Foto: Brito |
Veruscka Alcântara, jornalista colaboradora
O encerramento da SBPC Afro e Indígena na Ufal Campus do
Sertão, na noite desta terça-feira (24), contou com diversas homenagens
realizadas pela coordenação do evento. A
solenidade selou os dois dias de atividades e discussões em torno das relações
étnico-raciais.
A professora e coordenadora, Ana Cristina Santos, falou
sobre a realização de um evento desse porte no campus. “O evento superou as
expectativas, tivemos mil pessoas inscritas, nos dois dias, e grande
participação da comunidade sertaneja, dos povoados, quilombolas, indígenas.
Vimos as pessoas bastante interessadas pelos debates e isso só vem revelar o
quanto essas discussões em tornos das relações étnicos-raciais são pertinentes.
Estamos em um espaço privilegiado para trazer essas discussões à tona, que é a
Universidade”, enfatizou.
Ela ainda frisou que a SBPC cumpre plenamente o seu papel. “A
SBPC Afro Indígena cumpre o seu papel social, intelectual, e agora cabe a nós
assumirmos essa responsabilidade, enquanto Universidade, e darmos continuidade
às discussões”. Ana ressaltou que os alimentos arrecadados nas inscrições serão
doados a duas instituições da região.
As homenagens do enceramento foram prestadas a Maria
Aparecida Silva, no critério produção científica; Cleide Gomes da Silva,
critério liderança política feminina, representando a comunidade indígena e Manoel
Oliveira dos Santos (Bié), liderança política masculina, representando a
comunidade quilombola. No critério ancestralidade, foram homenageadas Maria
Jacinta de Jesus, conhecida como Maria Cabôcla, com 103 anos, e Dona Alice, que
faleceu com 102 anos. A conferência de
encerramento O conhecimento matemático nas
diversas culturas foi realizada pela professora Lúcia Cristina Monteiro.
Para o estudante de pedagogia Ervison Araújo Silva, da etnia
Jeripancó, o evento contribui para a repercussão do saber indígena. “Foi um
prazer participar desse encontro onde se discute a política de educação e a
permanência dos indígenas na universidade, como também os afrodescendentes.
Soma e contribui para a repercussão da ciência e do saber indígena dentro do
Campus do Sertão”.
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