Rede quer movimentar mercado editorial em Alagoas Ascom Fapeal |
Texto de Deriky Pereira
Alavancar
o mercado editorial em Alagoas e dar mais capilaridade às produções
científicas. Essa é uma das missões da Rede Editorial Interinstitucional
Alagoana (REIA), primeira do segmento no Brasil, lançada oficialmente
no último dia 20 em reunião na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa de
Alagoas (Fapeal), uma das parceiras do projeto. A iniciativa, liderada
pela Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal) conta também
com as editoras do Centro Universitário Cesmac, da Universidade Estadual
de Alagoas (Uneal) e da Imprensa Oficial Graciliano Ramos.
Segundo
o professor Elder Maia, novo diretor da Edufal que está à frente deste
projeto, agora as editoras se unem num projeto comum de distribuição,
circulação e publicação para dar mais capilaridade aos produtos
editoriais de Alagoas.
“Queremos
que essas obras cheguem também ao interior do estado, nos mais
diferentes rincons do estado, como no Agreste e no Sertão, para fugir da
concentração de bienais, eventos, publicação e divulgação apenas em
Maceió. Por isso, a partir de agora, todos os projetos editoriais, ou
grande parte deles, vão ser pensados em conjunto por essas quatro
editoras universitárias, tais como lançamento de livros, bienais,
palestras que tragam autores, além de projetos de comercialização,
catálogos de divulgação, site e os futuros e-books que certamente serão lançados futuramente pela Rede”, comentou.
Trabalho conjunto para dar um salto no mercado
A
coordenadora editorial da Imprensa Oficial, Patrycia Monteiro,
comemorou a criação da Rede e destacou que o grupo vai desenvolver ações
em comum e de interesse de todas as editoras para alavancar o mercado
editorial no estado.
“Nesta
reunião, identificamos as nossas maiores dificuldades e uma delas é a
de fazer melhor comercialização da nossa produção. Temos uma produção
intensa de livros, com grandes autores e, inclusive, autores premiados
nacionalmente, mas a gente precisa dar mais visibilidade à produção que
temos, às obras que a gente publica, aos escritores da nossa terra e a
gente precisa, principalmente, levar essa produção tão intensa ao leitor
alagoano”, explicou.
Patrycia
revelou ainda que todos saíram muito otimistas com o projeto. “Vamos
desenvolver uma série de estratégias para resolver os gargalos das
editoras, porém tem outras coisas que vamos estudar estratégias-ação
para desenvolver a área de e-books, por exemplo. Então, a gente
uniu forças para superar dificuldades antigas, todo mundo saiu muito
otimista e acho que vamos dar um grande salto no mercado”, comemorou.
Já
o diretor executivo de ciência e tecnologia da Fapeal, João Vicente
Lima, analisou a criação da Rede como um feito inédito no Brasil e
ressaltou que ela visa melhorar a divulgação da produção científica dos
pesquisadores alagoanos.
“Nós
sabemos da qualidade do que esses escritores fazem, mas, hoje, a grande
dificuldade tem a ver com a comercialização, em fazer com que esses
livros cheguem até o público interessado. Então, essa Rede foi criada
sob a liderança da Edufal, acreditamos, está sendo gestada uma ideia, um
projeto, que vai melhorar e muito a chegada dessas obras organizadas,
publicadas e editadas pelas nossas editoras até o público interessado”,
salientou.
João
Vicente explicou ainda que o grupo fez um amplo diagnóstico sobre esta
situação e convidou a Fapeal a participar do projeto. “Nós já somos
financiadores de uma coleção importante junto à Cepal e à Edufal de
obras que expressam resultados de pesquisa, principalmente dos grupos
vinculados à pós-graduação. A gente, de longe, já apoiou a divulgação de
mais de 100 livros de autores, ou conjunto de autores, às vezes são
coletâneas, e a gente espera continuar com isso dentro desta Rede que
está sendo construída”, disse.
Ele
explicou ainda que a Fapeal entende que esta é uma boa discussão e quer
participar da solução. Assim, a casa do pesquisador alagoano se une ao
grupo e reitera seu compromisso com a divulgação científica e com a
popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no estado. “A
gente aqui, desde 2016, vem, segundo as nossas possibilidades, tentando
apoiar fortemente que o pesquisador não guarde com ele, ou só em
artigos científicos, os resultados de suas pesquisas. A gente precisa
que essas obras sejam divulgadas e o livro ainda é um veículo muito
importante, o mais popular e próximo das pessoas no dia a dia”,
comentou.
Primeira ação da Rede
Elder
Maia destacou que a Rede terá uma agenda e calendário rotineiro de
ações entre os membros envolvidos. No entanto, já adiantou uma novidade:
o lançamento de uma coleção chamada Novas Economias, sobre as
transformações econômicas do mundo contemporâneo.
“Essa
coleção ganhará forma de quatro grandes temas: economia criativa,
economia da inovação, economia do conhecimento e economia do turismo.
Essa será a primeira ação em conjunto, financiada e coordenada pela
REIA. A gente, provavelmente, ainda neste primeiro semestre, deve estar
lançando, entre julho e agosto”, concluiu o diretor da Edufal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário