Assessoria |
Na ocasião, Renan Calheiros comentou os avanços
conquistados durante seus três mandatos no senado e declarou apoio a
Fernando Haddad à presidência da República
Assessoria
O
candidato à reeleição ao senado por Alagoas, o senador Renan (MDB),
concedeu entrevista, na tarde dessa terça-feira (11), a Rádio Maragogi,
respondendo a perguntas dos ouvintes sobre a sua candidatura pela quarta
vez ao senado por Alagoas.
Perguntado
sobre o atual quadro político do Brasil, Renan declarou que a política
no Brasil vem enfrentando muitos problemas e, muitos deles, culpa da
própria política que não sofreu reformas e não deu as respostas
adequadas nas horas certas, possibilitando, assim, um julgamento
negativo para política, porém merecido, segundo o candidato.
“Nós
não fizemos a reforma política, que era a primeira das reformas que
deveríamos fazer, e não caminhamos no sentido da transparência que o
povo brasileiro cobra. Por isso que Alagoas tem ficado um pouco na
contramão do que acontece no Brasil. Em Alagoas, nós temos um governador
dedicado, determinado e competente, a sua administração é a mais
transparente de todos os estados do Brasil. Alagoas foi o estado que
fez, do ponto de vista do equilíbrio fiscal, o maior dever de casa e,
hoje, o estado que nunca investiu em nada é o estado do Nordeste que
mais faz investimentos em rodovias, em saúde, educação e segurança
pública. Na segurança pública, por exemplo, hoje, se fizermos uma
pesquisa de violência e criminalidade, não tem mais nenhuma cidade de
Alagoas incluída entre as cidades mais violentas do Brasil”, frisou.
Na
oportunidade, Renan comentou ainda os grandes avanços institucionais
conquistados por ele durante os três mandatos como senador por Alagoas.
“A
Lei da Ficha Limpa é um dos avanços institucionais que eu ajudei a
fazer. Como, aliás, todas as leis que o objeto é a transparência no
Brasil e punir desvios de dinheiro público. O Brasil foi o país que mais
avançou com relação à disponibilização ao Ministério Público e ao poder
judiciário de mecanismos importantes, modernos e eficazes de combate ao
desvio de dinheiro público. Eu tenho alguns orgulhos que carrego
comigo, mas esse do aprimoramento institucional é o que me dá mais
orgulho e mais satisfação. Eu só não defendo a invasão das garantias
individuais ou garantias coletivas. Quando isso acontece, acontece
contra a constituição e não há democracia sem uma constituição viva, sem
uma constituição forte”, declarou.
"Eu
tenho muito orgulho de ter aprovado a Lei Maria da Penha, que foi um
avanço significativo na contenção da violência contra as mulheres, da
violência doméstica. Eu tenho muito orgulho de ter sido o autor do Super
Simples, que simplificou a legislação tributária nacional, que é um
cipoal de leis. Do ponto de vista dos municípios, por exemplo, eu
aprovei duas emendas constitucionais: uma, quando fui presidente pela
primeira vez do Congresso Nacional, que elevou em mais 1% o fundo de
participação dos municípios. Os municípios brasileiros, todos, recebem
no mês de julho o equivalente a 1% do fundo de participação, é o
correspondente a uma receita por mês, um incremento que nós conseguimos
para constituição na primeira vez. Na segunda vez, eu mudei de novo a
constituição federal e aprovei mais 1% do fundo de participação dos
municípios, que todos os municípios brasileiros recebem em dezembro.
Então eu tenho colaborado com muitos avanços em todas as áreas do nosso
país”, completou.
Renan
Calheiros, quando perguntado a quem daria seu apoio à presidência do
país, revelou que estaria ao lado do candidato escolhido pelo
ex-presidente Lula, neste caso, o ex-prefeito do estado de São Paulo,
Fernando Haddad (PT), que teve sua candidatura confirmada ainda na tarde
desta terça.
"Ele irá
apoiar o Fernando Haddad, que esteve comigo aqui em Maragogi há dez dias
e juntos fizemos uma rápida carreata na cidade. Quando se faz uma
substituição do Lula pelo Fernando Haddad e se deixa claro o apoio do
Lula, ele já é disparado o mais votado do Nordeste. Eu tenho absoluta
convicção que ele vai ganhar a eleição. Ele, no Nordeste, tem o apoio de
muitos governadores, inclusive governadores muito bem avaliados”,
afirmou o senador.
Por
fim, o candidato comentou seu histórico ainda como deputado constituinte
e respondeu sobre o porquê de se lançar candidato pela quarta vez ao
senado pelo estado de Alagoas.
“Por
mais que eu tenha feito, eu sempre acho que estou devendo muito e tem
muito mais para ser feito. Fui deputado constituinte e na constituinte
eu defendi os trabalhadores e consagramos esses avanços na Constituição
Federal. O Brasil vive um momento crucial e difícil no ponto de vista
econômico, social e político. Tivemos crises que se engatinharam e é
muito importante que tenhamos pessoas com legitimidade,
representatividade e autoridade para exercer os mandatos legislativos,
defender seu estado, o aprimoramento institucional. O parlamento existe
para isso e é exatamente para ocupar esse espaço que eu tenho pedido ao
povo alagoano uma nova oportunidade para continuar como representante de
Alagoas no Senado”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário