Procurador Geral ressalta que as notícias falsas prejudicam os trabalhos de prevenção e atendimento às vítimas da Covid-19 |
A Procuradoria Geral do Estado enviou
ofício ao delegado-Geral de Polícia Civil, Paulo Cerqueira, cobrando
apuração policial em relação a veiculação de fake news contra o Governo
de Alagoas e o governador Renan Filho. A PGE sustenta que as notícias
falsas veiculadas nas redes sociais têm o objetivo de prejudicar o
trabalho de assistência à saúde prestado em meio a pandemia da Covid-19
e, por isso, solicita a designação de delegados especiais para o caso.
Os envolvidos em produzir e espalhar tais
mentiras podem responder por crimes contra a honra e crimes contra a
administração da justiça, como está previsto no Código Penal. Outras
duas ações na esfera cível e criminal já foram propostas pela
Procuradoria neste sentido.
Uma dessas notícias falsas aponta que o
governador estaria impedindo que as distribuidoras de remédios
exercessem seu trabalho de abastecimento das unidades de saúde. Essa
informação não é verdadeira, afinal, com os decretos editados pelo
Governo de Alagoas o que se buscou foi proteger a sociedade e minimizar
os danos causados pelo crescimento da pandemia de coronavírus.
Foi necessário até que a Secretaria
Estadual de Comunicação tivesse que preparar uma equipe de profissionais
exclusivamente para trabalhar desmascarando as fake news. Para o
procurador-geral do Estado, as notícias falsas prejudicam os trabalhos
de prevenção e atendimento às vítimas da Covid-19.
Malaquias lembrou que essas informações
falsas buscam desacreditar o Governo do Estado em um momento
extremamente delicado, onde salvar vidas é a maior preocupação do ente
público. “Quem está espalhando notícias falsas busca enfraquecer o
Governo e levar uma sensação de insegurança à população. Isso é
criminoso. Nosso objetivo primordial é o de proteger as pessoas e por
isso não vamos aceitar que as ‘fake news’ sejam espalhadas com ataques
mentirosos”, explicou o procurador-geral do Estado, Francisco Malaquias.
Além disso, vale salientar que, entre
outras ações, no início da crise, chegou a ser feita a requisição
administrativa de equipamentos, insumos e medicamentos para o controle e
tratamento dos infectados pelo vírus. Essa iniciativa, prevista em lei,
permitiu equipar os órgãos de saúde para o enfrentamento. Sem deixar de
registrar os convênios firmados com a rede particular de saúde que
possibilitou a ampliação de leitos e o protocolo de tratamento orientado
pelo Ministério da Saúde.
Segundo o procurador Ivan Luiz,
coordenador da Procuradoria Judicial, e que também assinou o ofício
enviado ao delegado-geral, um trabalho minucioso vem sendo feito desde o
início da crise para combater ataques que buscam desestabilizar as
ações do Poder Público.
Ele observou que diariamente chegam ao
conhecimento da PGE vídeos e notícias de sites com informações falsas
que buscam criar um clima de pânico e medo entre a população ou que
muitas vezes deturpam as informações científicas adotadas pelas
autoridades sanitárias. “Difamar, caluniar e injuriar são crimes
previstos em lei. Além disso, induzir ao erro também é algo muito
perigoso e que deve ser combatido, daí a necessidade dessa investigação
policial”, acrescentou.
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