do país”, acrescentou.

 

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