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Analisar eleições não é um processo fácil, exige desprendimento e uma visão de ótica apurada, sem paixão e sem ressentimentos. Assim, em Água Branca, o resultado das urnas expressam algumas situações interessantes.
Quando alguém pergunta se você costuma ver “o
copo meio cheio ou meio vazio”, pode estar querendo saber se você nota as
coisas que dão errado com mais frequência que as que dão certo. Mas na verdade
isso é uma questão de perspectiva. E a palavra “perspectiva” remete à
profundidade, ângulo de visão, enquadramento, dentre outros conceitos. A
perspectiva é necessária na nossa visão de mundo, caso contrário veríamos tudo
em só duas dimensões, imagine!
Se olharmos pela SITUAÇÃO 2, pela
ótica do “...meio vazio”, a leitura feita será diferente, assim, pela ordem,
podemos dizer que no 1° lugar, Ex-prefeito Zé de Dorinha, perdeu parte da sua
base política que o acompanhava, saiu com uma base muito menor do que
historicamente sempre teve, hoje precisará reconhecer que só ganha eleições se
conseguir fazer muitas alianças
.
No 2° lugar, o prefeito, que foi
desmoralizado. Na história da política municipal, os prefeitos tinham por
obrigação e força do cargo, ganhar as eleições e dar a maioria dos votos para
seu deputado estadual, apenas Reinaldo Falcão não conseguiu fazer isso e perdeu
a eleição como sabemos. A votação pífia do prefeito demostrou a situação
crítica que o Zé Carlos politicamente se encontra. O Zé de Dorinha com o
hospital, venceu o Zé Carlos com a prefeitura.
No 3° lugar, Paulo Campos, que estando na
oposição, valendo-se da sua boa comunicação com o povo, e surfando bem nas
redes socais, demostrou sem força estrutural política, vigor eleitoral
competitivo, tirou uma votação aproximada da média dos dois candidatos que
estão amparando pela força das máquinas políticas no município. O Paulo Campos
também rachou a base política do Zé de Dorinha, feito inédito nunca alcançado
por nenhuma figura política da cidade,
Colocou vereadores de mandato e lideranças
históricas que apoiaram os deputados no município muito atrás e abaixo do
esperado, como o vice-prefeito da cidade, Roberto Torres, entre outros. O
terceiro colocado tem menos rejeição, mais vigor político, e uma capacidade de
diálogo e agregação gigantesca. Vale lembrar que na eleição que ele perdeu, foi
um dos políticos que mais conquistou cabos eleitorais e construiu alianças ao
seu redor.
É uma situação
difícil a eleição futura em Água Branca, o que podemos analisar hoje é que, o
1° precisará do 3° para vencer o 2°, ou o 2° precisará do 3°, para vencer o 1°,
ou o 3°, precisará do 1°, ou do 2°, para se eleger. É uma questão de
perspectiva, de sobriedade e racionalidade. Olhar o copo sob a ótica do
"meio cheio ou meio vazio", dependerá dos eleitores e dos agentes
políticos. Vamos aguardar.
Por:Arlindo Maia (Jornalista e Blogueiro)
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