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Foto: Renato Nunes |
A atuação da atual administração
municipal foi o foco do debate durante a reunião ordinária na Câmara de
Vereadores de Delmiro Gouveia na manhã desta quinta-feira (1). O assunto foi
abordado pela vereadora Fabíola Marques, que na tribuna fez críticas à atual
gestão, ressaltando que não há mais desculpas para os problemas que o município
enfrenta.
Ela explicou que o município
vem passando por graves dificuldades de ordem administrativa. “Sabemos que 2017
foi um ano difícil, faltou organização administrativa e planejamento
financeiro. Assistimos uma gestão atrapalhada e sem comando, e a população
carente de serviços públicos reclamando todos os dias. O gestor justificou a
falta de verba para cumprir as demandas do município, alegando que o orçamento
que tinha não foi planejado pela sua equipe”, falou a vereadora.
Fabíola falou que para 2018 o
gestor não tinha mais desculpas sobre a questão orçamentária, uma vez que a
Casa aprovou no final de 2017 um orçamento de mais de R$ 144 milhões. “A gestão
não tem mais desculpas, ela tem que reagir e essa Casa Legislativa, não pode
ficar omissa Temos que acompanhar essa execução do orçamento e fiscalizar. Não
se admite que Delmiro Gouveia, com 52 mil habitantes, um município tão
importante do Sertão de Alagoas, estar numa situação como esta”, disse.
A vereadora demonstrou o
orçamento aprovado para a saúde, explanando os números de cada programa e
frisou que diante dos montantes não se admitia a falta de médicos, de
medicamentos e o desgaste com a sociedade delmirense. “Deixo aqui o meu
compromisso de acompanhar mensalmente, por meio do balancete, a execução
financeira e orçamentária da gestão. Peço aos meus colegas que me ajudem a
acompanhar para que seja prestado um serviço de qualidade e que as famílias
delmirenses tenham respeito”, finalizou.
O vereador Francisco de Assis
(Kinho), fez um aparte na fala da vereadora, enfatizando que “2017 foi um ano
muito difícil e esse prefeito tem que melhorar. Nós queremos que esse governo
melhore, espero que as coisas voltem a andar no nosso município”. O líder do
governo na Casa, vereador Geraldo Xavier, também fez uma explanação e ressaltou
que a Câmara é uma caixa de ressonância da sociedade e que sempre haverá
reclamações. Ele explicou ainda que a gestão atual tem sofrido com ações
negativas de pessoas que fazem parte da administração e que estariam tendo
conduta inadequada, prejudicando a administração.
“Sei que Delmiro vem
precisando dos seus serviços essenciais e isso é obrigação de qualquer gestor,
mas temos um governo minado em lugares estratégicos, onde pessoas que trabalham
na administração não querem que a gestão dê certo”, falou, complementando que
nenhum prefeito quer o pior para seu município e que é preciso pessoas técnicas
voltadas para o social, para que administração dê certo. Ele ressaltou que o
grande problema da administração é a falta de dinheiro e que deseja que em
“2018 o cidadão volte a sorrir e se
orgulhar da cidade”.
Ao ouvir as palavras do
vereador, Fabíola afirmou que não tem motivos para o gestor dizer que não tem
dinheiro, uma vez que R$ 10 milhões mensais nos cofres públicos é uma quantia
relevante. “Sabemos da crise, sabemos que a dificuldade existe, mas sabemos
também que nos cofres da Prefeitura entra um média de 10 milhões mensais, não
justifica dizer que não tem dinheiro, tem que manter pelo menos o básico
funcionando. O delmirense não quer obras estruturantes, mas busca uma a saúde
de qualidade, um exame, uma ambulância, ter um tratamento humanizado. E é isso
que nós queremos, é o básico, o essencial funcionado. R$ 144 milhões é muito
dinheiro. O gestor tem que começar a administrar o básico para nosso povo”,
rebateu.
Pedro Paulo finalizou as
explanações e ressaltou que voltar ao parlamento é um exercício permanente de
debate. Falou que o tema apresentado pela vereadora é de extrema relevância, e
que os anseios apresentados são o de todos que compõem a Casa e a sociedade,
mas explicou que o orçamento é apenas uma peça, uma estimativa, e que não
representa que o valor será arrecadado pelo município. Pedro falou ainda que
espera que as ações do governo sejam planejadas a partir da necessidade da
população.
“Espero que a gestão reaja e
estou aqui para contribuir. Sou da base aliada e estou aqui para ajudar o
governo, e se para ajudar se faz necessário engrossar a voz, nós vamos
engrossar, porque o verdadeiro aliado não é aquele que diz o que você quer
ouvir, mas o que você precisa ouvir”, disse ele, enfatizando que a queda na
arrecadação é um dos fatores que dificulta a administração. Finalizando seu
discurso, falou sobre a sua proposição, que recomenda ao Executivo a elaboração
de um Projeto de Lei para a criação da Superintendência Municipal de
Fiscalização dos Recursos Arrecadados e Aplicados a partir da Taxa de Iluminação
Pública Municipal. “Se estivesse aqui nesta Casa votaria contra a taxa de
iluminação, mas já que foi aprovada, a sociedade precisa de mecanismos para
acompanhar como esses recursos foram arrecadados e aplicados, por isso
apresentamos essa proposição”.
Após as explanações dos
vereadores o presidente Ezequiel de Carvalho Costa (Kel) deu por encerrada a
sessão. Ainda estiveram presentes à reunião os parlamentares Marcos Costa,
George Lisboa Júnior, Enoque Batista, Raimundo Valter Benício (Casagrande) e
Carlos Roberto Cacau Correia da Silva.
Fonte: ASCOM CMDG
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