Uso e distribuição de EPIs no HGE atendem orientações do MS e da Anvisa
Sesau distribui EPIs para profissionais do HGE visando a segurança da equipe multidisciplinar Thallysson Alves |
Texto de Thallysson Alves
O
Hospital Geral do Estado (HGE) está abastecido com Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs) suficientes ao atendimento dos casos
suspeitos de Covid-19. A distribuição dos equipamentos tem ocorrido
normalmente pelo Serviço de Assistência Farmacêutica, conforme critérios
estabelecidos pelo Ministério da Saúde, pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária e estudos internos realizados pelos serviços de
Qualidade de Vida no Trabalho (SQVT) e de Controle de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde (SCIRAS).
Segundo
a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), todas as unidades geridas pelo
Governo de Alagoas possuem os EPIs necessários para proteger as equipes
de profissionais que atuam diariamente no combate ao novo coronavírus.
“A Sesau sempre priorizou a segurança dos trabalhadores”, reforçou o
titular da pasta, Alexandre Ayres, durante apresentação no Ministério
Público do Trabalho (MPT) na terça-feira (21).
De
acordo com o próprio fluxo interno de acolhimento ao doente adotado
pelo HGE, desde o início do atendimento, ainda nas portas de entrada,
todos os servidores estão orientados a utilizar máscara cirúrgica.
Especificamente durante a assistência, a Gerência tem viabilizado,
principalmente nos casos suspeitos de Covid-19, o uso de: luvas, máscara
N-95, óculos, touca, avental e protetor facial.
“Somam-se
ainda as ações internas que lembram a importância de se lavar as mãos,
os treinamentos para uso correto dos EPIs e a necessidade de se evitar a
proximidade física com outra pessoa, seja usuário, acompanhante ou
colega de trabalho. Também tem sido um cotidiano nosso sensibilizar
sobre a importância de se preservar o EPI, pois estamos em uma fase de
carência no mercado, devido à alta procura, e devemos nos atentar pelo
uso racional”, acrescentou o gerente do HGE, Paulo Teixeira.
Conforme
nota técnica nº 4 das gerências de Vigilância e Monitoramento em
Serviços de Saúde, de Tecnologia em Serviços de Saúde e Anvisa,
publicada em abril de 2020, as máscaras cirúrgicas descartáveis são
indicadas para “profissionais de saúde e de apoio que prestem
atendimento a menos de um metro do paciente suspeito ou confirmado de
infecção pelo novo coronavírus”. Enquanto
as de proteção respiratória (respirador particulado N95/PFF2 ou
equivalente) são vestidas durante procedimentos com risco de geração de
aerossóis.
“São
exemplos desses procedimentos: a intubação ou aspiração traqueal, a
ventilação não invasiva, a ressuscitação cardiopulmonar, a ventilação
manual antes da intubação e cas oletas de secreções nasotraqueais,
broncoscopias. A forma de uso, manipulação e armazenamento da máscara
N95 também deve seguir as recomendações do fabricante e nunca pode ser
compartilhada com outros profissionais. Essas informações também estão
na nota técnica nº 4 da Anvisa”, aclarou o gerente.
A
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia ainda complementa que,
durante a assistência à pacientes suspeitos de Covid-19, uma máscara
cirúrgica seja sobreposta a N95 para maior proteção e durabilidade. “A
máscara cirúrgica deve ser retirada e descartada a cada atendimento e a
N95 acondicionada em um saco plástico vedado e identificado, podendo
assim ser reutilizada enquanto estiver em bom estado de conservação, por
no máximo 15 dias, sendo posteriormente descartada”.
Por
ser um complexo de urgência e emergência com as portas abertas 24h para
todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), devido ao grande
número de pacientes com doenças crônicas que chegam diariamente ao HGE, a
Sesau inaugurou a Unidade de Urgência para Síndromes Gripais Unidade de
Emergência, localizada no Ginásio do Sesi. Desse modo, os casos
suspeitos menos graves foram afastados, conforme planejamento prévio,
reforçando a qualidade assistencial.
“Estamos
trabalhando dentro da rotina esperada dentro das características de uma
pandemia, munidos dos equipamentos necessários aos profissionais. Se
durante o atendimento se identifica um quadro suspeito de Covid-19, a
equipe isola o doente, busca a realização do teste e notifica o Centro
de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). A depender
da situação, poderá ser recomendado o isolamento domiciliar ou o
internamento em um dos leitos disponibilizados pelo Governo de Alagoas
nos hospitais de referência para o tratamento, como é o caso do Hospital
da Mulher”, esclareceu Paulo Teixeira.
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