Oferta, iniciada em 2015, abrange todas as regiões do Estado, com Ensino Médio e Fundamental, beneficiando 14.292 estudantes em 2019
Alunos participam de atividades eletivas na Escola Estadual Princesa Isabel, no Cepa Fotos: Valdir Rocha e José Demétrio |
Texto de Ana Carolina Lima e Manuella Nobre
A
oferta do Ensino Integral em Alagoas não para de crescer, trazendo
novas perspectivas para estudantes da rede pública estadual alagoana.
Iniciada em 2015, tendo como projeto-piloto a Escola Estadual Marcos
Antônio, no Benedito Bentes, a oferta contemplava, até o ano passado, 50
escolas. Para este ano letivo, o programa foi estendido para mais três
instituições, totalizando 53 unidades de ensino distribuídas em 28
municípios, do Litoral ao Sertão, do Agreste à Zona da Mata.
As
três novas escolas que passam a ofertar o ensino integral, todas na
modalidade ensino fundamental, são: Aurino Maciel, em Arapiraca, Paulo
de Castro Sarmento, em União dos Palmares, e Maria Rita Lyra (Caic), em
Maceió, expandindo também a oferta do fundamental para o interior do
Estado.
Pensado
e estruturado dentre as ações focadas na melhoria da qualidade do
ensino e do cotidiano escolar, com práticas pedagógicas inovadoras, o
Ensino Integral da Rede Estadual, atualmente, abrange três modalidades:
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Médio profissionalizante,
beneficiando 14.292 alunos no ano letivo 2019.
Iniciado
em 2018, com três unidades apenas na Capital, o ensino fundamental
integral foi ampliado para 10 escolas, incluindo unidades que já
ofertavam o integral médio, na capital e interior. Para conhecer todas
as unidades, por municípios e modalidades, acesse o site www.educacao.al.gov.br.
Benefícios
Além
de um turno diferenciado, onde permanecem na escola cerca de 10 horas
diárias, recebendo todas as refeições, estão disponíveis aos estudantes
do Ensino Integral atividades que despertam conhecimentos, habilidades e
atitudes com o foco no protagonismo juvenil, no preparo para o mercado
de trabalho, dentre outros benefícios.
Dentre
as atividades desenvolvidas nas unidades, além de cursos técnicos
profissionalizantes para integral médio, estão as disciplinas eletivas,
aulas de robótica, dança, esportes, projetos integradores em várias
áreas, estímulo à iniciação à pesquisa científica, dentre outros.
Aprovação
Estudantes
e gestores enumeram os ganhos somados após ingresso no ensino integral.
Na Escola Estadual Princesa Isabel, no Cepa, o Integral foi implantado
de forma gradual, há três anos. Segundo Valquíria Balbino, gestora
adjunta da unidade, a modalidade atua como ferramenta auxiliar no
desenvolvimento dos estudantes enquanto cidadãos, explorando suas
paixões, talentos e incitando a curiosidade.
“Aqui
na escola temos o Ensino Integral de referência, no qual a grade
curricular é ampliada, ou seja, eles têm mais horas-aula das matérias
convencionais e participam de atividades complementares como Docente
Orientador de Turma, Projetos Integradores e as eletivas que eles
escolhem qual desejam fazer parte: robótica, produção de texto,
raciocínio lógico, informática, astronomia, artesanato e o Clube
Juvenil, que consiste em momentos nos quais fazem o que eles mais
gostam, seja esporte, jornal, entre outras atividades”, pontua
Valquíria.
Para
Adrielly da Silva, aluna da unidade, o Ensino Integral se mostrou uma
boa surpresa. A estudante diz que possuía poucas expectativas ao saber
que passaria oito horas na escola.
“Pensei
que teria dificuldades para me adaptar, achava que estaríamos perdendo
tempo ao passar tantas horas na escola. Depois que o Integral foi
implantado, aprendi muita coisa – as eletivas e o Clube Juvenil ajudam a
influenciar nosso futuro. Hoje em dia, eu me questiono sobre como será o
futuro sem fazer parte do Princesa Isabel. Aqui críamos uma família”,
comenta a garota.
Agência Alagoas
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