domingo, 15 de junho de 2025

Alagoas é o 1º do Nordeste e 5º do país em redução da desigualdade de renda

 

 

Carlos Nealdo / Agência Alagoas

Alagoas conquistou a primeira posição do Nordeste como estado que mais reduziu a desigualdade de renda entre a população, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados de 2025 divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) — organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil.

 

De acordo com o levantamento, o estado avançou quatro posições na passagem de 2023 para 2024 e chegou a 72,4 pontos, numa escala que vai de zero a 100. O desempenho de Alagoas coloca o estado com o quinto melhor resultado do país, atrás apenas de Santa Catarina, que ocupa o primeiro lugar do ranking, com 100 pontos, Rondônia (83,85), Mato Grosso (79,69) e Paraná (77,6).

 

Depois de Alagoas, o estado mais bem colocado no indicador de desigualdade de renda no Nordeste é Pernambuco, que ocupa a 14ª posição do país, com 57,29 pontos. Em seguida vêm o Maranhão (18ª), Sergipe (19ª) e Bahia (20ª). Na outra ponta, o Piauí ocupa a 27ª posição, com zero ponto.

 

A desigualdade de renda é um dos 99 indicadores que compõem os 10 pilares que medem o Ranking de Competitividade dos Estados: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

 

No cômputo geral, Alagoas avançou dez posições no ranking em dez anos, saindo do último lugar do país em 2015 para 17º. Na região Nordeste, o estado ocupa a terceira colocação, atrás apenas da Paraíba, que lidera a lista, e Ceará (2ª).

 

De acordo com o levantamento da CLP, em 2015 o Estado estava nas últimas colocações em quase todos os pilares: 27º em segurança pública e educação; 26º em potencial de mercado; 25º em sustentabilidade social e capital humano; 22º em inovação; 21º em infraestrutura; 20º em solidez fiscal e sustentabilidade ambiental e 17º em eficiência da máquina pública.

 

Atualmente, o pilar de segurança pública saltou do último lugar para 11º do país — um avanço de 16 posições. No quesito sustentabilidade social, que traz a desigualdade de renda como um dos indicadores, Alagoas ganhou duas posições em relação ao 20º lugar registrado em 2015.

 

Para se ter uma ideia do que isso representa para a diminuição da desigualdade de renda no estado, um estudo divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV / IBRE) revela que Alagoas registrou a segunda maior redução da pobreza do Nordeste, entre 2012 e 2024. Os dados mostram que nesse período, o índice saiu de 60,7% para 41,4% – uma retração de 19,3 pontos percentuais.

 

O desempenho do estado só é menor que o apresentado pela Bahia, cuja taxa de pobreza recuou 19,4 pontos percentuais. No entanto, a redução em Alagoas foi maior do que a média nordestina de 16,9 p.p. O Piauí aparece em terceiro lugar no ranking, com uma redução de 18,3 pontos percentuais. Em seguida aparecem o Maranhão (-18,1), Rio Grande do Norte (-18), Sergipe (-16,7), Paraíba (-16,3), Ceará (-13,9) e Pernambuco (-13,8).

 

Baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo revela ainda que entre 2022 e 2024 – período do governo de Paulo Dantas – a taxa de pobreza em Alagoas registrou a terceira maior retração, com 13,1 pontos percentuais. A Bahia encabeça o ranking, com queda de 14,5 p.p., seguida da Paraíba (-13,9 p.p.). O Ceará apresentou a menor queda entre os estados nordestinos, com 8,5 p.p..

 

O estudo destaca que entre 2022 e 2024, a redução nas taxas de pobreza se intensificou, haja vista que a média de declínio anual nesse período é bem superior ao período de 2012 a 2024.

 

Segundo o estudo, a identificação dos indivíduos pobres foi realizada com base no rendimento domiciliar per capita e nas linhas de pobreza sugeridas pelo Banco Mundial, estimadas em R$ 696 por mês, para o indicador de pobreza, e R$ 218 por mês para o de extrema pobreza.

 

Para os pesquisadores, a redução da pobreza no Nordeste é consequência do aumento da renda do trabalhador. Em Alagoas, a renda per capita da população registrou o maior crescimento da região, entre 2012 e 2024, com 48,5%. Nesse período, o Rio Grande do Norte apresentou o segundo maior aumento, com 46,6%. Já Sergipe ficou com o menor desempenho da região, com 17,8%.

 

Quando analisado o período entre 2022 e 2024, a renda média do alagoano apresentou o segundo maior desempenho do país, com avanço de 31,7% - saindo de R$ 1.000 para R$ 1.317. A alta só fica atrás do rendimento de Pernambuco, que registrou crescimento de 32,2% no período.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Paulo Dantas entrega 9ª unidade da Escola do Coração em Feira Grande

Fábia Assumpção / Agência Alagoas

O governador Paulo Dantas entregou, nesta quarta-feira (4), a nona unidade do programa Escola do Coração à comunidade escolar de Feira Grande, no Agreste alagoano. Com investimento superior a R$ 12 milhões, a nova unidade de ensino fortalece a expansão do ensino integral no estado.

 

A Escola Estadual de Ensino Integral Francisco Apóstolo Lira possui estrutura moderna, com 12 salas de aula, ginásio poliesportivo e capacidade para atender até 600 estudantes em tempo integral. Atualmente, 382 alunos estão matriculados na 1ª série do Ensino Médio.

 

Durante a inauguração, Paulo Dantas celebrou a entrega da primeira escola de ensino integral no município e relembrou a origem do projeto. “Em 2022, quando visitamos Feira Grande com o ex-governador Renan Filho, os alunos nos convidaram para conhecer a antiga escola, ainda em funcionamento. Lá, ficou evidente a necessidade de um novo espaço, mais adequado para acomodar os estudantes e atender à demanda da comunidade escolar”, destacou o governador.

Ele reforçou que o principal objetivo do programa Escola do Coração é oferecer ensino integral aos estudantes que optarem por esse formato. “Frequentar a escola em regime integral é uma escolha do aluno. Para incentivar, ampliamos o auxílio de R$ 100 para R$ 150. Mais importante que o valor é garantir que esses jovens tenham mais acesso ao conhecimento e estejam melhor preparados para o futuro, contribuindo com o desenvolvimento de Alagoas e com o bem-estar de suas famílias”, afirmou.

 

Na ocasião, o governador também anunciou a construção de uma nova Creche Cria no município e o início das obras da rodovia de acesso ao povoado Taboquinha.

 

A secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos, informou que 22 unidades do programa estão em construção. “Amanhã, entregaremos mais uma escola em Capela. Também temos unidades prontas em Limoeiro de Anadia e Pilar, além de três em fase final de obras no Benedito Bentes, em Maceió”, relatou.

Ela adiantou que, até o início do ano letivo de 2026, devem ser entregues 44 das 57 escolas previstas no programa. “Ficarão faltando apenas 13, que dependem da autorização das Câmaras Municipais para a doação dos terrenos necessários”, explicou.

 

Roseane destacou a importância da nova unidade em Feira Grande. “A antiga escola, de tempo parcial, já não comportava a demanda. Tanto é que essa nova unidade, inaugurada há pouco mais de dois meses, já conta com dez turmas em tempo integral e mais de 300 alunos”.

 

Atualmente, a rede estadual em Feira Grande também conta com a Escola Estadual Manoel Leandro de Lira, que atende 698 alunos — 624 no Ensino Médio Parcial (manhã e tarde) e 74 na EJA Modular Noturna —, além da Escola Estadual Indígena Tingui Botó, que oferece o Ensino Fundamental I para 32 alunos.

 

O prefeito de Feira Grande, Dário Roberto, comemorou a inauguração da nova escola. “Este espaço reforça a educação do município e abre portas para que muitos jovens realizem seus sonhos. Agradecemos ao governador Paulo Dantas por tornar isso realidade”.

Estrutura da escola


Além das 12 salas de aula, a escola conta com:

- Biblioteca

- Auditório

- Sala de professores

- Sala de grêmio

- Diretoria

- Secretaria

- Coordenação

- Arquivo

- Sanitários masculino e feminino

- Almoxarifado

- Área de recepção e pré-lavagem de alimentos

- Área de serviço interna e externa

- Depósito de lixo

 

A escola recebeu o nome de Francisco Apóstolo Lira (Chico da Granja), pai do ex-prefeito Flávio do Chico da Granja, como forma de homenagem. Francisco, vindo de uma família de agricultores e com pouca escolaridade formal, sempre valorizou a educação como pilar fundamental da vida.

 

A cerimônia de inauguração contou ainda com a presença do deputado estadual Remi Calheiros, do prefeito de Rio Largo, Carlos Gonçalves, e de Igreja Nova, Tiago Gomes dos Santos, além de autoridades locais, servidores e estudantes.

 

 

 

terça-feira, 3 de junho de 2025

Piranhas completa 138 anos com 1.605 empresas com registro ativo, informa Juceal

 

Hotton Machado / Ascom Juceal

Piranhas completa, nesta terça-feira (03), 138 anos de emancipação política. Cidade do Sertão alagoano, o município possui atualmente 1.605 empresas com registro ativo, de acordo com a Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), entidade responsável pelo registro de empresas no estado.

 

A marca alcançada por Piranhas quanto ao número de negócios ativos é a 22ª maior de Alagoas. Em relação à mesorregião, o quantitativo fica abaixo apenas dos valores de Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema e Olho d’Água das Flores.

 

Segundo os dados da Juceal, até esta terça, Piranhas possuía 921 microempreendedores individuais (MEIs), 557 microempresas (MEs), 58 empresas de pequeno porte (EPPs) e 69 negócios considerados sem porte.

 

O número total de negócios também pode ser subdivido por seções de atividades. Em ordem decrescente, a lista é formada por comércio (671 empresas); alojamento e alimentação (253); transporte, armazenagem e correio (160); indústrias de transformação (96); atividades administrativas e serviços complementares (93); construção (91); outras atividades de serviços (69); atividades profissionais, científicas e técnicas (43); educação (30); informação e comunicação (25); artes, cultura, esporte e recreação (23); saúde humana e serviços sociais (19); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (11); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (9); atividades imobiliárias (9); eletricidade e gás (2); e água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (1).

 

O levantamento produzido pela Juceal também destaca quais as atividades principais que concentram os maiores números de negócios. São elas: comércio varejista de artigos do vestuário (106 empresas); restaurantes (75); minimercados, mercearias e armazéns (73); hotéis (59); comércio varejista de bebidas (56); lanchonetes (49); transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, municipal (49); transporte escolar (47); comércio varejista de produtos farmacêuticos (35); e agências de viagens (30).

 

Ainda de acordo com a Junta Comercial, a matriz mais antiga situada em Piranhas é o negócio da natureza jurídica empresário individual Maria de Lourdes Castro – ME, que foi registrada em 21 de janeiro de 1987.