Beatriz Rodrigues, com supervisão
Neste domingo, 26 de setembro, é
comemorado o Dia Nacional dos Surdos e o Dia Internacional da Linguagem
de Sinais. Datas como essas são reforçam o direito de inclusão desses
grupos e que o ensino deve ser igual para todos. A Secretaria de Estado
da Educação (Seduc) tem empreendido esforços para garantir um
aprendizado de qualidade aos 185 alunos com surdez ou dificuldades
auditivas matriculados em Alagoas.
"Incluir significa dizer que todo mundo deve estar na sociedade, sem exceção. No sistema educacional da rede estadual, seguimos todas as diretrizes que estão relacionadas à educação especial, garantindo que os alunos especiais consigam ter acesso a meios que possam atender a suas necessidades, pois educar não é apenas ensinar, e, sim, dar condições para o aprendizado ser completo dentro de cada limitação”, explica a supervisora da Educação Especial da Seduc, Jedalva Santos,
A Educação é um direito de todos, seja qual for a condição da pessoa. É com esse objetivo de atender os deficientes auditivos que o Centro de Atendimento a Pessoas com Surdez de Alagoas (CAS) da Rede Estadual, localizado na Jatiúca, atua há 15 anos dando o suporte necessário a esse público, que atualmente chega a um número de 350 beneficiados.
“O CAS funciona como um suporte não só aos surdos, mas também à comunidade. Aqui oferecemos treinamento, formações a profissionais, família e aos próprios alunos. Agimos de forma ampla, preparando os deficientes auditivos para o mercado de trabalho, e para que ele consiga se comunicar com a sociedade.”, explica Flávia Barboza, gestora do centro.
Um dos beneficiados pelo serviço do CAS é o Luiz Arthur, que tem 20 anos e frequenta a unidade há sete. Um pouco tímido, ele explicou o quanto o Centro o beneficia e contou que sua aula favorita é o laboratório de linguagens com a professora Andreza.
A avó do Luiz, Teresinha de Lima, diz que o aprendizado das libras acontece em conjunto, e que a família também faz parte do processo de evolução. “Aprendemos juntos. É um conhecimento mútuo. Ele aprende e eu aprendo para me comunicar com ele. Aqui eu tenho um apoio muito bom e sei que o Luiz está evoluindo bem. Ele escreve e se comunica bastante. Sei que ele vai longe”, comemora.
Além do CAS, a rede estadual de ensino também conta com unidades que abrigam alunos com surdez ou dificuldade auditiva, a exemplo da Escola Estadual Tavares Bastos, também na capital. “Os intérpretes no ensino remoto acompanhavam as aulas ao vivo com o professor e depois faziam vídeos explicando os laboratórios para os alunos. Também temos auxiliar de sala e professoras na sala de recursos que fazem esse acompanhamento virtual para garantir que o aluno tenha todo o suporte necessário nas aulas.”, explica Sileide Peres, diretora da escola.
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