Assessoria Ifal Palmeira |
Informática
básica, Matemática, Primeiros Socorros são algumas das temáticas
trazidas nas ações extensionistas do campus em 2018
Projetos
de grande valia, que ultrapassam os muros institucionais e
transformam a realidade local de centenas de alunos de escolas da
rede municipal ensino. Ao longo de 2018, o Instituto Federal de
Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, trabalhou suas ações
extensionistas e levou os conhecimentos adquiridos em sala pelos
discentes para a comunidade externa, abordando temáticas de
interesse público e chamando a atenção para a instituição e,
também, para sua importância social.
Escolas
de ensino fundamental situadas nas cidades alagoanas de Mar Vermelho,
Coité do Noia e a própria Palmeira dos Índios foram beneficiadas
com os projetos, que envolveram toda a comunidade escolar em assuntos
como Informática e Matemática básicas e Primeiros Socorros. Além
disso, os projetos de extensão despertaram no alunado do Ifal o
interesse pela docência, ao proporcionar o desafio para estes
discentes de encarar uma sala de aula pela primeira vez.
Programando
para o futuro
Enviar
um e-mail ou editar um texto em um pacote office para muitos são
ações um tanto quanto fáceis, mas para os alunos do 9º ano da
Escola Municipal Orlando Lins, situada em Mar Vermelho, isso ainda
era uma dificuldade. Foi por conhecerem e serem frutos da escola que
os hoje alunos do 3º ano de Informática, Luan Marcos Martins e
Everton Walix Silva, pensaram em uma forma de ajudar seus
conterrâneos.
“Estudamos
lá no ensino fundamental e sabíamos das dificuldades que eles têm
em relação a essa matéria. Eles têm o espaço, mas não tinham
quem ministrasse as aulas. Por isso, pensamos em uma possibilidade de
promover algo que aprendemos para que eles pudessem entender e, quem
sabem, se interessassem em cursar o Ifal”, detalha Luan.
Para
que isso fosse possível, o professor do campus, Emerson Ferreira,
foi uma das figuras fundamentais. No início do ano passado, ele foi
procurado com antecedência pelos discentes, que mostraram interesse
em ministrar o curso para a Orlando Lins. Com duração de oito
meses, o “Programando para o Futuro” era realizado aos sábados e
trouxe as noções introdutórias de Informática, mas também
trabalhou aspectos mais aprofundados como Montagem e Manutenção e
Introdução à Linguagem HTML. Outro ponto importante trazido pela
ação extensionista foi a visita feita pelos alunos ao Instituto em
setembro do ano passado.
“Eles
puderam conhecer a estrutura do nosso campus, como os laboratórios,
após participarem de um evento aqui sediado: o Hacksec. Eles ficaram
encantados com o que viram. É interessante ver que essa iniciativa
do Luan e Everton é como se fosse um ciclo. Ele vieram para cá como
alunos e tiveram a vontade de ensinar, voltando para sua escola. É
importante também para mostrarmos que o Ifal não é um espaço
fechado, já que as portas estão abertas para toda a sociedade”,
ressalta Emerson.
Matemática
básica
A
pacata cidade de Coité do Noia foi projetada recentemente dentro dos
municípios com escolas participantes da Olimpíada Brasileira de
Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Uma delas é a Escola de
Educação Básica José de Sena Filho. Visando estimular os alunos
desta unidade a participar de olimpíadas do conhecimento e também
conhecer mais o Ifal, que o projeto de extensão: “Preparatório de
Matemática Básica” foi executado.
Danrley
Soares e Mykael Gomes, ambos de Engenharia Civil, estiveram
envolvidos com a ação, que contou com a coordenação do docente
Alberto Heleno Rocha. Mesmo se tratando de uma ciência exata, um dos
principais obstáculos trazidos pelos alunos na resolução de
questões foi justamente interpretação textual. “Primeiro foi
feita uma sondagem sobre quais seriam as necessidades da escola com
relação ao conhecimento da Matemática, após um mês uma nova
sondagem foi feita, em que foram diagnosticadas algumas problemáticas
como o envolvimento de problemas matemáticos com pequenos textos”,
explica Alberto.
Para
ele, é fundamental que a língua materna (Português) e a Matemática
(universal) estejam bem alinhadas. “Em qualquer país, as operações
serão as mesmas, os números em tese também. Escutamos de muitos
professores que veem que seus alunos não têm problemas em fazer
contas, mas interpretar o problema que ele recebeu. Às vezes, a
resolução é simples, mas se o estudante interpreta fora do
contexto, toda resolução do problema será distorcida”, reflete o
docente.
No
total, foram atendidos 43 alunos através do projeto; além da
questão textual, foram relatados como dificuldades: aspectos de
geometria e operações, que envolviam diferença e divisão (em um
contexto geral). Mas a diferença mesmo foi feita na vida dessas
pessoas, que viram em seus facilitadores (Danrley e Mykael), exemplos
a serem seguidos, ao abrirem os caminhos do conhecimento para meninos
e meninas da Municipal.
Primeiros
socorros
A
falta de conhecimentos prévios em primeiros socorros pode agravar
muito o quadro de uma vítima em caso de acidentes. É sob esta
perspectiva que a professora Michelly Siqueira em parceria com as
alunas Vitória Lopes e Isadora Rocha, de Edificações, realizaram
em 2018, o projeto extensionista: “Estudos de primeiros socorros
para acidentes mais recorrentes”, realizado na Escola Municipal
Douglas Apratto Tenório, em Palmeira dos Índios.
“Dando
as instruções necessárias, nós prevenimos os acidentes que podem
ocorrer, pois as pessoas passam a identificar os riscos presentes no
ambiente, assim, sabendo atuar nessas situações, esses erros podem
ser evitados, o que não permite o agravamento e muitas vezes salva
uma vida”, justifica Vitória.
Mas
não só de teoria limitou-se as aulas ministradas pelas alunas de
Edificações. A ideia era prender a atenção de um público
infantojuvenil, já que a amostra envolveu estudantes do 6º ao 9º
ano. Para que isso fosse realizado, as aulas eram as mais atrativas
possíveis com a introdução de pequenas gincanas, dinâmicas…
atividades diferenciadas voltadas para a afixação do conteúdo
apreendido.
“Primeiros
socorros é uma temática que deve ser ensinada no ambiente escolar,
independentemente de ser pública ou particular. As temáticas que
levamos foram as dúvidas recorrentes e que vemos no dia a dia”,
diz Vitória.
O
ano de 2018 foi marcado por essas e outras ações ligadas à
extensão acadêmica do Ifal, que mudaram a realidade de milhares de
pessoas em Alagoas. Em 2019, um novo edital está previsto para sair
nesta terça, 08, tendo como prazo para inscrições de 18/01 a
18/02. Por isso, se você tem uma ideia inovadora, que ultrapasse os
muros institucionais, não deixe de submetê-la!
ASCOM IFAL PALEMIRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário