domingo, 16 de outubro de 2022

São Paulo registra a segunda morte por varíola dos macacos

 

Um morador de 37 anos de Praia Grande é a segunda pessoa morta por varíola dos macacos no estado de São Paulo –a primeira na Baixada Santista. Ele tinha comorbidades, de acordo com a Secretaria estadual de Saúde. A morte ocorreu na madrugada deste sábado (15), em um hospital particular de Santos. Com o caso, o Brasil totaliza sete mortes por varíola dos macacos. Foram registrados dois óbitos em Minas Gerais e três no Rio de Janeiro, além dos dois em São Paulo. Os pacientes também tinham comorbidades, o que aumenta os riscos para complicações pela doença.

O rapaz havia sido diagnosticado com a doença no início de agosto. No mês seguinte, foi internado em um hospital particular em Praia Grande (que fica a 70km da capital) devido a infecções secundárias, e depois a foi levado para uma unidade outro hospital particular em Santos, onde morreu. A Secretaria de Saúde de Praia Grande informou que o homem foi acompanhado pela Divisão de Vigilância Epidemiológica em todo o período de internação.

A reportagem procurou a Prefeitura de Santos para mais detalhes, mas o órgão disse que as informações devem ser obtidas junto à cidade de Praia Grande. Na quarta-feira (12), o estado de São Paulo havia registrado o primeiro óbito por varíola dos macacos. O paciente tinha 26 anos e era morador da capital. Ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde 1º de agosto, possuía comorbidades e passava por tratamento com antivirais para uso emergencial em pacientes graves.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, até o dia 13 de outubro, o estado tinha 3.901 confirmações de varíola dos macacos e 1.018 suspeitos, que permanecem em investigação. A Baixada Santista estava com 62 –19 na Praia Grande, 18 em Santos, 13 em São Vicente, 7 no Guarujá, 4 em Itanhaém e 1 em Cubatão. Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualizado até 14 de outubro, o país tem 8.652 casos confirmados de varíola dos macacos e 4.894 em investigação. O principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca, nas mãos, pés, peito, genitais ou ânus. Os demais são caroço no pescoço, axila e virilha, febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios e fraqueza. O período de incubação é tipicamente de três a 16 dias, mas pode chegar a 21.

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