Hospital da Mulher soma-se a outros quatro hospitais que estão sendo edificados na capital e no interior do Estado (Fotos: Márcio Ferreira) |
Texto de Severino Carvalho
O Hospital da Mulher, que está sendo construído pelo Governo do
Estado na Avenida Comendador Leão, bairro do Poço, em Maceió, será
entregue até junho deste ano. A garantia é do governador Renan Filho,
que visitou as obras na manhã desta segunda-feira (22). O equipamento de
saúde soma-se a outros quatro hospitais que estão sendo edificados na
capital e no interior do Estado, que totalizam R$ 190 milhões em
investimentos.
“Neste momento, estão sendo construídos três hospitais em Alagoas: o
Metropolitano e o Hospital da Mulher, em Maceió, e o Regional do Norte,
em Porto Calvo. Agora, no dia 29 de janeiro, promoveremos a licitação
para o Hospital Regional da Mata, que será erguido em União dos
Palmares, e o Hospital Regional do Alto Sertão, em Delmiro Gouveia. Com
isso, teremos um conjunto de investimentos que garante atenção médica na
capital e regionaliza os serviços. Sem dúvidas, esse é o maior conjunto
de investimentos em saúde pública da história de Alagoas.”, declarou o
governador, durante entrevista coletiva.
Hospital Regional de Porto Calvo / Márcio Ferreira
De acordo co ele, os novos hospitais têm condições de atender até 90%
das necessidades em saúde. “Isso é muito significativo, porque apenas
10% dos casos, aqueles mais graves, terão que ser transferidos para a
capital e isso vai facilitar o trabalho no HGE e no Hospital
Metropolitano”, explicou Renan Filho, que fez a inspeção às obras do
Hospital da Mulher acompanhado pela presidente do Conselho de
Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), Izabelle
Pereira; do reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas (Uncisal), Henrique de Oliveira, secretários de Estado, dentre
outras autoridades.
O Hospital da Mulher está com 68% dos serviços concluídos e emprega
110 operários. Os oito pavimentos já foram levantados e se encontram
interligados. “Todos os pavimentos estão em ritmo acelerado para que a
abertura do Hospital da Mulher possa ocorrer até junho. Como destacou o
governador, é uma obra que está sendo construída com recursos próprios
do povo alagoano. O Estado tem dado prioridade às prioridades e já agora
em 2018 teremos a oportunidade de ter um hospital exclusivo para cuidar
da saúde da mulher alagoana”, destacou o secretário de Estado da Saúde,
Christian Teixeira.
Orçado em R$ 24 milhões, o Hospital da Mulher terá 127 leitos,
divididos em Enfermarias, Centro de Parto Normal, Unidades de Cuidados
Intermediários (UCI) e Consultório de Odontologia, com elevadores para
espaço de macas e cadeirantes.
“Uma característica deste prédio é que ele tem flexibilidade, a
possibilidade, com a tecnologia que usamos, de modificarmos os espaços
sem prejuízos à estrutura. E ainda nos dá a possibilidade de acréscimos.
Todo o acesso principal se dará pela Avenida Comendador Leão. Trata-se
de uma obra praticamente vertical, onde no térreo ficam as partes de
ambulatório, diagnóstico; o primeiro e segundo para estacionamentos e, a
partir do terceiro piso, teremos as internações, centro cirúrgico
obstétrico, a parte de nutrição, isolamento, enfermarias, dentre
outras”, explicou a arquiteta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau),
Soraia Tenório Sales.
O governador lembrou que não se constrói um hospital público em
Maceió há aproximadamente 50 anos e que a única estratégia utilizada
pelo Governo do Estado, no passado, era a contratação de leitos junto à
iniciativa privada. Recordou, também, que a capital, com aproximadamente
um milhão de habitantes e outros 400 mil na região metropolitana,
possui apenas 600 leitos públicos. Em contrapartida, Aracaju, com uma
população menor, de 600 mil habitantes, possui 900 leitos públicos e
João Pessoa, cidade bem menor que Maceió, 1.600, comparou.
“Isso significa dizer que nós não temos rede de saúde suficiente, por
isso estamos enfrentando o desafio de construí-la. Esse hospital (da
Mulher), que já com mais de 60% de obra concluída, será entregue em
junho à população. Vai atender, sobretudo, mulheres gestantes, de risco
habitual. As mamães de alto risco continuarão sendo atendidas pela Santa
Mônica. Aqui teremos uma séria de exames e de consultas especializadas
para a mulher, ampliando a quantidade de oferta de consultas e exames,
um dos principais problemas que temos na saúde pública”.
Renan Filho explica que a primeira etapa para reestruturar a rede
pública de saúde é fazer funcionar o que já existe, a exemplo das
Unidades de Pronto Atendimento (Upas) que foram recebidas com as portas
fechadas pela gestão estadual em 2015, nas cidades de Delmiro Gouveia,
Maragogi, São Miguel dos Campos e Maceió.
O segundo passo, segundo ele, é fazer a transição entre o que existe
hoje em funcionamento e os novos equipamentos que estão sendo
construídos. “O cidadão não quer esperar pela construção dos novos
hospitais. Temos que construir um projeto-ponte, que é justamente a
ampliação dos leitos de retaguarda. Estamos preparados para ampliar os
serviços, enquanto os novos hospitais estão sendo construídos”,
garantiu.
“O terceiro passo é começar a entregar os novos hospitais. O primeiro
será o da Mulher e depois vamos entregar os regionais e o
Metropolitano. Quando essa nova rede tiver pronta, vocês podem ter
certeza que teremos uma nova Alagoas no que concerne à saúde pública”,
garantiu Renan Filho.
Empregos
Juntos, os hospitais da Mulher e o Metropolitano vão empregar 400
trabalhadores da construção civil. É gente como Taffarel Nazário
Batista, 27 anos, batizado com o nome do goleiro da seleção brasileira,
tricampeão mundial em 1994. “Meu pai era fã do Taffarel”, revelou.
Casado, ele estava desempregado há 8 meses. Quando surgiu a
oportunidade de trabalhar na construção do Hospital da Mulher, ele a
agarrou sem deixar rebote. “Muita gente estava assim como eu, sem
emprego, e até com mais tempo”, confessou o pedreiro.
“Com esses cinco hospitais funcionando, vamos gerar cerca de 10 mil
novos empregos diretos só na área da saúde. Serão empregos para
enfermeiro, técnico em enfermagem, para médicos, para quem trabalha na
parte administrativa, de forma que um investimento dessa magnitude
garante uma rede estruturada e, segundo, oportunidade de trabalho pra
muita gente”, salientou o governador.
“Temos sempre o cuidado de buscar três premissas: começar a obra com
data para terminar. Um outro ponto é o controle de custos. Nós
acompanhamos de perto cada centavo investido. O terceiro ponto é que
criamos oportunidades de trabalho, desde o pedreiro, passando pelo
servente até o engenheiro”, citou o secretário de Estado da
Infraestrutura, Humberto Carvalho.
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