Distribuidora integra coletivo liderado pelo LCCV/Ufal; produção foi feita através de impressora 3D e doação de matérias-primas
Produção foi feita através de sua impressora 3D e doação de matérias-primas Ascom Algás |
Texto de Felipe Guimarães
Em
meio à crise causada pela Covid-19, diversas iniciativas estão sendo
criadas para amenizar e combater os efeitos negativos da pandemia. Com
base nesse propósito, a Algás viabilizará a produção de cerca de 2.500
máscaras, por meio de sua impressora 3D e de doação de matérias-primas,
que serão destinadas aos profissionais de saúde de Alagoas.
A
iniciativa integra a força-tarefa do coletivo “3D Saves Alagoas”,
criado a partir do incentivo dos professores Adeildo Ramos e Eduardo
Setton, do Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV) da
Ufal. Ao iniciar a produção, por meio das impressoras 3D do próprio
laboratório, os professores perceberam que poderiam integrar a ação com a
comunidade e tiveram a ideia de lançar um chamamento à sociedade.
“No
último sábado (28), percebi que não teríamos uma grande escala de
produção usando apenas os equipamentos do laboratório. Por isso, decidi
fazer uma postagem nas redes sociais pedindo que as pessoas que tivessem
impressoras 3D em Alagoas me mandassem uma mensagem para criarmos uma
grande rede de produção. Em menos de 48 horas, já tínhamos mais de 30
impressoras, agora já são mais de 50”, comemora Setton.
Para
o diretor presidente da Algás, Arnóbio Cavalcanti, integrar essa rede é
uma forma de cumprir a missão de contribuir com o Estado de Alagoas.
“Quando a gerência de tecnologia de distribuição de gás natural nos
informou dessa força tarefa liderada pelo LCCV/Ufal, de imediato
decidimos contribuir com nossa estrutura, equipamentos e profissionais.
Trata-se de um momento em que precisamos nos unir em torno de ações que
beneficiem toda a sociedade”, declara Arnóbio.
De
acordo com o gerente de Tecnologia de Distribuição de Gás Natural,
Zilberto Medeiros, a máquina de impressão 3D (GTMax - CORE H5) da Algás é
usada para a impressão de cases para protótipos de medição de vazão e
proteção catódica, desenvolvidos por equipe da Algás, além de ser usada
também para a fabricação de peças e demandas em geral da operação e
manutenção.
“Em
meio à pandemia, a demanda de uso da máquina baixou consideravelmente,
possibilitando que a Algás contribuísse com o projeto da Ufal e não
ficasse com o maquinário parado”, ressalta Zilberto.
Por
meio de todos os voluntários, quando a produção entrar em seu ritmo
ideal, estima-se que as mais de 50 impressoras que integram o projeto
produzam cerca de 250 máscaras por dia. Toda a produção será direcionada
ao LCCV/Ufal, que fará o controle de qualidade e padronização, para
posterior distribuição à saúde em Alagoas.
“Toda
a produção será destinada inicialmente ao Hospital Universitário e à
Secretaria de Saúde do Estado. E a partir daí eles são responsáveis pela
sua distribuição até os pontos finais de uso”, detalha Setton. Quem
quiser apoiar a iniciativa, pode mandar uma mensagem diretamente para o
celular do professor Eduardo Setton, por meio do número (82) 99323-1945.
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