quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Negritude em foco 2018: evento será realizado nos dias 1º e 6 de dezembro no campus Palmeira

 Minicursos, oficinas, mesa-redonda e apresentações artísticos e culturais farão parte da programação

O negro como protagonista na produção de conhecimento e símbolo de resistência. Saindo de lugares-comuns como: gastronomia, dança ou sexualização de seus corpos. É partindo deste viés que será realizada a segunda edição do “Negritude em Foco”. O evento ocorrerá em dois dias: 1º e 6 de dezembro, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, contando com a parceria de algumas instituições de ensino, como a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal); a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e membros de outros campi do próprio Instituto.

Com uma nova roupagem, o Negritude pretende envolver toda a comunidade, seja ela interna ou externa, com a oferta de oficinas, minicursos, mesa-redonda e apresentações culturais. No 1º de dezembro, a novidade é a inserção da última edição do projeto de ensino: Cinediversidade, em que será veiculado o filme: “Quanto vale ou é Por quilo?”, de direção de Sérgio Bianchi, momento em que o campus contará com a presença do professor de História Lula Costa para mediação dos debates em torno da mídia.

“Traremos para discussão temas como a perspectiva da negritude, assim como um olhar para a mulher negra, além de tratar de questões sociais e culturais. Nos últimos seis meses, viemos trabalhando neste processo, pensando no que deu certo para podermos fortalecer e ampliar essas ações e rever aquilo que não deu tão certo assim. A proposta é integrar os diversos segmentos de ensino do campus: cursos técnicos integrados, subsequente e superiores”, explica o professor, Luiz Domingos do Nascimento, presidente da comissão do Negritude.

Para Luiz, o grande desafio do projeto é lançar um novo olhar sobre o “ser negro”, já que para o docente, esta é uma das grandes questões as quais afastam o sujeito do processo de conhecimento de sua identidade. “Quando é negada uma trajetória de sucesso, o sujeito tende a negar seu autorreconhecimento”, enfatiza.

Flora Pidner, professora de Geografia, lembra que o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, marca o dia da morte do líder quilombola, Zumbi dos Palmares, mas segundo ela, a data representa ainda outras faces. “Quando falamos em consciência negra, isso representa toda essa resistência e cultura da nossa sociedade em geral, buscando vários aspectos dentro desta perspectiva”, ressalta.

Além de Luiz e Flora, o Negritude em Foco conta com o apoio dos professores: Edneide Leite, Fernando Nascimento, Manuella Paiva e Daniel Cavalcanti




PROGRAMAÇÃO

01/12/2018

7h20 - Projeto de ensino Cinediversidade: veiculação do filme “Quanto vale ou é Por quilo? - participação do professor de História, Lula Costa

06/12/2018

7h30 - Oficinas e minicursos
10h – Mesa-redonda: “A negritude em diversos focos”, com pai Alex Gomes (Arapiraca), Prof. Dra. Lígia Ferreira (NEAB – Ufal), Prof. Dra. Tâmara Silva (Ifal – campus Satuba)
12h- Intervenção artístico-cultural, ministrada pelo professor de Artes, Daniel Cavalcanti/ Samba na panela (feijoada e vatapá coletivos para participantes)
14h – Apresentação cultural do grupo Afro Dendê
15h – Oficinas e minicursos

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