Amostras serão utilizadas para confrontos em casos de crimes dolosos ou praticados com violência de natureza grave contra pessoa
Após iniciar a coleta de material biológico em condenados da justiça no sistema prisional do Estado, a equipe do laboratório começou a inserir os perfis no banco de dados nacional Foto: Ascom POAL |
Texto de Aarão José
O
Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de
Alagoas deu um importante passo para integrar a Rede Integrada de Bancos
de Perfis Genético do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Após
iniciar a coleta de material biológico em condenados da justiça no
sistema prisional do Estado, a equipe do laboratório começou a inserir
os perfis no banco de dados nacional.
Coube
à perita criminal Marina Lacerda viajar até o Distrito Federal, levando
na bagagem 180 amostras que foram processadas e analisadas no
laboratório da Polícia Federal. A iniciativa foi incentivada e
financiada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) aos
nove Estados do Nordeste, entre eles Alagoas, que ainda não integram a
rede nacional.
“Desse
total de amostras que levei,153 foram inseridas com sucesso no banco
nacional de perfis genético, Que, somadas às de todo o país, formam uma
grande rede de identificação de condenados por crime doloso ou praticado
com violência de natureza grave contra pessoa”, explicou a perita
A
obrigatoriedade da identificação do perfil genético de condenados está
prevista por lei federal desde 2012. A Rede Integrada de Bancos de
Perfis Genéticos foi criada com objetivo de manter e confrontar os
perfis genéticos de condenados de todo o país, além de confrontar com
material biológico coletado em local de crime.
Após
investimento da própria Senasp, com o fornecimento de kits de coletas
de amostras biológicas, reagentes, picotadores semiautomáticos e
analisadores genéticos, os peritos alagoanos já coletaram 662 amostras
de condenados que se enquadram na lei. O estado inclusive passou por uma
auditoria interna recente e já está apto a ter seu próprio banco de
dados.
“Já
instalamos o servidor doado pela Senasp e estamos aguardando o envio do
software que é utilizado pela rede. Com o sistema em funcionamento
iremos criar uma rotina no laboratório para a inserção desses perfis dos
condenados sem precisar ir para outro estado”, disse a perita.
As
coletas de condenados da justiça continuam em andamento em Alagoas,
seguindo um cronograma montado em parceria com a Secretaria de
Ressocialização e Inclusão Social. A expectativa é que, até o final
desse ano, os peritos cumpram a meta determinada pelo MJ.
Agência Alagoas
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