As ações desenvolvidas em parceria com os municípios deram resultados positivos Thiago Henrique |
Rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também está garantido
Texto de José Arnaldo e Severino Carvalho
O
governador Renan Filho anunciou, para esta sexta-feira (3), o pagamento
aos professores e demais servidores da Educação do bônus por
atingimento da meta no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb). A bonificação representa o montante de R$ 4,4 milhões que serão
distribuídos aos profissionais da rede estadual de ensino.
“Trata-se
de um bônus aos professores do Estado que trabalharam, se dedicaram e
fizeram as suas escolas atingirem a meta estabelecida pelo Governo, que é
superior à meta fixada pelo MEC (Ministério da Educação). Isso fez com
que Alagoas tivesse um dos maiores crescimentos em qualidade da educação
de todo o Brasil”, disse Renan Filho, por meio de suas redes sociais.
Além
disso, o governador reiterou que vai haver o rateio das sobras do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb). “O valor será superior ao de uma
folha de pagamento, ou seja, o professor vai receber um valor superior
ao salário que ele recebe mensalmente. Isso significa que vamos pagar um
14º salário maior do que o 13º”, comparou Renan Filho.
Ele
acrescentou que vai enviar, na próxima semana, o projeto de lei
referente ao rateio à Assembleia Legislativa, já que os recursos das
sobras do Fundeb entraram no final de 2019 e não puderam ser pagos por
meio do orçamento do ano passado. “A gente, então, precisa de um projeto
de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa, para pagar. Mas isso deve
ocorrer logo, com o retorno dos trabalhos do Poder Legislativo”,
finalizou.
Bônus do Ideb – O projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) no último dia 9 de dezembro. De autoria
do Governo de Alagoas, a Lei cria a bonificação por resultados, que
acontece quando a unidade da rede estadual de ensino alcança as metas
pactuadas pelo programa Escola 10.
Será
paga a bonificação de R$ 2 mil para os servidores com carga horária de
40 horas semanais. Para isso, é preciso que os servidores permaneçam
lotados e em efetivo exercício por um período igual ou superior a oito
meses na unidade premiada e no ano em que a prova do Sistema de
Avaliação da Educação Básica (SAEB) foi aplicada.
A
remuneração também será proporcional às demais cargas horárias e ao
alcance das metas preestabelecidas para cada etapa, independentemente do
cargo em que o servidor atua na unidade de ensino. A gratificação busca
estimular um maior empenho dos servidores e contribui para que o
trabalho seja continuado. O projeto foi apresentado à ALE em
novembro pelo então governador em exercício Luciano Barbosa.
"Quando
decidimos criar o programa Escola 10, percebemos que as coisas
acontecem no chão das escolas. Não adianta planejarmos se não tivermos o
apoio desse braço pedagógico. O sucesso do Escola 10 se deve a isso. O
empenho de cada gestor, de cada professor é o que move a educação do
nosso Estado. Este ano tivemos a prova SAEB e foi lindo ver como cada
escola se dedicou e trabalhou com os seus alunos", destacou o
secretário, que adiantou a inclusão dos trabalhos na alfabetização no
programa Escola 10 para 2020.
O programa – Implantado
no início de 2017, o Programa Escola 10 é um pacto que integra as redes
estadual e municipais de ensino. Visa não só aumentar o Ideb, mas
transformar a vida das crianças e jovens que estudam na rede pública
alagoana. Em 2018 o programa tornou-se lei, sendo uma das principais
políticas públicas educacionais de Alagoas.
Por
meio do programa, o Estado oferece apoio técnico e financeiro, com a
distribuição de material didático complementar. Só este ano, mais de
300 mil exemplares de cadernos de atividades foram distribuídos. Inclui o
pagamento de bolsas a profissionais responsáveis pelo acompanhamento
pedagógico das escolas – os articuladores de ensino – e a realização de
avaliações como a Prova Alagoas.
O
exame serve como diagnóstico da educação e seus descritores serão
utilizados para a aplicação de políticas para a correção das
dificuldades apresentadas. Este ano, a Prova Alagoas contou com a
participação de mais de 108 mil alunos.
Avanços – Por
meio do Escola 10, Alagoas saiu das últimas posições no ranking
nacional do Ideb. Nos anos iniciais (1º ao 5º ano), o estado saiu da 26ª
posição para a 20ª. Já nos anos finais (6º ao 9º ano), alcançou a 19ª
colocação, saindo também da 26ª. No Ensino Médio, Alagoas saltou do
último lugar para o 16º.
De
2015 a 2018, a educação pública alagoana apresentou evolução em todas
as áreas. Em 2015, a taxa de reprovação na rede pública de ensino –
estadual e municipal – nos anos iniciais do ensino fundamental chegou a
11%. Em 2018, o índice de reprovação caiu para 6,5%, uma diminuição de
40,91%. O mesmo acontece com os anos finais: enquanto em 2015 a taxa era
de 18%, caiu 7,2 pontos percentuais, indo para 10,8% em 2018. Saindo de
11,1%, em 2015 para 8,4%, em 2018, a taxa de reprovação dos estudantes
do ensino médio da rede pública também teve queda.
O abandono escolar também teve redução no mesmo período. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a taxa de abandono caiu de 3,7% em 2015 para 1,5 em 2018, uma redução de 59,46%. Nos anos finais do ensino fundamental, a queda foi de 4,6 pontos percentuais, indo de 10,2%, em 2015, para 5,6%, em 2018. A redução do abandono também é vista no ensino médio. A queda de 42,14% no abandono entre 2015 e 2018 teve como grande causa a busca ativa realizada pelas escolas.
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