sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Alagoas começa a inserir perfis genéticos de condenados em banco nacional

Amostras serão utilizadas para confrontos em casos de crimes dolosos ou praticados com violência de natureza grave contra pessoa


Após iniciar a coleta de material biológico em condenados da justiça no sistema prisional do Estado, a equipe do laboratório começou a inserir os perfis no banco de dados nacional
Após iniciar a coleta de material biológico em condenados da justiça no sistema prisional do Estado, a equipe do laboratório começou a inserir os perfis no banco de dados nacional Foto: Ascom POAL
Texto de Aarão José

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas deu um importante passo para integrar a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genético do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Após iniciar a coleta de material biológico em condenados da justiça no sistema prisional do Estado, a equipe do laboratório começou a inserir os perfis no banco de dados nacional.

Coube à perita criminal Marina Lacerda viajar até o Distrito Federal, levando na bagagem 180 amostras que foram processadas e analisadas no laboratório da Polícia Federal. A iniciativa foi incentivada e financiada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) aos nove Estados do Nordeste, entre eles Alagoas, que ainda não integram a rede nacional.

“Desse total de amostras que levei,153 foram inseridas com sucesso no banco nacional de perfis genético, Que, somadas às de todo o país, formam uma grande rede de identificação de condenados por crime doloso ou praticado com violência de natureza grave contra pessoa”, explicou a perita

A obrigatoriedade da identificação do perfil genético de condenados está prevista por lei federal desde 2012. A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos foi criada com objetivo de manter e confrontar os perfis genéticos de condenados de todo o país, além de confrontar com material biológico coletado em local de crime.

Após investimento da própria Senasp, com o fornecimento de kits de coletas de amostras biológicas, reagentes, picotadores semiautomáticos e analisadores genéticos, os peritos alagoanos já coletaram 662 amostras de condenados que se enquadram na lei. O estado inclusive passou por uma auditoria interna recente e já está apto a ter seu próprio banco de dados.

“Já instalamos o servidor doado pela Senasp e estamos aguardando o envio do software que é utilizado pela rede. Com o sistema em funcionamento iremos criar uma rotina no laboratório para a inserção desses perfis dos condenados sem precisar ir para outro estado”, disse a perita.

As coletas de condenados da justiça continuam em andamento em Alagoas, seguindo um cronograma montado em parceria com a Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social. A expectativa é que, até o final desse ano, os peritos cumpram a meta determinada pelo MJ.

Agência Alagoas

Nenhum comentário:

Postar um comentário