Entre 2015 e 2019, foram criadas mais 35 RPPN; Isso significa que atualmente existem 68 áreas com 10.701,7ha protegidos no território alagoano
A proteção do meio ambiente é garantia de recursos fundamentais para a sobrevivência, como a água Foto: Neno Canuto |
Texto de Clarice Maia
Ao
comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta quarta-feira (5), O
Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) comemora também o avanço
do Estado em importantes temas, como a redução do desmatamento e o
avanço em mais de 100% de hectares em áreas protegidas, a utilização de
tecnologia para ações fiscalização e compartilhamento de informações,
além de importantes projetos de educação ambiental.
Segundo
Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA/AL, uma das ações que pode
contribuir diretamente com esses números é o aumento em mais de 130% de
hectares protegidos legalmente, principalmente em Reservas Particulares
do Patrimônio Natural, as chamadas RPPNs, “não há dúvidas que essa é uma
contribuição direta”, comentou.
Para
se ter ideia da importância desses números, até 2014 Alagoas possuía 33
RPPNs, isso considerando as sete reservas criadas em âmbito federal,
perfazendo 4.047ha protegidos. Entre 2015 e 2019 já foram criadas mais
35 unidades nessa modalidade com um acréscimo de 6.695ha. Isso significa
que existem hoje, em território alagoano, 68 RPPNs, com 10.701,7ha
protegidos.
No
final do mês de maio, a Fundação SOS Mata Atlântica divulgou o
relatório que coloca Alagoas como o segundo menor Estado em número de
desmatamento, entre 17 ranqueados no período entre 2017 e 2018. Passando
de 297ha, do período anterior, para 8ha desmatados. Uma redução de 97%,
bastante significativa para o bioma.
Aliado
a proteção dos remanescentes vegetais é possível citar também o avanço
no uso das tecnologias, tanto para agilizar a fiscalização, como por
exemplo com a criação do aplicativo IMA Denuncie e todo um sistema de
monitoramento, como para dar celeridade aos processos de licenciamento
ambiental, e também para tornar as informações mais acessíveis.
Por
exemplo, a digitalização de quase todo o acervo botânico disposto no
Herbário MAC. Mais de 60 mil espécimes coletados e catalogadas como
exemplares dos principais biomas existentes em Alagoas, a Caatinga e a
Mata Atlântica.
Projetos
de educação ambiental, como o Nossa Praia de conscientização sobre os
problemas causados pelo lixo no mar, e o Alagoas mais Verde, de plantio
de mudas e recuperação de áreas verdes, que foram sendo continuados
durante os últimos anos e já registram o envolvimento de milhares de
pessoas.
Além
disso, Alagoas foi destaque nacional ao ser o primeiro do Nordeste a
encerrar todos os lixões existentes no Estado, há exato um ano. Agora as
prefeituras começaram a apresentar os Planos de Recuperação de Área
Degradada (PRAD). Oito deles já foram aprovados e outros 14 estão em
fase de ajustes. Após os encerramentos apenas quatro municípios foram
autuados por descumprimento do acordo.
“Nós
recebemos técnicos e agentes públicos de diversos Estados interessados
em saber como conseguimos fazer isso e o maior ganho é, com certeza,
para a população”, comentou Gustavo Lopes. O diretor-presidente disse
ainda que a equipe do Instituto organiza uma programação para o mês
inteiro, mas “nós sabemos que é uma construção diária e o Dia do Meio
Ambiente é todo dia em toda ação que realizamos”.
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