quinta-feira, 4 de abril de 2019

Alagoas é o único Estado a retomar patamar econômico anterior à crise de 2015

Dado está presente na estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano para o ano de 2018; estudo foi apresentado pela Seplag nesta quinta (4)


Segundo Thiago Ávila, da Seplag, setor da agropecuária foi um dos responsáveis pelo bom desempenho do PIB alagoano em 2018
Segundo Thiago Ávila, da Seplag, setor da agropecuária foi um dos responsáveis pelo bom desempenho do PIB alagoano em 2018 Minne Santos
Texto de Minne Santos

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) apresentou, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4), a estimativa do Governo de Alagoas acerca dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado para o ano de 2018. De acordo com o levantamento, Alagoas, dentre as unidades federativas que calculam a estimativa, é a única que volta ao patamar econômico do ano de 2014, período anterior à crise de 2015 e 2016.
Segundo os dados da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), responsável pelo estudo na Seplag, a variação estimada do PIB de Alagoas para 2018 é de 1,53%, ultrapassando a nacional, que foi de 1,10%. O cálculo é realizado com base no comportamento econômico dos setores de Agropecuária, Indústria e Serviços.
“Dentro do contexto nacional, o desempenho econômico apresentado por Alagoas veio se comportando de maneira a retomar suas atividades ao parâmetro de 2014, que antecede a crise, algo que nenhuma outra federação conseguiu. De lá para cá, tivemos um menor recuo de PIB se compararmos às outras unidades e temos nos destacado, até mesmo, frente ao PIB de estados como São Paulo e Minas Gerais”, explica o secretário titular da Seplag, Fabrício Marques Santos.
O setor de Agropecuária é um dos grandes responsáveis pelo feito, atingido um Valor Adicionado (VA) de 8,51% em relação ao ano de 2017. O dado compreende o valor gerado com a atividade produtiva tendo subtraído o consumo intermediário. De acordo com o superintendente da Sinc, Thiago Ávila, o setor, no panorama nacional, só cresceu menos que o da Bahia, que apresentou um VA de 12,50%.
“A agropecuária ganhou muito peso desde 2014, o que favoreceu o crescimento do PIB do Estado como um todo. A agricultura, em especial, está se diversificando, com novas culturas ganhando participação na economia do setor primário, com destaque para a de laranja, com 13,34%, a de mandioca, com 8,59% e a do coco-da-baía, com 7,34%”, aponta Ávila.
De acordo com o levantamento, outro setor que apresentou bom desempenho na estimativa de 2017 a 2018 foi o de Serviços, com um valor adicionado de 1,35%.
“Constatamos uma atividade imobiliária que cresce muito nesse período, além de atividades profissionais, como serviços administrativos e jurídicos. O subsetor de comércio é um dos que mais elevam o valor adicionado do setor, com um peso de 21,1%. Depois dele, temos o de aluguel, com 15,6% e o de atividades científicas, técnicas e administrativas, com 7,5%, que inclusive ganhou boa participação ao longo da série analisada”, afirma Thiago.
Indústria
Segundo o estudo, o setor industrial é o que apresenta maior recuo de valor adicionado na comparação de 2018 com 2017, com -4,65%, influenciado, principalmente, pela queda na indústria de transformação, na indústria química e na construção civil.
“Para a indústria de transformação, que atualmente tem um peso de 50,27%, estima-se uma queda de 3,94%. A de construção civil, com peso atual de 37,70%, apresenta recuo de 5,61% no PIB de 2018 e a extrativa mineral, com peso de 2,07%, apresentou performance negativa de 5,19%. Ademais, o subsetor de distribuição de água, esgoto, energia e gás SIUP, com peso de 9,96%, recuou 4,89% no comparativo de 2018 em relação ao ano de 2017”, explica.
O superintendente destaca, ainda, a importância das estatísticas oficiais para o subsídio do acompanhamento da economia, bem como para o desenvolvimento das políticas públicas e investimentos por parte do setor produtivo.
“As diretrizes e iniciativas para o planejamento e o desenvolvimento social e econômico são bastante influenciadas por dados e indicadores confiáveis, e o Governo de Alagoas busca, com este estudo, disseminar esses números para que eles colaborem para o avanço do Estado, para a atração de novas empresas e para a geração de empregos decorrentes do desenvolvimento da economia”, reforça Thiago Ávila.

Agência Alagoas

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