Ruana Padilha
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou a realização dos procedimentos cirúrgicos cardiovasculares de alta complexidade há menos de três meses, no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA). Até agora, já foram feitas 53 cirurgias cardíacas de implante de marcapasso e dispositivos de estimulação cardíaca no HMA, e o objetivo da Sesau é zerar a fila do Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito estadual, para este tipo de procedimento eletivo.
O HMA realizou a primeira cirurgia eletiva cardiovascular no dia 19 de outubro do ano passado e isso só foi possível depois da mudança de perfil do hospital, que até setembro atendia exclusivamente pacientes acometidos pela Covid-19. A virada de chave do HMA ocorreu em agosto depois de mais de um ano da sua inauguração em decorrência da queda na ocupação de leitos para Covid-19 e da diminuição da curva de contágio do novo coronavírus.
O cirurgião cardiovascular e coordenador da cardiologia do HMA, Carlos Humberto Bezerra Júnior, destaca a importância de cirurgias cardiovasculares serem realizadas em hospitais públicos do Estado. “O hospital Metropolitano veio para trazer muitos benefícios aos alagoanos. Nós tínhamos uma defasagem de cirurgias cardiovasculares enorme no Estado e, por meio de medidas públicas, começamos os trabalhos na tentativa de zerar essa fila que vem de longos anos”, esclareceu Carlos Humberto.
“Antes não tínhamos como encaminhar
pacientes para o tratamento definitivo, que é o implante de marcapasso, e
hoje a gente tem a certeza que se algum alagoano estiver precisando na
urgência nós temos como cobrir essa falta do sistema elétrico do coração
dos pacientes. Dessa forma, conseguimos ficar mais tranquilos durante
todo acompanhamento do paciente”, concluiu o médico.
Carlos Humberto diz, ainda, que a expectativa para os próximos meses é o aumento ainda maior no número de cirurgias cardiovasculares realizadas na unidade. “Estamos na tentativa de trazer para os alagoanos uma melhor qualidade de vida. Estamos felizes com a oportunidade de trabalhar para sanar a espera pelos procedimentos cardiovasculares em Alagoas. Em apenas três meses conseguimos realizar mais de 50 cirurgias, esse é um número expressivo e temos a expectativa de evoluir ainda mais”, ressaltou.
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