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Foto: Renato |
Durante a reunião dessa
quinta-feira (16), os trabalhadores municipais da educação estiveram na Câmara
de Vereadores realizando uma manifestação do movimento grevista deflagrado há
um mês. Gritando palavras de ordem, profissionais e estudantes lotaram a Casa
Legislativa, onde ganharam apoio dos vereadores presentes. Os manifestantes
levaram um caixão funerário, simbolizando a morte da educação.
Os parlamentares Valdo
Sandes, Geraldo Xavier, Francisco de Assis (Kinho), Edvaldo Nascimento, Pedro
Paulo e Edmo Oliveira ouviram atentamente as colocações da categoria através do
presidente do Sinteal Núcleo Sertão, Adriano Pereira, que luta pelo reajuste de
13,01% de acordo com o piso nacional.
Adriano ressaltou que a
greve é reflexo da inflexibilidade do gestor, que não quer garantir o direito
dos trabalhadores. “O movimento de greve ganha força a cada dia. Estamos
defendendo a classe trabalhadora e a juventude está conosco. Estamos dando uma
aula de cidadania a esses alunos de como cobrar os seus direitos”, frisou o
Pereira.
Ele ainda falou sobre a
possibilidade dos dias de greves serem descontados, uma vez que a assessoria
jurídica da Prefeitura impetrou ação considerando a greve ilegal. “Nossa luta é
justa e não vamos ceder a essa pressão porque quanto mais nos reprimem, mais
nos fortalecemos. Essa não é uma greve ilegal, estamos lutando por nossos direitos
e não vamos ficar calados com esses desmandos. Essa é uma luta não só dos
profissionais da educação, mas de toda sociedade”, falou.
Para o presidente Valdo
Sandes, a greve é um movimento justo da categoria. “Quero parabenizar a este
movimento grevista. A Câmara tem estado a favor dessa luta justa porque
entendemos que o município tem condições de aplicar o reajuste de 13,01%. Quanto
a essa questão da greve ser considerada ilegal estou tentando uma articulação
com o relator do processo. Espero que sejam retomadas as negociações e o
prefeito apresente um proposta para que a greve seja encerrada”.
O vereador Edvaldo falou
sobre a pressão sofrida pelos professores por meio dos diretores escolares,
para que retornassem à sala de aula. “Não tenham medo e não cedam à pressão. A
irresponsabilidade desse gestor já passou dos limites e se ele inventar de
cortar o ponto dos professores essa Casa pedirá o seu afastamento. Ele precisa
tratar a educação com respeito. Parabenizo aos trabalhadores que estão na luta
e não abaixam a cabeça para esse gestor”, disse.
Para Kinho, a categoria
está no caminho certo, sem se curvar à administração. “O que esse prefeito está
fazendo é um absurdo. Não se curvem diante dele e continuem lutando porque
vocês contam com nosso apoio e de toda a sociedade. Esse vereador não se rende
ao coronelismo desse gestor”.
O vereador Pedro Paulo,
que também é professor, ressaltou a postura da Casa Legislativa. “Quero
parabenizar o presidente pela postura que essa Casa toma porque isso fortalece
a nossa luta. Tenho orgulho desse movimento de greve porque compreendo que
através da luta organizada o trabalhador passa a ser respeitado. Não vamos
fugir à luta, não vamos retroagir, porque nós vamos vencer e o prefeito vai ter
que se curvar aos trabalhadores”, enfatizou.
O vereador Edmo, que faz
parte da bancada governista, também proferiu palavras de apoio aos
trabalhadores. “É indiscutível que a luta de vocês é mais do que justa e é fato
que é possível dar o reajuste através dos números que foram apresentados.
Independente de ser vereador da bancada de situação esta Casa está empenhada e
acreditem que vocês vencerão, porque é um direito líquido e certo”. Em seguida
o professor Londe falou sobre a inflexibilidade do gestor.
Finalizando as explanações,
o vereador Geraldo Xavier falou da falta de compromisso da gestão com a
população. “Esse é um governo que não tem responsabilidade com o povo, um
governo que amanhece cada dia mais rico e o povo cada dia mais pobre. Eu tenho
uma denúncia mas vou esperar o momento certo e tenho certeza que essa Casa fará
com que esse prefeito cumpra o que promete”. Ao saírem da Casa Legislativa, os
vereadores Pedro Paulo, Geraldo, Kinho e Edvaldo carregaram o caixão até a
frente do prédio, onde os trabalhadores continuaram a manifestação.
Ainda durante a reunião
foi realizada audiência pública para avaliação das metas fiscais do terceiro
quadrimestre de 2014 e do primeiro quadrimestre de 2015.
Fonte: ASCOM/ CMDG
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