Equipe é responsável pelo transporte do potencial doador e dos órgãos a serem transplantados
Samu Aeromédico fez o transporte de um fígado até Recife para realizar um transplante Foto: João Victor Barroso 1 |
Texto de João Victor Barroso
Um
ato de amor ao próximo. Essa é a frase mais usada para definir a doação
de órgãos, por parte de uma família que, mesmo em um momento de
sofrimento, toma uma atitude que salva e assegura melhor qualidade de
vida e esperança para outras pessoas. E quando essa decisão é tomada,
entra em ação a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
(Samu), que é acionado pela Central de Transplantes de Alagoas para
cuidar de todo o processo de captação de órgãos, que deve ocorrer de
forma ágil.
“Quando
a família autoriza a doação, todo o processo de captação dos órgãos
deve ser feito de maneira ágil. Então, temos como parceiro o Samu, que é
acionado para esses casos, fazendo o transporte do doador em morte
encefálica que está no HGE [Hospital Geral do Estado], até a unidade
credenciada pelo Ministério da Saúde (MS) para a cirurgia de captação”,
explicou a coordenadora da Central de Transplantes em Alagoas, Daniela
Ramos.
Para
a realização desse procedimento, o Samu Alagoas libera uma Unidade de
Suporte Avançado (USA), com uma equipe formada por médico, enfermeiro e
condutor socorrista. Para Marcos Ramalho, médico e supervisor do Samu
Alagoas, a presença da instituição no processo de doação é indispensável
para que a captação dos órgãos seja feita.“A
equipe do Samu garante as condições clínicas, estáveis e ideais do
doador até a unidade hospitalar credenciada para a captação dos
órgãos.”, explicou Marcos Ramalho.
A
exemplo do que ocorre frequentemente, no sábado (4) o Samu voltou a
atuar novamente, depois que uma família alagoana autorizou a doação de
órgãos de um jovem que morreu vítima de um acidente automobilístico.
Além do fígado, foram captados os dois rins e o coração, depois do
diagnóstico da morte encefálica.
Segundo
a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos,
além do transporte para a captação, o Samu também fez o deslocamento do
fígado doado até a cidade de Recife (PE), onde o receptor estava
internado a espera do órgão. “Pelo curto tempo de isquemia do fígado,
caracterizado pelo período que o órgão pode suportar fora do corpo
humano, solicitamos que o Samu Aeromédico transportasse o órgão até a
capital pernambucana, o que ocorreu em menos de uma hora”, destacou.
Essa
foi a sétima família neste ano que autorizou a doação de órgãos de um
parente, depois do diagnóstico de morte encefálica. “Até o momento, esse
foi o quarto transplante de coração e de rim feito em Alagoas e a sexta
captação de fígado no Estado”, explicou Daniela Ramos.
Autorização – A
coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas ressaltou, ainda,
que “para se tornar um possível doador, é necessário que a cada pessoa
converse com os familiares, pois a única forma de acontecer a doação é
com a autorização da família, após a comprovação da morte encefálica”,
disse.
Com
a doação realizada no sábado (4), ainda existem 230 pessoas na fila de
espera por um transplante rim em Alagoas. Um paciente aguarda um coração
e 2016 esperam por um transplante de córnea. De janeiro a abril deste
ano já foram realizados em Alagoas 12 transplantes de córneas, quatro de
coração e quatro de rim.
Agência Alagoas
Nenhum comentário:
Postar um comentário