Com
apenas 18 anos, José
Ferreira Leite Neto, também
conhecido como “Firmino”, esteve na semana passada (01/10 a
05/10) na capital federal representado Alagoas no programa Parlamento
Jovem Brasileiro (PJB),
que visa trazer para os participantes uma vivência do
trabalho de um deputado federal, na Câmara. A simulação da jornada
parlamentar é um evento concorrido que contou, este ano, com 78
jovens de todos os estados do país. “Firimino”, aluno do Ifal de
Palmeira dos Índios, do
curso de Informática, falará
um pouco de sua atuação, nesta entrevista exclusiva para nosso
site.
Ifal
PÍn: José, durante uma semana (01/10 a 05/10) você esteve em
Brasília, mais precisamente na Câmara dos Deputados, representando
Alagoas no PJB. Para você, como foi essa experiência?
PJB:
É uma experiência muito
enriquecedora em todos os âmbitos. Considero que tenha sido até um
experimento sociológico, pois tivemos contato com jovens de todo o
Brasil. E, então, pudemos notar as diferenças entre regiões quanto
a posicionamentos políticos, por exemplo. Além disso, foi possível
perceber, também, diferenças de opiniões entre jovens de um mesmo
estado.
Ifal
PÍn: Como é o dia a dia de um PJB?
PJB:
Há momentos de interação,
mas também de decisões rápidas. Palestras sobre todo o processo
legislativo, funcionamento dos partidos, protagonismo juvenil, 30
anos da Carta Magna. Além disso, fizemos uma visita guiada pelo
Congresso e um city tour cívico em Brasília. Debatemos projetos,
formamos comissões…
Ifal
PÍn: Por falar em Comissão, seu trabalho foi inserido na de Saúde
e Segurança Pública e você chegou a ser líder de um partido
(União Democrática). Como se deu esse processo?
PJB:
O UD era de centro-direita e
possuía 13 membros, tendo como diretrizes: serviço público de
qualidade, transparência, liberdades individuais e liberalismo
econômico. Quanto à Comissão, elas foram definidas previamente
junto ao projeto que relataria. Esta é uma decisão tomada pela
equipe do PJB, meses antes da jornada. Vale frisar que fui relator de
um projeto sobre robô terapia no tratamento de pacientes, este
aprovado por unanimidade.
Ifal
PÍn: Em Alagoas foram 27 projetos inscritos e apenas um
selecionado, no caso, o seu. Qual teria sido o diferencial do seu
trabalho tratando da qualificação profissional de reeducandos em
regime semiaberto do sistema prisional?
PJB:
Acredito que pela inovação
do projeto. É algo novo que não é tão debatido e que trata sobre
segurança pública. Penso que esse tenha sido o diferencial.
Ifal
PÍn: O
PJB simula uma jornada parlamentar. Assim temos o momento de posse,
formação de mesa diretora, debates, palestras,
oficinas… Durante
sua participação na Câmara qual momento mais te
marcou?
PJB:
A
primeira vez em que entrei no Plenário Ulysses Guimarães, no
momento da posse, marcou muito. Quando sentei naquela cadeira, eu
senti uma atmosfera diferente. Foi emocionante! Houve colegas que
choraram. E o último momento, também realizado neste plenário. Em
15 anos de PJB, essa foi a primeira vez que a última sessão ocorreu
lá. Foi
algo marcante também pelos 30 anos da nossa Constituição Federal.
Ifal
PÍn: Vocês
tiveram a oportunidade de ter uma vivência acerca de todo o processo
democrático. Em relação ao seu projeto: o que de novo foi
apreendido e que poderá ser utilizado como melhorias?
PJB:
O
teor do projeto em si não foi alterado, sendo aprovado por
unanimidade. Foram colocados substitutivos para que não se ferisse a
constitucionalidade. Por exemplo, uma parte dele que delegava à
Secretaria de Segurança Pública novas responsabilidades e isso o
Legislativo não pode fazer. Assim, tivemos que substituir por órgão
público competente. Outra questão foi a de analisar previamente o
nível educacional dos reeducandos, para que ao entrar em um curso
técnico, eles tivessem uma boa base em disciplinas como Português e
Matemática. Sem dúvidas, essa experiência contribuiu para minha
formação humana… Ter contato com pontos de vista diferentes,
consegui ver sentido no que eles falavam, mesmo não concordando.
Isso fez eu me tornar uma pessoa mais tolerante, aceitando as
opiniões divergentes. Além, é claro, de ter tido acesso a todo
conhecimento técnico de teor legislativo.
Ifal
PÍn: Há
chances de o seu projeto ser utilizado no futuro por algum deputado?
PJB:
Sim.
Há essa chance, tanto para os aprovados quanto para os rejeitados.
Caso um deputado queira apadrinhar, ele poderá levar o projeto até
a Comissão e, respeitando todos os trâmites, chegar até o Senado
Federal e, por fim, passando pela sanção do presidente da
república. É possível que daqui a uns anos eu receba esta notícia.
Todos os projetos desses 15 anos de PJB estão lá disponíveis.
Ifal
PÍn: Por
fim, José. Depois de tantos aprendizados e conhecimentos adquiridos,
qual seria o próximo passo?
PJB:
Mesmo
trabalhando com Informática, eu gostaria de atuar nesta área
voltada à política e às causas sociais. O que eu puder contribuir
sendo mentor de futuros PJBs (candidatos) ou contribuindo com a
discussão do meu projeto, eu farei. Como Emily Taveiros (PJB de
Alagoas em 2017 e ex-aluna do campus) me ajudou, eu também pretendo
auxiliar essas pessoas que tenham interesse em concorrer.
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