Valor será depositado na conta dos responsáveis; medida foi discutida durante reunião com deputados da Comissão da Educação da ALE
Aulas permanecem suspensas até cinco de maio Valdir Rocha |
Texto de Ana Paula Lins
O
vice-governador e secretário de Estado da Educação de Alagoas, Luciano
Barbosa, durante reunião online com Comissão da Educação da Assembleia
Legislativa, nesta quarta-feira (22), anunciou que os alunos da rede
estadual de ensino receberão ajuda de custo para alimentação neste
período em que as aulas presenciais estiverem suspensas.
O
auxílio deverá vir na forma de depósito, no valor de R$ 50, nas contas
dos responsáveis legais pelos estudantes e seria viabilizada por meio de
uma minuta de alteração de Lei que será enviada, nos próximos dias,
para a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). A minuta propõe uma
alteração na Lei 8.241 de janeiro de 2019, de autoria da deputada Cibele
Moura, e que autoriza a oferta de merenda no período de férias/recesso
escolar.
“A
lei já prevê que essa alimentação seja garantida de três formas: dentro
das escolas, com entrega de cestas básicas ou cartão alimentação. Nossa
proposta é acrescentar mais uma opção: por meio de depósito nas contas
bancárias dos responsáveis legais pelos estudantes”, adiantou Luciano
Barbosa.
Segundo
o secretário, a medida vai atender os 170 mil estudantes regularmente
matriculados na rede estadual com recursos do Governo de Alagoas. “A
partir de um levantamento feito pela Caixa Econômica Federal e
Secretaria de Estado do Planejamento, já temos 140 mil estudantes, cujo
CPF do responsável foi cadastrado no ato da matrícula. Destes, 70 mil já
possuem conta na Caixa, o que facilita esse repasse. Nosso foco será
buscar meios para que estes outros 30 mil sem CPF cadastrado também recebam”, explanou.
Aprendizagem garantida –
Na ocasião, Barbosa fez questão de explicar que o Regime Especial de
Atividades Escolares Não Presenciais (REAENP), estabelecido no último
dia 07 de abril para as escolas estaduais, não é uma substituição do
formato tradicional pelo de Educação à Distância (EAD), mas um período
de atividades remotas onde as escolas promoverão ações mitigadoras para
manter o ritmo de aprendizagem dos alunos.
“A
ideia é não perder o contato com o estudante, mantendo-o motivado com
atividades que garantam seus direitos de aprendizagem. Se estas
atividades não puderem ser feitas por ferramentas eletrônicas e redes
sociais, a escola pode disponibilizar um material impresso para ser
entregue aos responsáveis legais ou direto na casa dos alunos. Vale
ressaltar que o engajamento dos professores e dos alunos têm sido
fantástico neste momento, eles estão buscando as mais diversas
estratégias para interagirem”, informou.
Por
fim, Luciano avisou que, quando as aulas voltarem à normalidade, será
realizado um diagnóstico com os alunos para verificar se os objetivos de
aprendizagem foram alcançados e quais as dificuldades enfrentadas por
alunos e professores. “A partir desse levantamento, vamos construir
estratégias para minimizar essas dificuldades”, finalizou.
A
reunião online contou com a participação dos deputados Marcelo Beltrão,
presidente da comissão da educação, Davi Maia, Jó Pereira, Cibele
Moura, Ricardo Nezinho, além da secretária-executiva da Seduc, Laura
Souza e gerentes regionais da educação.
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