Já nos municípios onde ocorreram crimes de janeiro a maio, mais de 76% foram esclarecidos pela Polícia Civil
Mapa mostra municípios onde não ocorreram mortes de mulheres em Alagoas no período Ascom SSP |
Texto de Amarildo Albuquerque e Vanessa Siqueira
O
combate à violência executado pelo Governo do Estado, por meio dos
órgãos de Segurança Pública, vem trazendo resultados positivos. De
acordo com levantamento da Assessoria Técnica de Estatística e Análise
Criminal da Polícia Civil, nos primeiros cinco meses deste ano 77
cidades do interior de Alagoas não registraram nenhum caso de Crime
Violento Letal Intencional (CVLI) contra mulheres. O número equivale a cerca de 75% dos municípios alagoanos.
Em
abril, o secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, determinou que
fosse criada uma força-tarefa para agilizar a apuração de crimes de
feminicídio, além de intensificar as ações de prevenção de mortes de
mulheres em todo o estado. Dentre as estratégias adotadas, a Polícia
Militar dá maior suporte à Polícia Civil nas investigações de crimes com
características de feminicídio e de outros atos violentos contra
mulheres.
Segundo
os dados da PC, as cidades sem crimes violentos contra mulheres são
Anadia, Água Branca, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Belo
Monte, Belém, Boca da Mata, Branquinha, Cacimbinhas, Cajueiro,
Campestre, Campo Alegre, Campo Grande, Canapi, Capela, Carneiros, Chã
Preta, Coité do Nóia, Colônia de Leopoldina, Coqueiro Seco, Coruripe,
Craíbas, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Feira Grande, Feliz Deserto,
Flexeiras, Girau do Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacuípe, Japaratinga,
Jaramataia, Jequiá da Praia, Joaquim Gomes, Jundiá, Junqueiro, Limoeiro
de Anadia e Mar Vermelho.
Também
não registraram crimes os municípios de Maravilha, Maribondo, Matriz
de Camaragibe, Messias, Minador do Negrão, Monteirópolis, Murici, Novo
Lino, Olho D’Água Grande, Olho D’Água das Flores, Olho D’Água do
Casado, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Pariconha, Paripueira, Passo
de Camaragibe, Paulo Jacinto, Penedo, Piaçabuçu, Pindoba, Piranhas,
Porto de Pedras, Poço das Trincheiras, Pão de Açúcar, Quebrangulo,
Santana do Ipanema, Santana do Mundaú, Senador Rui Palmeira, São Brás,
São José da Laje, São José da Tapera, São Miguel dos Campos, São Miguel
dos Milagres, São Sebastião, Tanque D’Arca, Taquarana e Traipu.
Para
o secretário Lima Júnior, os números comprovam que a integração
policial para combater a violência contra a mulher tem dado certo. Ele
também lembra que as forças de segurança seguem empenhadas na elucidação
dos crimes que ocorreram e também nas prisões dos autores.
“É
importante destacar que, além das ações das Polícias Civil e Militar, a
Patrulha Maria da Penha ampliou seus serviços e passou a atuar 24
horas. Isso também fortalece a presença policial junto às mulheres que
já foram vítimas de violência. Estamos prendendo aqueles que cometeram
homicídios de mulheres e deixando claro que em Alagoas não há
impunidade”, disse.
De
acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, este
resultado é fruto do trabalho integrado das forças de Segurança Pública
de Alagoas, onde a Polícia Militar atua de forma ostensiva com o enfoque
da prevenção e a Polícia Civil tem intensificado o trabalho de
esclarecimento de crimes com a conclusão de inquéritos policiais –
dentro da sua competência constitucional de caráter investigativo,
combatendo a impunidade.
Ainda
segundo a Polícia Civil, o trabalho investigativo tem obtido resultados
bastante significativos. Recentemente, foi divulgado que nos outros 25
municípios em que ocorrem homicídios de mulheres em Alagoas, mais de 76%
dos assassinatos foram esclarecidos, um índice expressivo em âmbito
nacional.
“Todos
os integrantes da Segurança Pública de Alagoas estão de parabéns pelo
engajamento, coragem e senso profissional que têm demonstrado no combate
à criminalidade, fazendo com que a violência caia diariamente.
Destacamos a forma de gestão adotada pela Secretaria de Segurança
Pública, na pessoa do secretário Lima Júnior, e o apoio do governador
Renan Filho em propiciar condições para que as forças de segurança do
Estado possam atuar melhor”, concluiu o delegado-geral Paulo Cerqueira.
Agência Alagoas
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