Ações integradas entre as Polícias Civil e Militar foram intensificadas contra esse tipo de crime e 24 cidades não registram feminicídio desde 2015
Patrulha Maria da Penha garante proteção a mulheres vítimas de violência na capital. Foto: Ascom SSP |
Texto de Vanessa Siqueira e Luciana Beder
As
políticas de integração policial, que são responsáveis pela redução da
violência em Alagoas, foram ampliadas para reforçar o combate à
violência contra a mulher, seja ela praticada no ambiente doméstico,
familiar ou em locais públicos. A Secretaria da Segurança Pública (SSP)
adotou estratégias para proteção e ampliação das ações e já contabiliza
uma taxa de esclarecimentos de crimes contra a mulher de 80% em todo o
estado.
Uma
das prioridades da pasta é o combate aos crimes contra mulheres, para
que desta forma haja mais segurança e, em alguns casos, para que vidas
sejam poupadas. Desta forma, as Polícias Civil e Militar intensificaram
estratégias e ações para combater e reprimir tais atos violentos.
A
Polícia Civil, além de esclarecer 80% dos crimes contra a mulher, vem
garantindo seus serviços 24 horas por dia nas delegacias especializadas,
Centrais de Flagrante, delegacias Regionais, Distritais e nos Centros
Integrados de Segurança Pública (Cisp). Segundo dados da Assessoria
Técnica de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil, desde 2015,
24 municípios de Alagoas não registram feminicídios.
São
eles: Barra de São Miguel, Belém, Belo Monte, Boca da Mata, Campo
Grande, Coité do Noia, Coqueiro Seco, Jacuípe, Japaratinga, Jequiá da
Praia, Limoeiro de Anadia, Mar Vermelho, Minador do Negrão,
Monteirópolis, Ouro Branco, Palestina, Pariconha, Paulo Jacinto,
Pindoba, Poço das Trincheiras, Porto de Pedras, São Brás, São Miguel dos
Milagres e Tanque D’Arca.
Para
o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, as ações executadas
vêm surtindo efeito positivo, apontando que o trabalho desempenhado tem
avançado no enfrentamento à violência de gênero.
“Os
criminosos estão sendo presos, em sua maioria, dentro de 24 horas após o
ato violento, conforme determinado pelo governador Renan Filho. Pedimos
às mulheres que forem vítimas de violência que denunciem os agressores,
seja procurando a delegacia de polícia, que está sempre pronta a
receber a denúncia e iniciar a persecução criminal, seja ligando para o
181 Disque-Denúncia, denunciando a agressão e os seus agressores. A
mulher precisa ter conhecimento que a Segurança Pública está à sua
disposição para servi-la e protegê-la. Essa é uma marca da atual
gestão”, afirmou.
Da
mesma forma, a Polícia Militar vem atuando para combater ações
violentas contra a mulher e incrementando as medidas protetivas
executadas pela Patrulha Maria da Penha, que já prestou assistência a
175 mulheres vítimas de violência doméstica. Atualmente, 70 mulheres são
visitadas diariamente pela Patrulha, com o intuito de assegurar o
cumprimento das medidas protetivas.
Há
pouco mais de dois meses, o serviço, que conta com 22 policiais
militares, entre homens e mulheres, passou a funcionar 24 horas por dia,
sendo o primeiro do Brasil a fazer com que as vítimas se sintam
protegidas e acolhidas não só durante o período diurno.
O
objetivo agora é interiorizar o programa, começando pela cidade de
Arapiraca, e assim ampliar o serviço para coibir a violência doméstica e
familiar em todo o estado.
Segundo
a major Márcia Danielli Assunção, comandante da Patrulha, é muito
satisfatório ver que um trabalho que começou pequeno está crescendo e
ampliando, tendo em vista a necessidade dessa parcela da população de
ser protegida.
“Quantos
governadores pensam em ampliar dessa forma? São poucos. Rio de Janeiro,
por exemplo, começou agora, São Paulo vai começar, e isso porque o
Nordeste está aí dizendo que o serviço é esse. Aqui em Alagoas, é graças
à percepção do nosso governador e dos gestores da Segurança Pública que
estamos garantindo a proteção dessas mulheres”, afirmou.
Para
o secretário Lima Júnior, os números comprovam que a integração
policial para combater a violência contra a mulher tem dado certo. Ele
também lembra que as forças de segurança seguem empenhadas na elucidação
dos crimes que ocorreram e também nas prisões dos autores.
“É
importante destacar que, além das ações das Polícias Civil e Militar, a
Patrulha Maria da Penha ampliou seus serviços e passou a atuar 24
horas. Isso também fortalece a presença policial junto às mulheres que
já foram vítimas de violência. Estamos prendendo aqueles que cometeram
homicídios de mulheres e deixando claro que em Alagoas não há
impunidade”, disse.
ONDE BUSCAR AUXÍLIO
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM1) - Rua Boa Vista, 443 - Centro - Maceió. Telefone: 3315-4976
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM2) - Rua Antônio Souza Braga, 270, Conjunto Salvador Lyra - Maceió. Telefone: 3315-4327
Delegacia de Defesa da Mulher (ARAPIRACA) - Rua Domingos Correia, 35, Centro - Arapiraca. Telefone: 3521-6318
Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180
Delegacia de Defesa da Mulher (DDM2) - Rua Antônio Souza Braga, 270, Conjunto Salvador Lyra - Maceió. Telefone: 3315-4327
Delegacia de Defesa da Mulher (ARAPIRACA) - Rua Domingos Correia, 35, Centro - Arapiraca. Telefone: 3521-6318
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