quinta-feira, 1 de março de 2018

Vereadores debatem sobre a gestão municipal


Foto: Renato Nunes



A atuação da atual administração municipal foi o foco do debate durante a reunião ordinária na Câmara de Vereadores de Delmiro Gouveia na manhã desta quinta-feira (1). O assunto foi abordado pela vereadora Fabíola Marques, que na tribuna fez críticas à atual gestão, ressaltando que não há mais desculpas para os problemas que o município enfrenta.

Ela explicou que o município vem passando por graves dificuldades de ordem administrativa. “Sabemos que 2017 foi um ano difícil, faltou organização administrativa e planejamento financeiro. Assistimos uma gestão atrapalhada e sem comando, e a população carente de serviços públicos reclamando todos os dias. O gestor justificou a falta de verba para cumprir as demandas do município, alegando que o orçamento que tinha não foi planejado pela sua equipe”, falou a vereadora.
Fabíola falou que para 2018 o gestor não tinha mais desculpas sobre a questão orçamentária, uma vez que a Casa aprovou no final de 2017 um orçamento de mais de R$ 144 milhões. “A gestão não tem mais desculpas, ela tem que reagir e essa Casa Legislativa, não pode ficar omissa Temos que acompanhar essa execução do orçamento e fiscalizar. Não se admite que Delmiro Gouveia, com 52 mil habitantes, um município tão importante do Sertão de Alagoas, estar numa situação como esta”, disse.

A vereadora demonstrou o orçamento aprovado para a saúde, explanando os números de cada programa e frisou que diante dos montantes não se admitia a falta de médicos, de medicamentos e o desgaste com a sociedade delmirense. “Deixo aqui o meu compromisso de acompanhar mensalmente, por meio do balancete, a execução financeira e orçamentária da gestão. Peço aos meus colegas que me ajudem a acompanhar para que seja prestado um serviço de qualidade e que as famílias delmirenses tenham respeito”, finalizou.

O vereador Francisco de Assis (Kinho), fez um aparte na fala da vereadora, enfatizando que “2017 foi um ano muito difícil e esse prefeito tem que melhorar. Nós queremos que esse governo melhore, espero que as coisas voltem a andar no nosso município”. O líder do governo na Casa, vereador Geraldo Xavier, também fez uma explanação e ressaltou que a Câmara é uma caixa de ressonância da sociedade e que sempre haverá reclamações. Ele explicou ainda que a gestão atual tem sofrido com ações negativas de pessoas que fazem parte da administração e que estariam tendo conduta inadequada, prejudicando a administração.

“Sei que Delmiro vem precisando dos seus serviços essenciais e isso é obrigação de qualquer gestor, mas temos um governo minado em lugares estratégicos, onde pessoas que trabalham na administração não querem que a gestão dê certo”, falou, complementando que nenhum prefeito quer o pior para seu município e que é preciso pessoas técnicas voltadas para o social, para que administração dê certo. Ele ressaltou que o grande problema da administração é a falta de dinheiro e que deseja que em “2018  o cidadão volte a sorrir e se orgulhar da cidade”.

Ao ouvir as palavras do vereador, Fabíola afirmou que não tem motivos para o gestor dizer que não tem dinheiro, uma vez que R$ 10 milhões mensais nos cofres públicos é uma quantia relevante. “Sabemos da crise, sabemos que a dificuldade existe, mas sabemos também que nos cofres da Prefeitura entra um média de 10 milhões mensais, não justifica dizer que não tem dinheiro, tem que manter pelo menos o básico funcionando. O delmirense não quer obras estruturantes, mas busca uma a saúde de qualidade, um exame, uma ambulância, ter um tratamento humanizado. E é isso que nós queremos, é o básico, o essencial funcionado. R$ 144 milhões é muito dinheiro. O gestor tem que começar a administrar o básico para nosso povo”, rebateu.
Pedro Paulo finalizou as explanações e ressaltou que voltar ao parlamento é um exercício permanente de debate. Falou que o tema apresentado pela vereadora é de extrema relevância, e que os anseios apresentados são o de todos que compõem a Casa e a sociedade, mas explicou que o orçamento é apenas uma peça, uma estimativa, e que não representa que o valor será arrecadado pelo município. Pedro falou ainda que espera que as ações do governo sejam planejadas a partir da necessidade da população.

“Espero que a gestão reaja e estou aqui para contribuir. Sou da base aliada e estou aqui para ajudar o governo, e se para ajudar se faz necessário engrossar a voz, nós vamos engrossar, porque o verdadeiro aliado não é aquele que diz o que você quer ouvir, mas o que você precisa ouvir”, disse ele, enfatizando que a queda na arrecadação é um dos fatores que dificulta a administração. Finalizando seu discurso, falou sobre a sua proposição, que recomenda ao Executivo a elaboração de um Projeto de Lei para a criação da Superintendência Municipal de Fiscalização dos Recursos Arrecadados e Aplicados a partir da Taxa de Iluminação Pública Municipal. “Se estivesse aqui nesta Casa votaria contra a taxa de iluminação, mas já que foi aprovada, a sociedade precisa de mecanismos para acompanhar como esses recursos foram arrecadados e aplicados, por isso apresentamos essa proposição”.

Após as explanações dos vereadores o presidente Ezequiel de Carvalho Costa (Kel) deu por encerrada a sessão. Ainda estiveram presentes à reunião os parlamentares Marcos Costa, George Lisboa Júnior, Enoque Batista, Raimundo Valter Benício (Casagrande) e Carlos Roberto Cacau Correia da Silva. 

Fonte: ASCOM CMDG


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