quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Estudantes da rede estadual conquistam 81 medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia

Este ano, em virtude da pandemia, competição aconteceu em formato virtual

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Estudantes da rede estadual de ensino de Alagoas conquistaram 81 medalhas na edição 2020 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes Estudantes da rede estadual de ensino de Alagoas conquistaram 81 medalhas na edição 2020 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes Cortesia
Texto de Ana Paula Lins

Estudantes da rede estadual de ensino de Alagoas conquistaram 81 medalhas na edição 2020 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Este ano, em virtude das limitações impostas pela pandemia, a OBA foi realizada em formato virtual, enquanto a MOBFOG teve tanto o formato presencial (mantendo os cuidados necessários) como também uma edição on-line, onde o estudante projetava um foguete a partir de um software específico.

Na OBA, a rede estadual alagoana somou 71 medalhas – das quais 11 ouros, 15 pratas e 45 bronzes. Destaque para o Colégio Tiradentes - Unidade Agreste (Arapiraca), com 53 medalhas, seguido pelas escolas estaduais Remi Lima, de Maceió (7 medalhas); Nova Jersey, de Palmeira dos Índios (3 medalhas); Fernandes Lima, de Maceió (3 medalhas); Laura Chagas, de Santana do Ipanema (2 medalhas); Egídio Barbosa (Palmeira dos Índios), Mileno Ferreira (Santana do Ipanema) e Costa Rego (Arapiraca), cada uma com uma medalha conquistada.

Já na MOBFOG, foram dez medalhas, das quais três ouros, três pratas e quatro bronzes. Destaque para as escolas estaduais Remi Lima, com três medalhas, Manoel de Matos (Santana do Mundaú), Graciliano Ramos (Palmeira dos Índios) e Dom Otávio Barbosa Aguiar (Maceió), cada uma com duas e Irene Garrido (Maceió), com uma medalha.

Resultado histórico - Com 53 medalhistas na competição, o Colégio Tiradentes – Unidade Agreste tem muito o que comemorar. Com uma adesão em massa dos estudantes à competição, o resultado premia o trabalho de todos os educadores envolvidos, entre eles o professor Thierry Oliveira.

“Mesmo em um ano atípico, como 2020, conseguimos realizar todas as olimpíadas dentro do calendário, dentre as quais, a OBA e a Olimpíada Nacional de Ciências. A importância da OBA vai além da premiação em si, pois estimula a busca pelo conhecimento e a descoberta de um mundo diferente. No CPM Agreste, buscamos sempre estimular o aluno a ir além do que ele aprende em sala de aula e leve esse conhecimento para a vida”, frisa o professor.

A unidade de ensino somou dez medalhas de ouro na competição e, dentre os que conquistaram a premiação mais cobiçada estão os estudantes Heloísa Costa, Namur Sebastião da Silva e Rayssa Cardoso de Lima, todos alunos do 9º ano do ensino fundamental.

“Amo tudo o que envolve astronomia e astronáutica e me diverti muito estudando e respondendo às questões. Receber essa medalha é um incentivo para continuar estudando”, revela Heloísa. “A OBA nos estimula a buscar mais conhecimento e nos motiva a persistir e vencer desafios. Além disso, possibilita novas experiências”, avalia Namur. “É uma experiência única e incrível, que nos possibilita uma aprendizagem além da sala de aula, revelando um universo imenso e interessante”, resume Rayssa.

Dupla conquista – A Escola Estadual Remi Lima foi a única a conquistar medalhas tanto na OBA quanto na MOBFOG, somando dez medalhas nas duas competições – dentre as quais, três ouros na Mostra de Foguetes. O resultado é fruto de um planejamento anterior à pandemia e que viu nas olimpíadas a possibilidade de apresentar novos horizontes aos estudantes.

“Nosso trabalho é focado no interesse de aprendizagem dos alunos e em mediar potenciais que esses desconhecem. Por meio das olimpíadas, buscamos prepará-los para a competitividade que enfrentarão fora da escola”, observa a coordenadora pedagógica Francirregida Campos

Os professores Thiago Campos, de ciências, e Adriana Valença, de geografia, estão entre os que preparam os alunos para as competições, usando recursos como simulados, lives e redes sociais para engajá-los na competição.

“Logo no início do ano, já tínhamos um cronograma de preparação dos alunos. Com a chegada da pandemia, tivemos que adaptá-lo ao formato virtual”, recorda Thiago. “Percebemos que podíamos usar a tecnologia a nosso favor, elaboramos roteiros de aulas,foi criado um grupo de whats app...diante de um ano tão desafiador, ver o poder de superação de nossos alunos é gratificante”, declara Adriana.

Paulo César da Silva Filho e Gabriel Dias da Silva são os alunos que conseguiram a dupla façanha de conquistar medalhas de bronze na OBA e ouro na MOBFOG. Eles contam como foi a experiência e destacam o apoio da escola neste feito.

“A gente se dedicou bastante, fizemos muitos testes e, no dia do lançamento, alcançamos a marca. Fiquei muito feliz quando soube da medalha de ouro”, lembra Paulo César. “Participar da OBA foi uma experiência incrível. Todos na escola nos apoiaram bastante neste período de pandemia e foram importantíssimos para essa conquista”, ressalta Gabriel.

Superação – Na Escola Estadual Manoel de Matos, a medalha de prata dos estudantes Saulo Manoel Lourenço e Ariel Gois na MOBFOG foi comemorada por toda a comunidade escolar, pois é fruto de muita dedicação e superação de obstáculos.

“Em um ano com tantos desafios impostos pelo distanciamento social e a pandemia, conseguimos manter o vínculo com nossos alunos e fazer todas as inscrições para que os alunos participassem da OBA. Ficamos imensamente felizes com o resultado”, comemora a diretora Renata Ferreira.

Responsável pelo acompanhamento dos estudantes para a competição, o professor Wesley Martins relembra que foram usados muitos recursos digitais para preparar os alunos. “Compartilhei com eles vários vídeos sobre a montagem de diferentes tipos de foguetes e participamos da Semana de Ciência e Tecnologia onde os alunos criaram foguetes virtuais. Em três anos de participação na OBA e MOBFOG, essas duas pratas são um feito inédito e representam o poder de superação da escola. E para os alunos que ainda não participam dessas ações, é um incentivo”, pontua.

Um dos medalhistas, Saulo Manoel diz que a medalha é um incentivo para buscar a autossuperação. “Eu me preparei a partir de projetos passados, procurei os protótipos e todo esse aprendizado culminou em um lançamento exitoso. Essa medalha me incentiva a melhorar, enfrentar desafios e superar a mim mesmo. Agradeço muito ao professor Wesley pela dedicação, ao meu amigo Ariel e a toda escola”, fala.

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