O deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB) acredita que a suspensão das eleições indiretas se deve ao fato de Paulo Dantas (MDB) ser o “único candidato a governador de Alagoas com chances de vitória no pleito a ser realizado pela Assembleia Legislativa”. Ele foi entrevistado nesta sexta-feira (06), na Rádio 96 FM Arapiraca, e lamentou que o processo tenha sido levado para os tribunais como forma de impedir a vitória do candidato que pretende continuar a gestão administrativa do ex-governador Renan Filho.
Nezinho ainda elogiou a atitude do deputado Paulo Dantas de se inscrever para concorrer nas eleições indiretas com o objetivo de mostrar sua capacidade de gestão e assim concorrer também no pleito eleitoral de outubro deste ano.
“Paulo quer que as pessoas vejam, de uma forma consciente e confiável, sua capacidade administrativa. Então, dos candidatos ao governo que se propõem a disputar a eleição - que o povo alagoano vai decidir -, ele é o único que está se inscrevendo para governador-tampão e chamando a responsabilidade para assumir o estado e dar continuidade a tudo que estava sendo feito pelo ex-governador Renan Filho. Quero parabenizar o Paulo por essa atitude altiva, enquanto os demais candidatos não quiseram assumir esse compromisso com Alagoas”, disse, lembrando que Paulo Dantas teria 23 votos no Parlamento.
As eleições indiretas para governador e vice-governador, que estavam previstas para acontecer no dia 2 de maio, conforme edital publicado pela Assembleia Legislativa do Estado estão suspensas devido a uma ação do partido do deputado federal Arthur Lira (PP) no Supremo Tribunal Federal. A lei que dispõe sobre o processo foi proposta pela deputada Jó Pereira (PSDB), que era da base governista e aparece como pré-candidata a vice na chapa do senador Rodrigo Cunha (UB).
Insegurança
Na oportunidade, Ricardo Nezinho também condenou as atitudes da oposição em criar esse clima de instabilidade, de insegurança política ao difundir informações equivocadas acerca das eleições indiretas para governador e vice-governador. Segundo o deputado, essas atitudes não são republicanas e podem gerar um caos administrativo no Governo de Alagoas.
“Esse questionamento é feito para atrasar a posse de um governador eleito legitimamente pelo Poder Legislativo, como determina a Constituição. Essa é uma estratégia da oposição de levar essa eleição lá pra frente, numa ação nada republicana, porque pode levar o estado de Alagoas ao caos, com a falta de pagamento, com as obras paradas”, concluiu.
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