Suely Melo
Alagoas se destacou mundialmente no enfrentamento à pandemia da Covid-19, por ter o melhor resultado do Brasil no índice de mortes a cada 100 mil habitantes, causadas pela doença. O estudo, feito por colaboradores copatrocinados pela Fundação americana Bill e Melinda Gates e divulgado na segunda-feira (11), pelo Jornal O Estado de São Paulo, mostrou que o índice de mortalidade pelo coronavírus em Alagoas, entre 2020 e 2021, é de 97,8, enquanto a pior colocação do Brasil ficou com o estado de Rondônia, com 269.
O secretário de Estado da Saúde, André Cabral, destaca que o resultado do
estudo é um reflexo das medidas de enfrentamento à pandemia adotadas pelo
governo desde o início. “Alagoas foi um dos poucos estados que não colapsou seu
sistema de saúde no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Aqui, nunca deixamos
faltar leitos, pelo contrário, quando foi preciso, o Governo de Alagoas
disponibilizou mais leitos para ajudar outros estados. Além disso,
transformamos hospitais em referência para o tratamento da Covid-19,
antecipamos inaugurações, entregamos Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), tudo para
dar acesso à saúde ao nosso povo. Todos que precisaram de leitos aqui em
Alagoas foram atendidos”, salientou o gestor estadual da Saúde.
O estudo avaliou que, entre 2020 e 2021, a Covid-19 matou 18,2 milhões de pessoas
no mundo inteiro, sendo 792 mil só no Brasil. As mortes por 100 mil habitantes
por ano do Brasil foram de 186,50% acima do mesmo indicador global, de 120,3. É
importante destacar que os números do estudo em termos relativos à pandemia,
são melhores que os oficiais de mortes divulgados como causados pela Covid-19. Segundo o estudo, as mortes por 100 mil habitantes por ano no Brasil foram de
186,50% acima do mesmo indicador global, de 120,3. O trabalho utilizou bases de
dados e métodos estatísticos para calcular o excesso de mortalidade pela doença
em um ano em 191 países e territórios e 252 unidades subnacionais em países
selecionados de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2021.
PANDEMIA
Antes do primeiro caso de Covid-19 confirmado em
Alagoas, ainda em fevereiro de 2020, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau)
instituiu o Grupo Técnico Operacional de Emergência para Vigilância do
Coronavírus. Além disso, no Estado, foram abertos quase 1.500 leitos exclusivos
para o tratamento da doença na rede pública estadual. Durante a pandemia, foram entregues quatro hospitais de grande porte, que
expandiram e consolidaram a regionalização da saúde por todo o Estado:
Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió;
Hospital Regional do Norte
(HRN), em Porto Calvo;
Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos
Palmares;
Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), em Delmiro Gouveia.
Além
destes, o Hospital da Mulher, que já havia sido inaugurado, mudou seu perfil
assistencial, tornando-se referência para o tratamento do coronavírus durante a
pandemia. Alagoas conseguiu salvar milhares de vidas, sem colapsar seu Sistema Único de
Saúde (SUS), disponibilizando leitos, testes, oxigênio, medicamentos e insumos,
além da contratação de novos profissionais da área da saúde, realização de um
concurso público e orientação à população, por meio dos serviços Alô Saúde e
Alô Vacina.
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